Se vuoi saper se una femmina è schietta:
Piglia le carte, e recala boccone:
Gietta una spada, una coppa, e un bastone
E poi le da’ nella quarta arietta:
E s’ella fa la ua cuina netta,
Sta’ forte, e non aver dubitazione:
Ma sai tu quando vien confusione?
S’ei pigne, & esce fuor con la berretta.
Lascia la quarta lettera vocale;
Leva l’O, e poni A, sopra quel frutto
Ch’è cagion . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Toccal con mano, e se ti pare asciutto,
Intignivi tre volte . . . . . . . . . . . . . .
E guarda ben che lo riponga tutto.
Se l’uno, e l’altro o brutto
Dice il Maestro nostro Durlindana
Che tu puoi dir che costei sia . . . . .
se
Machado, Cirilo Volkmar – Nova academia de pintura – dedicada às senhoras portuguezas que amão ou se applicão – ao estudo das Bellas Artes
EText-No. 24833
Title: Nova academia de pintura – dedicada às senhoras portuguezas que amão ou se applicão – ao estudo das Bellas Artes
Author: Machado, Cirilo Volkmar, 1748-1823
Language: Portuguese
Link: cache/generated/24833/pg24833.epub
Link: cache/generated/24833/pg24833-images.epub
EText-No. 24833
Title: Nova academia de pintura – dedicada às senhoras portuguezas que amão ou se applicão – ao estudo das Bellas Artes
Author: Machado, Cirilo Volkmar, 1748-1823
Language: Portuguese
Link: 2/4/8/3/24833/24833-h/24833-h.htm
EText-No. 24833
Title: Nova academia de pintura – dedicada às senhoras portuguezas que amão ou se applicão – ao estudo das Bellas Artes
Author: Machado, Cirilo Volkmar, 1748-1823
Language: Portuguese
Link: cache/generated/24833/pg24833-images.mobi
Link: cache/generated/24833/pg24833.mobi
EText-No. 24833
Title: Nova academia de pintura – dedicada às senhoras portuguezas que amão ou se applicão – ao estudo das Bellas Artes
Author: Machado, Cirilo Volkmar, 1748-1823
Language: Portuguese
Link: 2/4/8/3/24833/24833-8.txt
Link: cache/generated/24833/pg24833.txt.utf8
EText-No. 24833
Title: Nova academia de pintura – dedicada às senhoras portuguezas que amão ou se applicão – ao estudo das Bellas Artes
Author: Machado, Cirilo Volkmar, 1748-1823
Language: Portuguese
Link: 2/4/8/3/24833/24833-h.zip
EText-No. 24833
Title: Nova academia de pintura – dedicada às senhoras portuguezas que amão ou se applicão – ao estudo das Bellas Artes
Author: Machado, Cirilo Volkmar, 1748-1823
Language: Portuguese
Link: 2/4/8/3/24833/24833-8.zip
Macedo, José Agostinho de – Epistola de Manoel Mendes Fogaça – Dirigida de lisboa a hum amigo da sua terra, em que lhe – refere como de repente se fez poeta, e lhe conta as proezas – de hum rafeiro
EText-No. 27544
Title: Epistola de Manoel Mendes Fogaça – Dirigida de lisboa a hum amigo da sua terra, em que lhe – refere como de repente se fez poeta, e lhe conta as proezas – de hum rafeiro.
Author: Macedo, José Agostinho de, 1761-1831
Language: Portuguese
Link: cache/generated/27544/pg27544.epub
EText-No. 27544
Title: Epistola de Manoel Mendes Fogaça – Dirigida de lisboa a hum amigo da sua terra, em que lhe – refere como de repente se fez poeta, e lhe conta as proezas – de hum rafeiro.
Author: Macedo, José Agostinho de, 1761-1831
Language: Portuguese
Link: cache/generated/27544/pg27544.html.utf8
EText-No. 27544
Title: Epistola de Manoel Mendes Fogaça – Dirigida de lisboa a hum amigo da sua terra, em que lhe – refere como de repente se fez poeta, e lhe conta as proezas – de hum rafeiro.
