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Cooperativa Mondragón - Wikipédia

Cooperativa Mondragón

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Elementos históricos sobre as cooperativas de Mondragón

O movimento cooperativo da região de Mondragón, situada no País Basco (Estado Espanhol) é um dos mais fortes e desenvolvidos em todo o mundo. Constituído por cooperativas de trabalho associado, constitui hoje um dos principais grupos empresariais de toda Espanha.


1. Antecedentes Históricos

  • Dominação castelhana sobre o povo basco.
  • Metalurgia na idade média (espadas de Toledo). Tradição de ajuda mútua entre os camponeses.
  • Guerra civil espanhola 1936-39. O país basco era majoritariamente republicano, e portanto, contra Franco. Bombardeio de Gernika pela força aérea da Alemanha em 1939.
  • Ditadura pós-guerra: General Franco fica no poder até 1976, quando morre.
  • País basco era uma região pobre, devastada pela guerra, altíssimo nível de desemprego. Muita emigração para buscar trabalho, na França ou para outras regiões da Espanha (mais tarde, D. José Arrizmendiarrieta cria a frase: o libreta, o maleta ).
  • Língua e cultura basca são duramente reprimidas por ter se oposto ao general franco. Idioma é proibido e seu uso é punido até com pena de morte nos primeiros anos da ditadura.


2. Primeiros eventos antes da fundação das cooperativas

  • 1941 - D. José Arrizmendiarrieta (Arizmendi) chega à cidade de Mondragón
  • 1950 – Arizmendi funda a escola para formação profissional de jovens. Aqui se inicia a construir um dos pilares de toda a experiência de Mondragón: o forte investimento na educação das pessoas. Mas uma educação voltada à transformação da realidade sócio-econômica, direcionada a desenvolver capacidades que permitam desenvolver as pessoas e o entorno onde elas vivem: “educação técnica e humana de qualidade”.
  • “Primeiro devemos formar as pessoas para depois formarmos cooperativas”. 5 jovens formados na escola conseguem ingressar e se formar na universidade de Zaragoza, na área de engenharia industrial;
  • Arizmendi conduz reuniões e grupos de estudos para estudar a realidade e buscar formas de criar alternativas para a juventude e a classe trabalhadora bascas. Essas centenas de atividades ao longo dos anos irão constituindo um grupo bastante homogêneo ideologicamente e com bastante confiança entre si e, principalmente, nas orientações e visão estratégica do Pe. Arizmendi.


