Apistogramma
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Apistogramma | ||||||||||||
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Classificação científica | ||||||||||||
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Espécies | ||||||||||||
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Apistogramma é um género de peixes perciformes ciclídeos, conhecidos vulgarmente como ciclídeos anões sul-americanos. O grupo distribui-se por numerosos cursos de água de vários países da América do Sul, tendo como espécie emblemática o Apistogramma agassizii. Os ciclídeos anões são peixes muito apreciados em aquariofilia, exibindo uma enorme variedade de comportamentos sociais e particularidades de grande interesse na hora da reprodução. Distinguir o género 'Apistogramma' de Ciclídeos Anões Sul-Americanos, sendo que neste último grupo não taxonómico cabem outros grupos taxonómicos do tipo género, tais como: Apistogrammoides, Biotoecus, Crenicara, Dicrossus, Laetacara, Nannacara, Microgeophagus e Taenicara.
Índice |
[editar] Reprodução
Tradicionalmente descritos como peixes de harém, a estratégia seguida para a multiplicação em ambiente de aquário é quase sempre a do par monogâmico. Na maior parte das vezes, o harém que se observa na Natureza não consegue ser recriado em aquário, por falta de espaço ou outras razões logísticas. Logo após a desova e fertilização dos ovos pelo macho, a fémea passa a ver o macho como uma ameaça relativa e não o deixa aproximar-se da área da desova (num perímetro que varia consoante a espécie), mas aceita, ainda que de forma muito passiva, a ação protetora que o macho desempenha em relação a um considerável território centrado pela região de desova.
Este comportamento reprodutivo contrasta flagrantemente com o que se passa com outro grupo de Ciclídeos Anões, desta feita Africanos, do género Pelvicachromis (espécie emblemática: P. pulcher, conhecido há décadas na gíria dos aquariófilos por Kribensis). A sua fisionomia/forma corporal é muito semelhante à dos Apistogramma, sendo mesmo confundíveis para o leigo. No Kribensis, a fêmea aceita a proximidade do macho e após a desova formam um casal inseparável e feroz na defesa dos descendentes. Habitualmente, há um que está mais junto da prole, com o outro a vigiar o território. O macho alterna com a fêmea nessas funções. Isso está longe de acontecer com os Apistogramma, em que os cuidados dedicados pelo macho são menos significativos. De fato, a família mono-parental (fêmea e crias) dos Apistogramma é eficaz na protecção dos jovens que têm todas as condições para sobreviver na ausência do macho.
[editar] Espécies
- A. acrensis
- A. agassizii
- A. alacrina
- A. balzfleck group
- A. amoenum
- A. anguayara
- A. arapuana
- A. arua
- A. atahualpa
- A. bitaeniata
- A. borellii
- A. cacatuoides
- A. cruzi
- A. diplotaenia
- A. elizabethae
- A. eunotus
- A. geisleri
- A. gephyra ("Rio Xingu")
- A. gibbiceps
- A. guttata
- A. hippolytae
- A. hongsloi
- A. iniridae
- A. juruensis
- A. luelingi
- A. maciliensis
- A. meinkeni
- A. nijsseni
- A. norberti
- A. ortmanni
- A. panduro (A. sp. "Pandurini")
- A. payaminonis
- A. pertensis
- A. piauiensis
- A. pulchra
- A. regani
- A. resticulosa
- A. steindachneri
- A. trifasciata
- A. tucurui
- A. uaupesi
- A. viejita
[editar] Onde os encontrar
Em Portugal continental, estão disponíveis nas lojas de animais dos principais centros do país e nas lojas especializadas em aquariofilia. Já foram raros, mas a sua oferta tem vindo a crescer, tanto em quantidade como em qualidade. As espécies mais frequentemente encontradas são A. agassizii, A. borellii e A. cacatuoides. Este último aparece nas lojas como mais um exemplo de selecção artificial explorada pelos circuitos comerciais. Na natureza tem uma fisionomia muito mais discreta em relação ao exuberante laranja com que embeleza os aquários.