Author: Macedo, José Agostinho de, 1761-1831
Language: Portuguese
Link: cache/generated/27544/pg27544.mobi
EText-No. 27544
Title: Epistola de Manoel Mendes Fogaça – Dirigida de lisboa a hum amigo da sua terra, em que lhe – refere como de repente se fez poeta, e lhe conta as proezas – de hum rafeiro.
Author: Macedo, José Agostinho de, 1761-1831
Language: Portuguese
Link: 2/7/5/4/27544/27544-8.txt
Link: cache/generated/27544/pg27544.txt.utf8
EText-No. 27544
Title: Epistola de Manoel Mendes Fogaça – Dirigida de lisboa a hum amigo da sua terra, em que lhe – refere como de repente se fez poeta, e lhe conta as proezas – de hum rafeiro.
Author: Macedo, José Agostinho de, 1761-1831
Language: Portuguese
Link: 2/7/5/4/27544/27544-8.zip
Gandavo, Pero de Magalhães – Tractado da terra do Brasil – no qual se contem a informação das cousas que ha nestas – partes feito por P.º de Magalhaes
EText-No. 28122
Title: Tractado da terra do Brasil – no qual se contem a informação das cousas que ha nestas – partes feito por P.º de Magalhaes
Author: Gandavo, Pero de Magalhães, -1576
Language: Portuguese
Link: cache/generated/28122/pg28122.epub
EText-No. 28122
Title: Tractado da terra do Brasil – no qual se contem a informação das cousas que ha nestas – partes feito por P.º de Magalhaes
Author: Gandavo, Pero de Magalhães, -1576
Language: Portuguese
Link: 2/8/1/2/28122/28122-h/28122-h.htm
Link: 2/8/1/2/28122/28122-h/tractado-lt1.html
Link: 2/8/1/2/28122/28122-h/tractado-utf8.html
EText-No. 28122
Title: Tractado da terra do Brasil – no qual se contem a informação das cousas que ha nestas – partes feito por P.º de Magalhaes
Author: Gandavo, Pero de Magalhães, -1576
Language: Portuguese
Link: cache/generated/28122/pg28122.mobi
EText-No. 28122
Title: Tractado da terra do Brasil – no qual se contem a informação das cousas que ha nestas – partes feito por P.º de Magalhaes
Author: Gandavo, Pero de Magalhães, -1576
Language: Portuguese
Link: 2/8/1/2/28122/28122-0.txt
Link: 2/8/1/2/28122/28122-8.txt
EText-No. 28122
Title: Tractado da terra do Brasil – no qual se contem a informação das cousas que ha nestas – partes feito por P.º de Magalhaes
Author: Gandavo, Pero de Magalhães, -1576
Language: Portuguese
Link: 2/8/1/2/28122/28122-h.zip
EText-No. 28122
Title: Tractado da terra do Brasil – no qual se contem a informação das cousas que ha nestas – partes feito por P.º de Magalhaes
Author: Gandavo, Pero de Magalhães, -1576
Language: Portuguese
Link: 2/8/1/2/28122/28122-0.zip
Link: 2/8/1/2/28122/28122-8.zip
Camilo Castelo Branco – O Condemnado/Como os anjos se vingam
EText-No. 32586
Title: O Condemnado/Como os anjos se vingam
Author: Castelo Branco, Camilo Ferreira Botelho, 1825-1890
Language: Portuguese
Link: cache/generated/32586/pg32586.epub
EText-No. 32586
Title: O Condemnado/Como os anjos se vingam
Author: Castelo Branco, Camilo Ferreira Botelho, 1825-1890
Language: Portuguese
Link: 3/2/5/8/32586/32586-h/32586-h.htm
EText-No. 32586
Title: O Condemnado/Como os anjos se vingam
