Alexandre Vannucchi Leme
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alexandre Vannucchi Leme (Sorocaba, 5 de outubro de 1950 — São Paulo, 18 de março de 1973) foi um líder estudantil brasileiro.
Freqüentava o curso de Geologia da Universidade de São Paulo (USP) no início da década de 1970, quando particiou ativamente das mobilizações dos estudantes em defesa da democracia e dos direitos humanos em plena ditadura militar.
Foi preso em 16 de março de 1973 e levado ao DOI-CODI, onde foi torturado durante dois dias até não resistir e morrer. Preocupados com a repercussão do assassinato sob tortura, a polícia política declarou que se tratara de um suicídio e, dada a inconsistência da alegação, forjou um acidente por atropelamento.
Os pais do estudante pressionaram os órgãos do regime para que o corpo do estudante pudesse ser sepultado em sua cidade natal, sendo que já se encontrava enterrado no Cemitério de Perus, na capital paulista, em cova rasa e comum.
A 30 de março foi celebrada missa em sua intenção na Catedral da Sé na presença de cinco mil pessoas, que se manifestaram contra a versão oficial da morte, apoiada pelo arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns.