Bruce Springsteen
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Bruce Frederick Joseph Springsteen é um cantor e compositor de rock dos Estados Unidos nascido na cidade de Freehold, Nova Jersey em 23 de setembro de 1949. É considerado pelos especialistas de música como o renovador do chamado "rock ortodoxo" nos EUA.
A temática das suas canções espelham as preocupações da classe média americana, e apesar de acentuar os ícones da sociedade americana (automóvel, a fuga, Nova Iorque, etc,), de modo implícito abandono do chamado sonho americano (american dream).
[editar] The Boss ainda?
Poucos conhecem a carreira de Bruce Springsteen como um todo, alguns nos anos 80 já dançaram ao som de "Born in the U.S.A." ou "Dancing in the Dark", podem até conhecer a música "Streets of Philadelphia" do filme Filadélfia em que tanto a canção quanto o filme abordam o tema da AIDS, ou ate seu recente álbum The Rising que fala sobre os atentados de 11 de setembro de 2001. Porém Springsteen já está na estrada desde 1972 e sua música já era inovadora desde então, tanto em relação ao teor rock'n'roll quanto à parte literal.
Seu apelido no inicio era New Dylan, mas houve uma mudança quase radical depois de seus dois primeiros álbuns em que claramente Bruce honra o apelido. “Gretings from Asbury Park” e “The Wild the Innocent and the E Street Shuffle” todos os dois de 1973.Em seu álbum Born to Run de 1975 Bruce consolidou-se com a definitiva E Street Band, largou o violão e pegou a guitarra passando a simplificar os arranjos e dosar mais as pitadas de blues soul music e o country antes, de raiz se tornou mais contemporâneo, mas o que se chama rock’n rool ficou bem mais evidente. Este álbum até hoje rende comentários, pois foi considerado pela crítica o mais importante da história.
Seus álbuns seguintes foram “Darkness on the Edge of Town” de 1978 em que Springsteen reafirma seu estilo e cada vez mais chama a atenção da mídia americana. Não se sabe se é um golpe de mestre ou medo da fama, mas depois de seu álbum duplo “The River” de 1980 e sua turnê com shows de até cinco horas de duração, Bruce em 1982 se isola em sua casa e interrompe os shows lançando o álbum “Nebraska” todo acústico e gravado na garagem com Bruce fazendo de tudo, parecia uma volta ao início, ai se perguntaram: baixou o Bob de novo? Para provar para o mundo que nada havia acabado e que ele não era apenas mais um dentre tantos outros artistas dos anos 80, Bruce Springsteen em 1984 lança o álbum Born in the U.S.A. com temas aparentemente típicos da década, porém se observarmos há uma critica aos anos de guerra dos Estados Unidos.E participou também do álbum “U.S.A for África” um disco beneficente. No ano seguinte, na tentativa de não deixar a febre passar Bruce lança um álbum triplo com suas performances ao vivo de 1975 a 1985, os fans ai perceberiam que Springsteen soa muito melhor ao vivo do que trancafiado no estúdio (isso diz respeito a sua voz também). A turnê de Born in the U.S.A.durou dois anos e rendeu a Bruce o apelido de The Boss (O Chefe), pois na década em que havia Madona e Michael Jackson ele foi mais que um sobrevivente e conquistou uma legião de fans além de arriscar temas polêmicos (algo mais além de pura imagem). Springsteen é o tipo de artista que sabe dosar suas aparições e age novamente deixando os fans quase sem entender quando em 1987 lança o album “Tunnel of love” vestido de cowboy de grife na capa do disco, logo depois se divorcia, se casa novamente com a cantora Patty Scialfa de sua banda e além de tudo interrompe sua nova turnê no auge da fama e desfaz a E Street Band que tocara com ele ate então. A mídia não dava noticias de Bruce, parecia o fim, mas em 1992 ele lança dois álbuns simultâneos “Lucky Town” e “Human touch” e então dá para entender bem o que The Boss havia achado da fama e os fardos que ela a trouxe, mas de uma forma bem subliminar, neste caso vale dizer também, “ou não”. Em 1994 a M.T.V chama o chefão para um especial, no entanto ele não convoca a E Street Band e se recusa a fazer um simples acústico e canta as canções dos seus dois últimos álbuns, “In Concert” é excelente e além de tudo, Bruce faz o que sabe em uma de suas melhores versões “ao vivo”. Muitos pensaram que Bruce Springsteen já estava deixando de ser um artista constante e estava se tornando uma daquelas lendas que sem fama só lhe restaria o nome, mas sua estratégia é inteligente e surpreendente em 1995 foi lançado o obvio “Greatest Hits” mas