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Doença de Chagas - Wikipédia

Doença de Chagas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Criança com Chagoma característico no olho direito e edema da pálpebra: o sinal Romaña
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Criança com Chagoma característico no olho direito e edema da pálpebra: o sinal Romaña

A Doença de Chagas (Mal de Chagas ou Chaguismo), também chamada Tripanossomíase Americana, é uma infecção causada pelo protista cinetoplástida flagelado Trypanosoma cruzi, e transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros (da familia dos Reduvideos (Reduviidae), pertencentes aos gêneros Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus.

Índice

[editar] História

Descoberta em 1909 pelo médico brasileiro Carlos Chagas, a doença não foi vista como problema até a década de '60. Estudos desenvolvidos pelo Instituto Oswaldo Cruz no município de Bambuí, Minas Gerais, possibilitaram dimensionar a moléstia como problema de saúde pública. O nome de T. cruzi ao agente causador foi dado por Chagas em homenagem ao epidemiologista Oswaldo Cruz.

Na Argentina, muitas vezes a doença é chamada de Mal de Chagas-Mazza, em homenagem ao médico argentino Salvador Mazza, que em 1926 começou a estudar a enfermidade e com os anos transformou-se no principal estudioso da doença naquele país.

Uma passagem do diário de Charles Darwin levou à suposição de que ele sofresse da doença de Chagas, em conseqüência da picada de um inseto, e esta seria a causa do declínio de sua saúde depois da viagem no Beagle. Testes feitos com técnicas PCR em seus restos mortais foram improfícuos.

Um dos centros de excelência da pesquisa médica em doença de Chagas é a Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, onde nos anos 50 o Dr. Fritz Köberle demonstrou que os amastigotos destróem os neurônios do sistema nervoso autônomo no intestino e no coração.


[editar] Epidemiologia e distribuição geográfica

Mapa da incidência da doença de Chagas
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Mapa da incidência da doença de Chagas

Estima-se que existam até 18 milhões de pessoas com esta doença, entre os 100 milhões que constituem a população de risco, distribuída por 18 países americanos. Dos infectados, cerca 20 000 morrem a cada ano.

A doença de Chagas crônica é um problema epidemiológico apenas em alguns países da América Latina, mas a migração crescente de populações aumentou o risco de transmissão por transfusão de sangue até mesmo nos EUA, e têm surgido casos da doença em animais silvestres até à Carolina do Norte.

Distribuída pelas Américas desde os EUA até a Argentina, atinge principalmente as populações rurais pobres. As casas pobres, com reboco defeituoso e sem forro, são habitat para o inseto barbeiro, que dorme de dia nas rachaduras das paredes e sai à noite para sugar o sangue da pessoas que dormem, geralmente no rosto ou onde a pele é mais fina. Os casos nos EUA de origem endémica (e não em imigrantes) são raríssimos devido ao maior afastamento das casas dos animais e do menor numero de locais dentro das casas onde os insectos se possam reproduzir.

A doença afecta muitos outros vertebrados além do Homem: cães, gatos, galinhas, roedores, tatus e gambiás podem ser infectados e servir de reservatório do parasita.

[editar] Transmissão

Triatoma infestans, um dos insectos barbeiros transmissores da doença de Chagas
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Triatoma infestans, um dos insectos barbeiros transmissores da doença de Chagas

O barbeiro (insecto) se infecta ao sugar o sangue de um organismo infectado. No intestino do vetor, o tripomastigoto se transforma em epimastigoto que então se reproduz. O tripomastigoto não se reproduz.

A infestação também pode ser por transfusão de sangue ou transplante de órgãos, ou por via placentária.

A recente notícia (março de 2005) de uma forma alternativa, oral, de infecção, abre um campo de pesquisa ainda não explorado sobre novas formas de infestação. No entanto esta forma de transmissão é quase certamente rara. Embora exista uma descrição de megaesôfago por T. cruzi em Santa Catarina em 2003 ([1]), não há evidência de infestação oral. Em SC, o T. cruzi, apesar de encontrado na proporção de 21 a 45% em um de seus reservatórios naturais, o gambá (Didelphis marsupialis), existe nesta espécie sob uma forma menos infectante que a encontrada em Minas Gerais, onde a doença de Chagas é endêmica.

[editar] Manifestações clínicas

A doença tem uma fase aguda, de curta duração, que em alguns doentes progride para uma fase crônica.

