Diário da Navegação
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Diário da Navegação da Armada que foi à terra do Brasil em 1530 sob a capitania-mor de Martim Afonso de Sousa.
Obra cuja primeira edição, de 1839, Lisboa, se deve ao historiador brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen que a descobriu. Utilizou Varnhagen três manuscritos apógrafos: o primeiro, que possuía; o segundo, pertencente ao bispo-conde D. Francisco de São Luís: o terceiro, o mais antigo, com letra da segunda metade do século XVI, pertencente à Biblioteca da Ajuda.
Na obra, Lopes de Sousa narra, além de sua biografia e a de seu irmão, episódios da colonização do Brasil, como a fundação da primeira vila no Brasil, São Vicente e da vila de São Paulo de Piratininga, e os descobrimentos do Rio de Janeiro, do Rio da Prata e da ilha de Fernando de Noronha. É peça chave para se entender a luta de séculos entre Portugal e Espanha pelo controle do estuário do Rio da Prata e o primeiro documento a descrever a costa sul-americana. Narra ainda o contacto com os degredados e a expulsão dos franceses.
Diz-se na "Brasiliana da Biblioteca Nacional", Rio de Janeiro, 2001:
'Navegador afeito à ação, Pero Lopes oferece passagens que emocionam o leitor, com um tom entre deslumbrado e surpreso diante da realidade geográfica e humana da terra visitada, como a chegada à baía do Salvador e do Rio de Janeiro, o relato da subida pelos rios Paraná e Uruguai, a fundação da vila de São Vicente, ou ainda, o ataque aos núcleos franceses que comerciavam o pau-brasil. Sobre a sua chegada ao Rio de Janeiro, diz: ´A gente deste Rio é como a da Bahia de Todos os Santos, senão quanto é mais gentil gente. Toda a terra deste Rio é de montanhas e serras muito altas. As melhores águas há neste que podem ser."
[editar] Bibliografia
- "Brasiliana da Biblioteca Nacional", Rio de Janeiro, 2001..