Dionisio Neto
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DIONISIO NETO é ator, autor, diretor e vocalista da banda de rock KREPAX. Nasceu em 29 DE DEZEMBRO DE 1971 na ilha de São Luís do Maranhão. Aos 6 anos de idade perdeu sua mãe que morreu numa tentativa frustrada de aborto e foi adotado pela médica Marileide Januária de Vasconcelos. Já na escola "Stella Maris", onde estudou em São Paulo, começou a escrever suas primeiras peças para teatro e encenálas. Aos 15 anos, mudou-se para o Colégio Equipe, e escreveu seu primeiro livro de poemas - COLODIVUS VERIDIS, em edição indpendente sob curadoria do Prof. Josimar Melo, da Academia Maranhense de Letras. Em 1987 iniciu seu contato com José Celso Martinez Corrêa, na performance "Mistérios Gozozos", de Oswald de Andrade, no Teatro Oficina. Em seguida estudou com o diretor mineiro Gabriel Vilella. Logo ligou-se ao diretor Marinho Piacentini, e atuou na turnê latino-americana de "Comala" (Paraguai, Colômbia e México) que durou 1 ano (1990). Na volta atuou em "Ricardo II", de Shakespeare, por Márcio Aurélio, em 1992. Entrou para o Centro de Pesquisas Teatrais de Antunes Filho e lá permanceceu por 3 anos (1992-1995),atuando em "Vereda da Salvação",de Jorge de Andrade e dando início ao primeiro núcleo de dramaturgia do CPT. Após uma crise existencial profunda escreveu em 1 dia seu primeiro texto para Teatro - "PERPÉTUA". Reuniu para sua montagem o direor Leonardo Medeiros, a atriz Renata Jesion, o músico Arrigo Barnabé e o estilista Alexandre Herchcovitch, fundando a Cia. Fenôme-nos Extremo-nos. Aestréia do espetáculo, aos 23 anos de idade, na pista de dança do extinto espaço Columbia chamou a atenção do diretor Antunes Filho que ficou profundamente emocionado, chegando as lágrimas e dando entrevistas em jornais e tv sobre o talento de Dionisio, e do diretor Gerald Thomas, que o convidou para escrever e atuar no espetáculo "Os reis do iê-iê-iê", no Festival de Teatro de Curitiba em 1997. Dionisio Neto foi a principal atração do festival deste ano com 3 peças - além das duas citadas, a peça-festa-manifesto-show "Opus profundum", vencedor do prêmio de melhor espetáculo da extinta Jornada SESC de Teatro - que contava com mais de 30 artistas em cena e rilha sonora original de Max de Castro e coreografias de Eugênio Lima. Esta peça causou muita polêmica no meio teatral pelo seu teor vanguardista híbrido que misturava vários gêneros artísticos. Contudo chamou atenção do Yhe New York Times com suas apresentações no Blue Print Series Festival, com atores americanos, por Natália de Campos, com quem Dionisio namorou. Chamado de "enfant-terrible" do Teatro Brasileiro pela mídia especializada, Dionisio ganhou as primeiras páginas dos principais jornais do Brasil e causou muita polêmica. Decidido a morar em Nova Iorque para descansar e bscar novos rumos em sua visa, Dionisio voltou ao Brasil a convite de Monique Gardemberg que já o havia assistido em seus espetáculos para atuar em "As 3 irmãs". de Tchecov. por Bia Lessa - espeáculo que comemorou os 30 anos de carreira da atriz Renata Sorrah, o Rio de Janeiro. Dionisio ganhou elogios de Bárbara Heliodora por dua atuação como Kouliguin. De volta a São Paulo, foi convidado pela Secretaria de Estado da Cultura para realizar os espetáculo "ANTIGA", com Helena Ignez, Djin Sganzera e José Rubens Chachá no elenco (1999). No ano de 2000 Dionisio fez sua primeira viagem a Europa com o espetáculo "Perpétua", depois de uma mal sucedida temporada carioca, com Samantha D'Alsoglio no elenco. Ovacionado em Portugal, Dionisio voltou ao Brasil para algumas apresentações. Em 2001 foi convidado por Hector Babenco para integrar o elenco de "CARANDIRÚ", como o assistente do Dr. Dráuzio - o "Lula", em elogiada performance pelo jornal The New York Times e diversos 'jornais e sites intenacionais. Em seguida auou em mais dois longas - "Garotas do Abc", de Carlos Reichenbach e "Contra Todos", de Roberto Moreira, produzido por Fernando Meirelles. Em 2002 faz sua primeira direção de um clássico - "A casa de Bernarda Alba", rebatizando sua companhia de COMPANHIA SATÉLITE. Em seguida ele remonta "Corações Partidos e Contemplação de Horizontes" com direção de Renata Jesion e "Perpétua" (2004) Neste ano ele é homenageado pelo SESC Consolação com a mostra DIONISIO NEO - 10 ANOS-10 PEÇAS que contou com a presença de artistas e teóricos de sa obra, entre eles o Dr, Luís Cláudio Machado, que defendeu a tese "Uma janela aberta para o caos - Dionisio Neto, Fernando Bonassi e Bernard Marie Koltes" e "Poética cênica na dramaturgia brasileira contemporânea" da Dra. Ana Maria Rebouças, ambas pela USP. Em 2006 Dionisio realiza a última apresentação de "Perpétua" em sua terra natal e é contemplado com o Programa Municipal de Fomento ao Teatro de São Paulo com o projeto - OS DOIS LADOS DA RUA AUGUSTA, numa pioneira atitude de disponibilizar sua obra gratuitamente na internet (www.companhiasatelite.com). Atualmente ele dedica-se ao projeto, ao cinema, a montagem de seus inéditos e a banda de rock Krepax, em que é letrista e vocalista.