A fase aguda é geralmente assintomática, e tem uma incubação de uma semana a um mês após a picada. No local da picada pode-se desenvolver uma lesão volumosa, o chagoma, local eritematosa (vermelha) e edematosa (inchada). Se a picada for perto do olho é frequente a conjuctivite com edema da pálpebra, também conhecido por sinal de Romaña. Outros sintomas possiveis são febre, linfadenopatia, anorexia, hepatoesplenomegalia,miocardite brandas e mais raramente também meningoencefalite. Entre 20 a 60% dos casos agudos se transformam, em 2 a 3 meses, em portadores com parasitas sanguineos continuamente, curando-se os restantes. No entanto em todos os casos param os sintomas após cerca de dois meses. Muitos mas não todos os portadores do parasita desenvolvem sintomas devido à doença crónica.

O caso crônico permanece assimptomático durante dez a vinte anos. No entanto neste período de bem-estar geral, o parasita está a reproduzir-se continuamente em baixos números, causando danos irreversiveis em orgãos como o sistema nervoso e o coração. O fígado também é afectado mas como é capaz de regeneração os problemas são raros. O resultado é apenas aparente após uma ou duas décadas de progressão, com aparecimento gradual de demência (3% dos casos iniciais), cardiomiopatia (em 30% dos casos), ou dilatação do trato digestivo (megaesófago ou megacólon(6%), devido à destruição da inervação e das células musculares destes orgãos, responsável pelo seu tónus muscular. No cérebro há frequentemente formação de granulomas. Neste estágio a doença é frequentemente fatal, mesmo com tratamento, geralmente devido à cardiomiopatia (insuficiência cardiaca). No entanto o tratamento pode aumentar a esperança e qualidade de vida (ver mais abaixo secção sobre tratamento).

Há ainda infrequentemente casos de morte súbita, quer em doentes agudos quer em crónicos, devido à destruição pelo parasita do sistema condutor dos batimentos no coração ou danos cerebrais em áreas críticas.

[editar] Diagnóstico

O diagnóstico pode ser:

  1. Microscópico, buscando o parasita no sangue do paciente, o que é possivel apenas na fase aguda após cerca de 2 semanas depois da picada. Detecta mais de 60% dos casos nesta fase.
  2. Xenodiagnóstico, onde o paciente é intencionalmente picado por barbeiros não contaminados e, quatro semanas depois, seu intestino é examinado em busca de parasitas; ou pela incoculação de sangue do doente em animais de laboratório e verificação se desenvolvem a doença aguda.
  3. Detecção do DNA do parasita por PCR.
  4. Detecção de anticorpos especificos contra o parasita no sangue. É útil nos casos crónicos mas a distinção entre estes e as curas é dificil.

[editar] Tratamento

Na fase inicial aguda, a administração de fármacos como nifurtimox, alopurinol e benzimidazole curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos.

A fase crônica é incurável, já que os danos em órgãos como o coração e o sistema nervoso são irreversíveis. Tratamento paliativo pode ser usado.

[editar] Prevenção

A prevenção está centrada no combate ao vetor, o barbeiro, principalmente através da melhoria das moradias rurais a fim de impedir que lhe sirvam de abrigo. A melhoria das condições de higiene, o afastamento dos animais das casas e a limpeza frequente das palhas e roupas são eficazes.

O uso do insecticida extremamente eficaz mas tóxico DDT está indicado em zonas endémicas, já que o perigo dos insectos transmissores é muito maior.

[editar] Fontes

[editar] Leituras

  • Trypanosoma cruzi e doença de Chagas. Z. Brener, Z. Andrade, M Barral-Neto (eds.). 2.ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ed., 2000.
  • Clínica e Terapêutica da Doença de Chagas: um manual para o clínico geral. J.C.P.Dias & J.R.Coura (eds.). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1997
  • Manejo clínico em doença de Chagas. E.D.Gontijo e M.ºC.Rocha (eds.). Brasília: Fundação Nacional de Saúde, Ministério da Saúde, 1998.
  • Enfermedad de Chagas. R. Storino & J. Milei, (eds.). Buenos Aires: Doyma Argentina,1994

[editar] Ligações externas

  • Antimicrob. Agents Chemother. 49: 1521-1528 Garcia, S., Ramos, C. O., Senra, J. F. V., Vilas-Boas, F., Rodrigues, M. M., Campos-de-Carvalho, A. C., Ribeiro-dos-Santos, R., Soares, M. B. P. (2005). Treatment with Benznidazole during the Chronic Phase of Experimental Chagas' Disease Decreases Cardiac Alterations.
  • Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 82(2):185-7, 2004. Vilas-Boas F., Feitosa G.S., Soares M. B. P., Pinho Filho J.A., Almeida A., Mota A., Carvalho H. G., Oliveira A. D. D. Ribeiro-dos-Santos R. Bone marrow cell transplantation to the myocardium of a patient with heart failure due to Chagas cardiomyopathy. A case report.

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