Mastros quebrados, singro num mar d’Ouro
Dormindo fôgo, incerto, longemente…
Tudo se me igualou num sonho rente,
E em metade de mim hoje só móro…
São tristezas de bronze as que inda chóro—
Pilastras mortas, marmores ao Poente…
Lagearam-se-me as ansias brancamente
Por claustros falsos onde nunca óro…
Desci de mim. Dobrei o manto d’Astro,
Quebrei a taça de cristal e espanto,
Talhei em sombra o Oiro do meu rastro…
Findei… Horas-platina… Olor-brocado…
Luar-ansia… Luz-perdão… Orquideas pranto…
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
—Ó pantanos de Mim—jardim estagnado…
Paris 1914—Junho 28