Caspar David Friedrich

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Auto-retrato, com 26 anos

Auto-retrato, 1802

A cruz na montanha, 1807/08

Viajante junto ao mar de neblina (1818), Gal. Arte - Hamburgo

Caspar David Friedrich (5 de setembro de 1774 - 7 de maio de 1840) é um pintor romântico alemão. As suas obras primam pelo simbolismo e idealismo que transmitem, são comparadas as de William Turner. Friedrich é o mais puro representante da pintura romântica alemã. Suas paisagens não são apenas belas, mas expressam os mais puros sentimentos de uma alma que procura Deus na contemplação da natureza.

Nascido em Greifswald (hoje Alemanha, na época fazia parte da Suécia/região de Vorpommern) em 1774, perde a sua mãe aos sete anos, no nascimento de seu nono irmño. Nos anos seguintes ocorre a morte de mais quatro irmãos. Tais fatos marcaram sua vida e, somados à rígida educação religiosa recebida do pai, se refletiriam em toda a sua carreira artística.

Em 1790 teve as primeiras aulas de desenho com o mestre Quistorp. Em 1794, o pai inscreveu-o na prestigiosa Academia de Artes de Kopenhagen.Quatro anos depois, a família mudou-se para Dresden, capital da literatura romântica alemã. Friedrich ganhava então a vida desenhando folhetos. Conheceu Phillip Otto Runge e foi com ele percorrer os Alpes. Quando voltaram, Runge o apresentou aos artistas românticos Dahl, Carus, Novalis e Kersting. Também conheceu Goethe, através de quem pôde expor seus quadros na cidade de Weimar. Dresden, ofereceu-lhe paisagens inspiradoras, por ser próxima a Berlin fazia-se um dos mais importantes polos artisticos da Alemanha.

Trabalha inicialmente com aguarelas e desenhos, depois começa a estudar a técnica Radierung, água-forte, ou gravura em metal. Em 1808, depois de fazer um curso de pintura a óleo, foi incumbido pelos condes de Thun e Honestein de sua obra mais importante, A Cruz na Montanha, que recebeu críticas não muito alentadoras pela ousadia do artista em relacionar a paisagem com o sentimento religioso. Um ano mais tarde terminaria Monge à Beira-mar e Abadia no Carvalhal, que lhe possibilitaram o ingresso na Academia de Berlim.

Tem suas obras compradas por importantes personalidades como o rei da Prússia, Frederico Guilherme III, o príncipe russo Nicolau I, mais tarde nomeado imperador. Recebe visitas do príncipe da Dinamarca Christian Frederic. Tinha como amigos íntimos Goethe, Johanna Schopenhauer, mãe do filósofo Arthur Schopenhauer, o escritor Heinrich von Kleist, o escultor Christian Gottlieb Kühn e o médico, filósofo e pintor Carl Gustav Carus.

Depois de A Cruz na Montanha, realizou depois uma segunda excursão à montanha, provavelmente com o objetivo de encontrar novas paisagens e experimentar a solidão na natureza. Na sua volta, em 1816, foi nomeado membro da Academia de Dresden. Começou então a trabalhar num ateliê junto com o pintor Dahl. Em 1828 suas obras começam a sair de moda, e o pintor sofre o primeiro derrame cerebral. Apesar de vender algumas obras, sua situação econômica piorou. Morreu só e na miséria.

Carl Gustav Carus retrata sua morte na pintura intitulada: Túmulo de Caspar David Friedrich. As obras de Friedrich estão atualmente nos museus mais importantes da Alemanha.