A Literatura Nova - o Realismo como nova expressão da arte
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Eça, que pouco tinha participado apenas como espectador nas polémicas da Questão Coimbrã de 1865, desta vez põe-se no centro da diatribe defendendo o Realismo (que era o pomo da discórdia entre os adeptos do Romantismo e do Ultra-Romantismo e a Geração de 70). Sob a influência do Cenáculo e de Antero de Quental, Eça de Queiroz aproximou-se das teorias de Taine (do determinismo do meio) e dos postulados estético-sociais de Proudhon. Eça ataca fortemente o estado da literatura portuguesa que considera decadente e propondo uma arte que correspondesse ao espírito dos tempos. De uma Arte que actuasse como regeneradora do corpo social e da sua consciência. De uma Arte que banisse o que era falsidade e pintasse a realidade tal como ela é. Renega assim a arte pela arte e põe a literatura ao serviço da sociedade e do aperfeiçoamento da Humanidade. Eça advoga assim um cientismo posicionando-se consciente ou inconscientemente dentro do Naturalismo.
Reacções A conferência de Eça provocou reacções acaloradas nas páginas da Revolução de Setembro por Pinheiro Chagas. Este já tinha sido atacado e reagido na anterior Questão Coimbrã, em 1865.