3. A criação e funcionamento das cooperativas

  • Em 1956 é formada a primeira empresa associativa do que iria se tornar o grupo Mondragón: Talleres ULGOR. Posteriormente (cerca de um ano e meio), a empresa é transformada em cooperativa de trabalho associado. Inicialmente apenas cinco jovens trabalhadores são incorporados como sócios ativos. Outras pessoas que apoiaram a iniciativa, inclusive com recursos financeiros, aguardam a evolução econômica da mesma para poder ingressar como sócios de trabalho.
  • Essa característica marca outro elemento chave dessa experiência: a existência de diversas categorias de sócio. Todas as cooperativas são cooperativas de trabalho. Contudo, congregam outras categorias de sócios, como os sócios trabalhadores, os sócios usuários (conforme o caso, ex. na universidade – que é uma cooperativa - os sócios usuários são os estudantes) e sócios colaboradores (no caso da universidade, as cooperativas industriais que põem seus recursos para ajudar a custear as despesas da mesma). Nas assembléias, o peso dos votos é distribuído segundo um peso construído politicamente, de forma a assegurar que o conjunto de interesses possa estar representado e poder influenciar nos rumos da cooperativa.
  • A cooperativa ULGOR inicia fabricando fogareiros a querosene e expande fortemente suas vendas já nos primeiros anos. A economia da Espanha era fechada, restringindo a concorrência por produtos estrangeiros; Como a cooperativa não tinha domínio de nenhum tipo de tecnologia, desde muito cedo começou a fazer acordos tecnológicos com outras firmas para poder fabricar produtos em condições de concorrer no mercado. Esse é um terceiro pilar da experiência: investir sempre em compra e desenvolvimento de tecnologias que permitam agregação de valor aos produtos e sua manutenção em condições competitivas no mercado. As cooperativas se prepararam para enfrentar as empresas competidoras em condições de igualdade e, posteriormente, de superioridade.
  • A geração de tecnologias pelo grupo de cooperativas é feito em parte na escola politécnica (posteriormente transformada na Universidade de Mondragón) e mais tarde através da constituição de cooperativas de investigação tecnológica.
  • Com o sucesso da primeira cooperativa, seu tamanho aumenta sem cessar gerando questões de como administrar de forma democrática uma instituição com centenas de associados. Discute-se a conveniência de criar outras cooperativas a partir do desmembramento de parte dos associados e instalações produtivas da cooperativa existente. Isso é feito já nos primeiros anos, com a criação de duas novas cooperativas que passam a produzir componentes necessários à cooperativa mãe. A experiência é bem sucedida e é incorporada como um elemento importante para o crescimento do sistema MCC.
  • Com o desmembramento e criação de novas cooperativas, desenvolve-se desde o início uma facilidade de cooperação entre as empresas existentes. Essa é outra marca importante, quiçá fundamental em Mondragón: a intercooperação entre as cooperativas. A constituição de uma organização coletiva de cooperativas, que permite manter em certo grau a autonomia de cada uma das unidades, obtendo um grau importante de coordenação nas áreas sensíveis e estratégicas.
  • Em 1959 é criada uma cooperativa de crédito (Caja Laboral Popular – CLP), que centraliza todas as questões financeiras e de seguridade social do grupo de cooperativas (3 até aquele momento). Nesse período também se adota um princípio de sempre procurar se desenvolver com base na geração de recursos próprios, através de excedentes financeiros obtidos no resultado anual das cooperativas. A CLP passa a centralizar todas as operações bancárias das cooperativas, a busca de novos recursos, a captação da poupança interna dos sócios das cooperativas e da comunidade regional (contudo, fazendo empréstimos apenas para as cooperativas e somente muitos anos depois para indivíduos ou outras empresas).
  • A questão da seguridade social é importante: os sócios de cooperativas de trabalho não tinham direito à seguridade social pública na Espanha. Então foram obrigados a constituir um fundo na CLP, que juntava recursos para cobrir despesas com seguros de vida e acidentes pessoais, para pagar dias parados por motivo de doenças, e para constituir um fundo para a aposentadoria dos sócios. Mais tarde, à medida em que esse fundo cresce, é constituída uma cooperativa que se encarrega exclusivamente desse assunto (Lagun-Aro). Esses recursos, que no início eram poucos, gradativamente vão crescendo e se tornam outra importante fonte de recursos para as cooperativas utilizarem em seus investimentos produtivos.
  • Outra característica importante de Mondragón é que, para resolver a questão da falta de capital próprio para investimento e evitar o endividamento externo, desenvolveram-se diversas iniciativas para acumulação de capital a partir dos próprios associados. Algumas das medidas tomadas: a) os salários dos sócios foram estabelecidos em faixas equivalentes aos vigentes nas outras empresas privadas da região; b) realizam chamadas de capital. Cada associado tem que contribuir com um valor real e significativo como capital social da cooperativa. Ou seja, não é uma situação de faz-de-conta, como fazemos no Brasil. Para viabilizar isso é feito um processo gradativo de capitalização ou chamadas de capital; e c) capitalização das sobras anuais – adotaram uma política rigorosa de não distribuir os resultados excedentes em dinheiro para os associados, mas sim capitalizar os recursos para poder investir na expansão das cooperativas.
  • Desenvolvimento local – 10% das sobras anuais são dispostas num fundo que investe os recursos em atividades não apenas das cooperativas mas sim que beneficiem toda a comunidade regional, como escolas, postos de saúde, grupos culturais, atividades de comunicação, etc. As cooperativas mantém escolas e outros serviços sociais abertos à comunidade.
  • Geração e manutenção de empregos nas localidades onde se situam as cooperativas. Em contraposição ao grande capital que não tem nenhum compromisso em permanecer ou desenvolver uma determinada região, as cooperativas se preocupam em que a condição de vida das pessoas melhore e que os empregos permaneçam e se expandam nessas comunidades, tendo em vista que os donos do capital são os próprios trabalhadores.
  • As cooperativas se preocupam em manter os empregos existentes para seus associados nos períodos de crise, e quando há expansão do mercado, criam novos postos na região. Há também a relocação de sócios-trabalhadores entre as cooperativas, nos períodos de crise, ou quando há necessidade de reestruturação de alguma cooperativa.
  • A criação de novas cooperativas se dá a partir do desmembramento de cooperativas já existentes ou a partir de demandas por produtos ou matérias primas nas cooperativas já existentes. Toda criação de novas cooperativas é precedida por estudos de mercado, estudos de viabilidade da empresa, pela formulação de um plano de negócios, pela formação dos quadros gerenciais antes mesmo de se constituir a cooperativa.


4. Limites existentes:

  • Obtenção de capital e tecnologia: esses são aspectos chaves no desenvolvimento de qualquer experiência associativo seja em qualquer campo de atuação (indústria, serviços ou agricultura)
  • Contradições geradas pela inserção no mercado capitalista: inserir-se no mercado leva a adotar a lógica de competitividade capitalista, senão não se sobrevive. Os valores capitalistas contaminam o ideal cooperativista. Como lidar com isso?
  • Cooperativas de Mondragón criaram uma ilha de prosperidade em meio a uma condição mais precária do conjunto dos trabalhadores da região. Não conseguiram se converter em maioria de empregos cooperativados. Isso pode levar a um isolamento e insensibilidade frente aos problemas sociais e políticos da classe trabalhadora como um todo.
  • Limites colocados pelos estágios atuais de concentração e centralização de capital nessa fase do capitalismo mundial. Não se pode alimentar ilusões quanto à reprodutibilidade dessa experiência, nem que ela pode vir a ser dominante ao longo do tempo.
  • Desvirtuação das experiências ao longo do tempo e na medida do seu sucesso. Superestruturas são uma necessidade de sobrevivência, contudo vão dominando e reduzindo os níveis de democracia interna nas cooperativas de base.
  • Alheamento dos trabalhadores em relação à gestão das cooperativas: tecnocracia dominando o processo interno (luta de classes interna?)
  • Contradições derivadas da competição no mercado: assumir a lógica de eficiência econômica; tendência à contratação de mão de obra assalariada; risco de desvio ideológico (em relação ao projeto de transformação social); risco dos sócios e dirigentes se acomodarem pelo sucesso econômico;
  • Articular a organização somente pelo viés econômico tende a levar a dois becos sem saída: a) inviabilização e destruição da experiência pelos aspectos econômicos (não dar conta da competiçao capitalista – derrota econômica); e b) sucesso econômico com acomodação ao sistema capitalista (derrota ideológica);

visite a página das cooperativas de Mondragón: http://www.mcc.es

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