não tão obvio assim, Bruce reuniu a E street Band novamente e fez musicas inéditas para serem lançadas junto com os grandes hits e seus momentos com a banda siram no DVD “Blood Broders”, mas foi só, ele não saiu em tour nem nada e no final do mesmo ano aparece com o álbum solo, acústico, trágico e critico “Ghost of Tom Joad” e uma turnê em que se resumiu quase à programas de T.V. Bruce ao longo de sua carreira acumulou uma série de musicas que não foram lançados por diversos motivos, quaisquer que foram, menos falta de qualidade, talvez por simplesmente “sobrarem”, as crises de criatividade passam longe. Só para se ter uma idéia para o álbum “Born in the U.S.A.” ele compôs mais de 70 canções. Por isso foi lançada em 1998 a caixa intitulada “Tracks” e o melhor desta, o CD “18 Tracks” (bem mais acessível e resumido) em que era fácil de se notar o quanto ele sempre foi surpreendente, pois lançar CDs com musicas que nunca foram apresentadas antes, e além de tudo, de boa qualidade é sinônimo de artista que merece ser colocado novamente no presente. Bruce agradece e sai em turnê com a E Street Band e em 2000 é lançado o matador “Live in New York” um show gravado ao vivo com o Madson Square Garden lotado e junto o DVD, é inacreditável e inquestionável sua qualidade. E assim The Boss cai no rock novamente, mas foi imprevisível transformando a "Born in the U.S.A" num rasgado country blues e a desoladora canção "Mansions on the Hill" em uma música havaiana (tudo sem muito folclore apesar de Bruce ter parecido um pastor no palco). O mais surpreendente em live in New York é a musica em protesto em relação ao homicídio cometido pelos policiais nova yorquinos. Bruce reclama sem medo do preconceito (procure saber mais a musica é “American Skin(41 shots)”). The Boss encerra a turnê sem parecer que viria um novo álbum, mas em 11 de setembro de 2001, a tragédia que não se faz necessário lembrar aqui, fez de alguma forma Bruce gravar de novo. Existem muitas controvérsias sobre o que fez o chefe fazer um álbum todo dedicado à tragédia, mas ele simplesmente disse: “Eu só queria ter algo a dizer naquele momento” e foi assim, mas não só isso, o álbum “The Rising” que podemos traduzir como: erguendo, tem um excelente duplo sentido, pois alem da tragédia é praticamente o renascimento de sua carreira, se é que ele precisava. Só para se ter uma idéia Bruce esteve em turnê em 2002 e 2003 e seus lucros só neste ano foram em media de 125 milhões (o mais lucrativo de 2003). A grande sacada de Bruce ainda estava por vir, um dos shows da tour The Rising foi gravado na integra, ocorreu em Barcelona e virou um excelente DVD duplo e sem cortes, ao contrario do live in NY que é muito editado, o DVD “Live in Barcelona” mostra que ele ainda consegue fazer seus longos espetáculos sem perder o carisma e o folego mesmo estando com 52 anos. Alem disso também esta por ai o “The essential Bruce Springsteen” coletânea com três CD’s sendo o primeiro e o segundo puramente “greatest hits” e o terceiro só gravações inéditas. Nos atuais tempos de guerra e corrupção, Bruce desfez novamente a E Street band e preparou o disco “Devils & Dust” todo de canções inéditas e bem intimista. Novamente em carreira solo desde 1995. Acompanhando a onda acústica aproveitou para fazer caixa, logo após o suposto contrato de 50 milhões de dólares com a Sony (Columbia), com o DVD Vh1 Storyteller com apresentações junto ao seus violões! Bruce é imprevisível não dá para se saber o próximo passo ao mesmo tempo em que ele pode desfazer a E Street Band e lançar outro disco coutry ou algo do gênero, pode sair um álbum com o bom e velho rock’n rol.
[editar] Discografia
- 1973 - Greetings from Asbury Park, N.J.
- 1973 - The Wild, the Innocent and the E Street Shuffle
- 1975 - Born to Run
- 1978 - Darkness on the Edge of Town
- 1980 - The River
- 1982 - Nebraska
- 1984 - Born in the U.S.A.
- 1986 - Bruce Springsteen & the E Street Band Live/1975-85
- 1987 - Tunnel of Love
- 1988 - Chimes of Freedom
- 1992 - Human Touch
- 1992 - Lucky Town
- 1993 - In Concert/MTV Plugged
- 1995 - Greatest Hits
- 1995 - The Ghost of Tom Joad
- 1998 - Tracks
- 1999 - 18 Tracks
- 2001 - Bruce Springsteen & the E Street Band: Live In New York City|Live in New York City
- 2002 - The Rising
- 2003 - The Essential Bruce Springsteen
- 2005 - Devils & Dust
- 2005 - Born to Run|Born To Run 30th Anniversary Edition
- 2006 - Hammersmith Odeon London '75
- 2006 - We Shall Overcome The Seeger Sessions