Author: Castelo Branco, Camilo Ferreira Botelho, 1825-1890
Language: Portuguese
Link: cache/generated/32586/pg32586.mobi
EText-No. 32586
Title: O Condemnado/Como os anjos se vingam
Author: Castelo Branco, Camilo Ferreira Botelho, 1825-1890
Language: Portuguese
Link: 3/2/5/8/32586/32586-8.txt
Link: cache/generated/32586/pg32586.txt.utf8
EText-No. 32586
Title: O Condemnado/Como os anjos se vingam
Author: Castelo Branco, Camilo Ferreira Botelho, 1825-1890
Language: Portuguese
Link: 3/2/5/8/32586/32586-h.zip
EText-No. 32586
Title: O Condemnado/Como os anjos se vingam
Author: Castelo Branco, Camilo Ferreira Botelho, 1825-1890
Language: Portuguese
Link: 3/2/5/8/32586/32586-8.zip
Camões, Luís de, 1524?-1580;Bocage, Manuel Maria Barbosa du, 1765-1805 – A Morte de D. Ignez de Castro – Cantata por Manoel Maria Barbosa du Bucage; A Que Se Ajunta o Episódio, Ao Mesmo Assumpto, do Immortal Luiz de Camões
EText-No. 23110
Title: A Morte de D. Ignez de Castro – Cantata por Manoel Maria Barbosa du Bucage; A Que Se Ajunta o Episódio, Ao Mesmo Assumpto, do Immortal Luiz de Camões
Author: Camões, Luís de, 1524?-1580;Bocage, Manuel Maria Barbosa du, 1765-1805
Language: Portuguese
Link: cache/generated/23110/pg23110.epub
EText-No. 23110
Title: A Morte de D. Ignez de Castro – Cantata por Manoel Maria Barbosa du Bucage; A Que Se Ajunta o Episódio, Ao Mesmo Assumpto, do Immortal Luiz de Camões
Author: Camões, Luís de, 1524?-1580;Bocage, Manuel Maria Barbosa du, 1765-1805
Language: Portuguese
Link: cache/generated/23110/pg23110.html.utf8
EText-No. 23110
Title: A Morte de D. Ignez de Castro – Cantata por Manoel Maria Barbosa du Bucage; A Que Se Ajunta o Episódio, Ao Mesmo Assumpto, do Immortal Luiz de Camões
Author: Camões, Luís de, 1524?-1580;Bocage, Manuel Maria Barbosa du, 1765-1805
Language: Portuguese
Link: cache/generated/23110/pg23110.mobi
EText-No. 23110
Title: A Morte de D. Ignez de Castro – Cantata por Manoel Maria Barbosa du Bucage; A Que Se Ajunta o Episódio, Ao Mesmo Assumpto, do Immortal Luiz de Camões
Author: Camões, Luís de, 1524?-1580;Bocage, Manuel Maria Barbosa du, 1765-1805
Language: Portuguese
Link: 2/3/1/1/23110/23110-8.txt
Link: cache/generated/23110/pg23110.txt.utf8
EText-No. 23110
Title: A Morte de D. Ignez de Castro – Cantata por Manoel Maria Barbosa du Bucage; A Que Se Ajunta o Episódio, Ao Mesmo Assumpto, do Immortal Luiz de Camões
Author: Camões, Luís de, 1524?-1580;Bocage, Manuel Maria Barbosa du, 1765-1805
Language: Portuguese
Link: 2/3/1/1/23110/23110-8.zip
Vittoria Colonna – Amor, se morta è la mia prima speme
Amor, se morta è la mia prima speme,
Nel primo foco mio pur vivo ed ardo;
Il desir ch’ebbi pria col primo sguardo
Nei dì miei primi, avrò nell’ore estreme.
La vita e ‘l bel pensier morranno insieme,
E tosto fia per l’un per l’altra tardo:
L’ultima piaga fece il primo dardo,
Nè più ben spera il cor, nè più mal teme.
Ma se l’alma fedel languendo tace,
E per lei gridan mille aperte prove,
Dàlle per lunga guerra or breve pace!
