Õ Blésq Blom
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Õ blésq blom | |||||
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LP e CD por Titãs | |||||
Lançado em | 16 de Outubro de 1989 | ||||
Gravado em | Julho a Setembro de 1989 | ||||
Gênero(s) | Rock and roll, Pop | ||||
Duração | 34 minutos e 50 segundos | ||||
Gravadora(s) | WEA | ||||
Produção e arranjos |
Liminha | ||||
Cronologia Titãs | |||||
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Considerado, pelas palavras do jornalista musical José Augusto Lemos, editor-chefe da revista Bizz na época, como "o vinil mais bem produzido que este país já viu", Õ blésq blom marcou nova aventura na sonoridade dos Titãs ao final da década de 80. Deixando de lado o aspecto "sujo" do som que tinham ganhado três anos antes e resgatando sonoridades que remetem ao Tropicalismo, à World music e ao pop eletrônico, teve excelente repercussão dentro da crítica e boa aceitação por parte de público: até o fim de 1990, foram 220 mil cópias vendidas com o disco, graças à canções como "Flores", "O pulso" e "Miséria".
Para dar um bom toque de brasilidade, o grupo contou com a ilustre presença de uma dupla de repentistas pernambucanos, Mauro (ex-estivador e auto-intitulado "O rei do rock") e sua esposa Quitéria, que cantavam com um poliglotismo curioso: misturavam palavras em inglês, italiano, grego, russo e japonês. São deles a introdução e a vinheta que fecham o disco. Aliás, o nome estranho do álbum é criação de Mauro, e o significado sugere "os primeiros homens que andaram sobre a terra".
Boa parte do disco se esmerou em programações eletrônicas e teclados ("Miséria", "O pulso" e "Deus e o diabo", como exemplos - esta última não veio a agradar Marcelo e Tony, pela falta de ênfase nas guitarras), mas veio a contar também com o pop-rock tradicional ("Flores", "Palavras"), rock pesado ("Medo") e sonoridade puxada para o country ("32 dentes").
[editar] Curiosidades
*"Medo" foi a primeira faixa a ser lançada em CD-Single no Brasil - ainda assim, o produto foi destinado somente às rádios.
*A banda foi a grande vencedora do Prêmio Bizz do ano de 1989, pelas seguintes categorias nacionais: Melhor disco (crítica e público), melhor música ("Flores" para o público e "Miséria" para a crítica), melhor grupo (crítica e público), melhor letrista (Arnaldo Antunes, para a crítica), melhor guitarrista (Tony Bellotto, para o público), melhor baixista (Nando Reis, para o público), melhor baterista (Charles Gavin, para o público), melhor tecladista (Sérgio Britto (músico)), melhor show (crítica e público) e melhor capa de disco (crítica e público).
*A capa do álbum foi projetada por Arnaldo Antunes. Ao invés de computação gráfica - algo impensável no Brasil àquela época - o mosaico foi montado artesanalmente.
*O videoclipe de "Flores" ganhou o prêmio de melhor videoclipe estrangeiro no MTV Video Music Awards de 1990, nos EUA.
[editar] Relação de faixas
- "Introdução por Mauro e Quitéria" – 0:44
- "Miséria" – 4:27
- "Racio símio" – 3:19
- "O camelo e o dromedário" – 5:22
- "Palavras" – 2:33
- "Medo" – 2:06
- "Natureza morta" – 0:19
- "Flores" – 3:27
- "O pulso" – 2:45
- "32 dentes" – 2:30
- "Faculdade" – 3:13
- "deus e o diabo" – 3:28
- "Vinheta final por Mauro e Quitéria" – 0:36
[editar] A banda
- Nando Reis - Baixo e Voz
- Paulo Miklos - Saxofone (em "Flores") e Voz
- Charles Gavin - Bateria e percussão
- Arnaldo Antunes - Voz
- Branco Mello - Voz
- Tony Bellotto - Guitarras e violões
- Sérgio Britto - Teclados, programações eletrônicas e Voz
- Marcelo Fromer - Guitarras e violões