Castelo do Mau Vizinho (Vila Real)
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Aberto ao público |
O chamado Castelo do Mau Vizinho, também conhecido como Castelo dos Mouros, localiza-se na Freguesia de Cimo de Vila da Castanheira, Concelho de Chaves, no Distrito de Vila Real, em Portugal.
Isolado num penedo sobranceiro à margem direita do rio Mousse (Mouce?), afluente do rio Rabaçal, na vertente nordeste da serra do Candedo, na realidade trata-se de um sítio arqueológico de natureza ainda não inteiramente compreendida pelos estudiosos. Alguns autores sustentam que se trata de um santuário pré-romano, composto por um altar e por locais de sacrifício. Outros autores argumentam, por outro lado, que o sítio não apresenta o mesmo tipo de estruturas (cultuais e defensivas) identificados na região.
Índice |
[editar] História
Descoberto pelo arqueólogo António da Eira e Costa entre o final da década de 1960 e o início da de 1970 (1), foi objeto de três campanhas:
- no Verão de 1981 – conduzida por Adérito Medeiros Freitas, António da Eira e Costa e Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior, promoveu trabalhos de limpeza e esquematização (2);
- em Setembro de 1988 – conduzida pela mesma equipe, com a participação de Norberto dos Santos Júnior, prosseguiu os trabalhos de limpeza e esquematização (2); e
- Setembro de 1989 – conduzida por Adérito Medeiros Freitas e António da Eira e Costa, completou os trabalhos, com fundos da Câmara Municipal de Chaves (3).
Como consequência desses trabalhos, o sítio encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 3 de Janeiro de 1986.
O material trazido à luz pela pesquisa arqueológica neste sítio é constituído por um cossoiro de barro (4) e fragmentos de telha e de cerâmica, correspondentes à Idade Média.
[editar] Características
A estrutura denominada como castelo constitui-se no topo cortado do penedo de xisto, na cota de 562 metros acima do nível do mar, limitado por encaixes para o assentamento da estrutura de um possível torreão central. Envolvendo o espaço deste recinto central (c. 184 metros quadrados), ergue-se uma cerca de pedras de xisto argamassadas que se desenvolve em dois troços. Externamente a esta cerca, existem uma série de cavidades na rocha, para o assentamento de estruturas perecíveis (como a madeira), que constituiriam uma segunda linha defensiva. O conjunto é acedido por um alinhamento de degraus escavados na rocha.
[editar] Notas
(1) COSTA, António da Eira e. O Castelo do Mau Vizinho. Trabalhos de Antropologia e Etnologia (v. XXII, fascículo 3). Porto: Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, 1973. p. 345-351.
(2) COSTA, António da Eira e; FREITAS, Adérito Medeiros; SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos. Campanha de trabalhos. Castelo do Mau Vizinho. Cimo de Vila da Castanheira – Chaves. Trabalhos de Antropologia e Etnologia (v. XXIV, fascículo 2). Porto: Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, 1982. p. 293-320.
(3) COSTA, António da Eira e; FREITAS, Adérito Medeiros; SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos; SANTOS, Joaquim Norberto dos. O santuário do Castelo do Mau Vizinho. Revista de Guimarães (v. 99). Guimarães, Jan.-Dez. 1989. p. 368-410.
(4) bola com um orifício ao centro para colocação de um mastro
[editar] Ligações externas
- Castelo do Mau Vizinho (IPA / DGEMN)
- Instituto Português de Arqueologia
- Castelo do Mau Vizinho (Pesquisa de Património / IPPAR)