Non vuol che libertà mai più si trove
Nel suo voler, ma che l’ardente face
S’intepidisca sì che ‘l viver giove.
Vittoria Colonna – Morte col fiero stral sè stessa offese
Morte col fiero stral sè stessa offese,
Quando oscurar pensò quel lume chiaro,
Ch’or vive in cielo, e qui sempre più caro,
Chè ‘l bel morir più le sue glorie accese.
Onde irata vêr me l’arme riprese;
Poi vide essermi dolce il colpo amaro,
Nol diè; ma col morir vivendo imparo
Quant’è crudel, quando par più cortese.
S’io cerco darle in man la morta vita,
Perchè di sua vittoria resti altera,
Ed io del mio finir lieta e felice;
Per fare una vendetta non più udita,
Mi lascia viva in questa morte vera.
S’ella mi fugge or che sperar mi lice?
Gaspara Stampa – Se voi poteste, o sol degli occhi miei
Se voi poteste, o sol degli occhi miei,
qual sète dentro donno del mio core,
veder coi vostri apertamente fuore,
oh me beata quattro volte e sei!
Voi più sicuro, e queta io più sarei:
voi senza gelosia, senza timore;
io di due sarei scema d’un dolore,
e più felicemente ardendo andrei.
Anzi aperto per voi, lassa, si vede,
più che ‘l lume del sol lucido e chiaro,
che dentro e fuori io spiro amor e fede.
Ma vi mostrate di credenza avaro,
per tormi ogni speranza di mercede,
e far il dolce mio viver amaro.
Fray Luis de León – Agora con la aurora se levanta
Agora con la aurora se levanta
mi Luz; agora coge en rico nudo
el hermoso cabello; agora el crudo
pecho ciñe con oro, y la garganta;
agora vuelta al cielo, pura y santa,
las manos y ojos bellos alza, y pudo
dolerse agora de mi mal agudo;
agora incomparable tañe y canta.
Ansí digo y, del dulce error llevado,
presente ante mis ojos la imagino,
y lleno de humildad y amor la adoro;
mas luego vuelve en sí el engañado
ánimo, y conociendo el desatino,
la rienda suelta largamente al lloro.
Guittone d’Arezzo, Se Deo – m’aiuti, amor, peccato fate
Se Deo – m’aiuti, amor, peccato fate,
se v’allegrate – de lo male meo:
com’eo – più cher merzé, più mi sdegnate;
e non trovate, – amor, perché, per Deo! ,
far ch’eo – de mia amorosa fedeltate
la maiestate – vostra, amor, recheo;
non creo – che però ragione abbiate
che m’auzidiate, – amor, cor di zudeo.
Non veo, – amor, che cosa vi mancasse,
se ‘n voi degnasse – fior valer merzede,
ché ciò decede – orgoglio e vi sta bene.
Tegno eo – tanto ch’eo merzé trovasse,
che mai non fasse – più per me, de fede,
che dir: merzede, – amor, merzé, merzene!
Guittone d’Arezzo, Guido conte Novello, se om da pare
Guido conte Novello, se om da pare
ingiurie porta magne in pace, è manto;
ma via più troppo, se da suo menore;
e molto avante, ben de mal rendendo.
E dea tal mai chi prende ingiuriare,
o non bono alcun fare a bono tanto?
Villan troppo è maggio a chi maggiore
no studiar molto a bon bon respondendo;
e quanto più de ben rendere male!
E se da om omo anta
e tale, da Dio più quant’ha?
Quanto e’ meglio è, maggio
laid’è laidir l’oltraggio.
Dio donque, re dei rei, bon di bon quale?
Voi tenuto maggio intra i maggiori
e non più grande che discreto e retto,
meritando e grazendo ov’è non merto,
serete solo in Dio donque indescreto?
Tutte descrezion, tutti valori
per vili, vani e per ontosi metto
de chi non bon lui, bono tanto esperto;
e chi lui bono, e’ ha bon quanto dea queto.
Laido laidisce tutto e, più, bello. Guardate,
mercé, donque a non laidire,
e gradite grazire
le grazie e i piacer soi,
almen quanto gli altroi;
e, poi vol voi, mercé, non lui scifate.
Bono havi fatto e molto, e fa megli’ora,
ché lo migliore in bono de bono amore
v’ha sementato in core.
Mercé, ben lo coltate,
ma se non lo locate,
tanti averà contrari, temo mora.
Guittone d’Arezzo, Se de voi, donna gente
Se de voi, donna gente,
m’ha preso amor, no è già meraviglia,
ma miracol somiglia
come a ciascun no ha l’anima presa;
ché de cosa piacente
savemo de vertà ch’è nato amore.
Or da voi, che del fiore
del piacer d’esto mondo sete appresa,
com po l’om far defesa?
Ché la natura entesa
fo di formare voi, co ‘l bon pintore
Policreto fo de la sua pentura;
che non po cor pensare,
né lingua devisare,
che cosa in voi potesse esser piò bella.
Ahi, Deo, co sì novella
pote a esto mondo dimorar figura,
ch’è de sovra natura?
Ché ciò che l’om de voi conosce e vede,
semiglia, per mia fede,
mirabel cosa a bon conoscidore.
Quale donque esser deo,
poi tale donna intende il meo preghero,
e merta volontero
a cento dobli sempre el meo servire?
Cert’ho miracol, ch’eo
non morto son de gioia e de dolzore;
ché, como per dolore,
po l’om per gioia morte sofferire.
Ma che? Lo meo guerire
è stato con schermire,
ver zo mettendo tutta mia possanza;
ché quando troppo la sento abondare,
mantenente m’acorgo
e con dolor socorgo,
quale me credo che maggiore sia.
Ché de troppa grassia
guerisce om per se stesso consumare,
e cose molto amare
gueriscon zo che dolze aucidereno:
de troppo bene è freno
male, e de male troppo è benenanza.
Tantosto, donna mia,
com eo vo vidi, foi d’amor sorpriso,
né già mai lo meo viso
altra cosa che voi non devisoe.
E sì m’è bon ch’eo sia
fedele voi, che ‘n me non trovo cosa
ver ciò contrariosa,
che l’alma e lo saver deletta cioe.
Per che tutto me doe
voi, cui più che meo soe.
Meo non son già, ch’a far vostro piacere;
ché volonter isfareime in persona,
per far cosa di mene,
che piò stesse vo bene:
ché già non m’osa unqu’altro esser a voglia,
ch’ubedir vostra voglia;
e s’eo de voi disio cosa alcona,
sento che savi bona
e che valor v’accresce in allegranza.
De tale disianza
non piaccia a Deo ch’io mai possa movere.
Per tutto ciò non servo,
né porea mai servir, l’onor né ‘l bene,
che per voi fatto m’ène;
ché troppo è segno d’amoroso amore
far lo signor del servo
su’ par; ed è ben cosa che non mai
pot’om mertare assai.
Donque como de merto avrò onore?
Ché sì como l’Autore
pon, ch’amistà di core
è voler de concordia e desvolere,
faite voi me, ché zo volete ch’eo.
Ma bon conforto m’ène
che, con più alto tene
segnor suo servo, più li po valere;
ché non po l’om capere
sol per servire en la magion de Deo,
sì como sento e veo;
ma bona fede e gran voglia en piò fare
l’aiuta e ‘l fa poggiare,
ché voglia e fe tal Di’ ha fatto valere.
Eo non posso apagare
a dir, donna, de voi l’animo meo;
ché, se m’aiuti Deo,
quanto più dico, più talento dire;
e non po dimostrare
la lingua mea com’è vostro lo core:
per poco non ven fore
a direve lo so coral desire.
Ed a ciò che ‘n servire
potesse devenire
en quale loco piò fosse maggiore,
vorrea che l’amistà nostra de fatto
ormai, donna, s’usasse;
ché, se per me s’osasse
dir, troppo tarda enver ciò dimorate.
Ché de fare amistate
certo lo tardare pareme matto;
e comperato accatto
non sa sì bon, como quel ch’è ‘n don priso;
e sì como m’è viso,
endugio a grande ben tolle savore.
Currado da Sterleto, mea canzone
vo mando e vo presento,
ché vostro pregio vento
m’ha voi fedele e om de ciò ch’eo vaglio;
e se non mi travaglio
de vostro regio dir, quest’è cagione,
che bene en sua ragione
non crederea già mai poter finare:
non dea l’om comenzare
la cosa, onde no è bon fenidore.
Onesto Bolognese – Se co lo vostro val mio dire e solo
Se co lo vostro val mio dire e solo,
supplico lei cui siete ad ubbidenza,
che ristori a tutta vostra parvenza,
ch’io so che vo’ il cherete senza dolo.
Di voi fe’ prova di gioia il valore
quando parve; † di ragione ver’ voi fenne †
ché val più gioia a cui pena anzi venne;
ella vi loda, de lo vostro amore
dicendo: “Questi è bon combattitore:
servito m’ha, faccendoli malizia,
onde non m’è mestier farli mestizia
d’alcun diletto, ch’è degno d’onore”;
ed Amor m’ha dato di sé contezza,
sì ca·cciò dir per voi non m’è gravezza.
Quando gli apparve, Amore prende loco;
gendo diliberato, non dimora
in cor che sia di gentilezza fora;
e, ove il suo plager trova, non poco
sforza pur quel che l’ha già in su’ disio,
e tanto lui diletta dandoi torto,
ch’al sofferent’ è fame di gioi porto
e doglio e pena c’ha chi li servio,
sì che piangendo a la donna se·n gio
ed ella, per pietà, li diè ristoro:
ahi, quanto vol d’amor prego ed esoro
fa il servo vil, perde d’Amor l’ausilio.
Dunqua non pecca Morte in alcun lato
se non tol quel ch’è ad Amore ingrato.
Conceduto ha la donna che l’amasse
sugetto che lealmente servia,
conquiso che difesa non avia,
purch’a·llei lo suo servir non gravasse;
sì che omai la sua mente divide
dal suo contraro, e canoscenza dèle
quanto ha chiamato “morte” e “amaro fele”.
Pur vi rimembri dove Amor mo’ siede;
che laude far d’altrui el se n’avede,
onde poi cresce d’Amor più l’aita.
Lo qual io prego che vi déa compita
disïanza che le ovre arichiede:
a voi cred’e’ che non serà più duro,
ma per invidia agli altri sarà obscuro.
Amico, poi che servo vi consente
piena di grazia e di vertù, posare
deno li spirti vostri e acordare
l’alma e lo core e ‘l corpo a l’ubidiente.
Leve zà parmi lo vostro disiro,
ch’Amor, parlando ove no ‘nd’è martire,
accordò il vostro cor nel su’ cherire:
per che tormento né penser vi diro,
ma a voi, certo, vïa più disiro.
Ma so che in ciò non va·la mia preghera,
ché tanto avete di gioi la manera,
che infra no’ i’ stesso invidia vi tiro:
veggio ch’Amor vi fa così perfetto,
ed e’ vuol ch’i’ vi·l dica, e hamene stretto.
Plagemi d’esser vostro ne la luna,
stella d’amor a qual mi son segnato;
ell’ha il meo core dal vostro furiato
e voglio aver, ch’ène cosa comuna.
E parmi certo che molto disvaglia
gioia disfatta con martiri e guai,
se non l’ha cara, vïa più che mai,
uomo a chi è creduto ch’ela vaglia.
Non vi zochi, amico, alcuno a l’aglia,
né per vostro pro’ ferere in sorte
vogliate alcun, che è troppo forte
cosa il donar di quel che il cor dismaglia.
Però fate di gioia bon riservo,
ch’è per altrui el, non in soi, protervo.
Vittoria Colonna – Se dal dolce pensier riscuoto l’alma
Se dal dolce pensier riscuoto l’alma
Per bassi effetti dell’umana vita,
Riman dal primo suo corso smarrita
Qual nave giunta in perigliosa calma.
Or come avvien che questa grave salma
Lei sì leggiera, sì presta e spedita,
Ritiri in terra, essendo in ciel unita
Con la sua luce glorïosa ed alma?
Se lì s’appaga, si nodrisce e vive,
E l’abitar in questo carcer sempre
Le saria lunga dura e viva morte?
Com’è che ‘l minor nostro il maggior prive
Del vero oggetto? e cangi l’alta sorte
L’alma per star fra sì dubbiose tempre?
Luis de Camoes – Oh como se me alonga de anno em ano
Oh como se me alonga de anno em ano
A peregrinação cansada minha!
Como se encurta, e como ao fim caminha
Este meu breve e vão discurso humano!
Mingoando a idade vai, crescendo o dano;
Perdeo-se-me hum remedio, que inda tinha:
Se por experiencia se adivinha,
Qualquer grande esperança he grande engano.
Corro apoz este bem que não se alcança;
No meio do caminho me fallece;
Mil vezes caio, e perco a confiança.
Quando elle foge, eu tardo; e na tardança,
Se os olhos ergo a ver se inda apparece,
Da vista se me perde, e da esperança.
Luis de Camoes – Se somente hora alguma em vós piedade
Se somente hora alguma em vós piedade
De tão longo tormento se sentíra,
Amor sofrêra mal que eu me partíra
De vossos olhos, minha Saudade.
Apartei-me de vós, mas a vontade,
Que por o natural na alma vos tira,
Me faz crer que esta ausencia he de mentira;
Porém venho a provar que he de verdade.
Ir-me-hei, Senhora; e neste apartamento
Lagrimas tristes tomarão vingança
Nos olhos de quem fostes mantimento.
Desta arte darei vida a meu tormento;
Que, em fim, cá me achará minha lembrança
Sepultado no vosso esquecimento.
Luis de Camoes – Quantas vezes do fuso se esquecia
Quantas vezes do fuso se esquecia
Daliana, banhando o lindo seio,
Outras tantas de hum aspero receio
Salteado Laurenio a côr perdia.
Ella, que a Sylvio mais que a si queria,
Para podê-lo ver não tinha meio.
Ora como curára o mal alheio
Quem o seu mal tão mal curar podia?
Elle, que vio tão clara esta verdade,
Com soluços dizia (que a espessura
Inclinavão, de mágoa, a piedade):
Como póde a desordem da natura
Fazer tão differentes na vontade
Aos que fez tão conformes na ventura?
Luis de Camoes – Se tanta pena tenho merecida
Se tanta pena tenho merecida
Em pago de soffrer tantas durezas;
Provai, Senhora, em mi vossas cruezas,
Que aqui tendes huma alma offerecida.
Nella experimentai, se sois servida,
Desprezos, desfavores e asperezas;
Que móres soffrimentos e firmezas
Sustentarei na guerra desta vida.
Mas contra vossos olhos quaes serão?
He preciso que tudo se lhes renda;
Mas porei por escudo o coração.
Porque em tão dura e aspera contenda
He bem que, pois não acho defensão,
Com meter-me nas lanças me defenda.
Luis de Camoes – Em formosa Lethea se confia
Em formosa Lethea se confia,
Por onde vaidade tanta alcança,
Que, tornada em soberba a confiança,
Com os deoses celestes competia.
Porque não fosse avante esta ousadia,
(Que nascem muitos erros da tardança)
Em effeito puzerão a vingança
Que tamanha doudice merecia.
Mas Oleno, perdido por Lethea,
Não lhe soffrendo Amor que supportasse
Duro castigo em tanta formosura,
Quiz a pena tomar da culpa alhea:
Mas, porque a Morte Amor não apartasse,
Ambos tornados são em pedra dura.