Doença do espaço
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A Doença do Espaço ou Síndrome de Adaptação ao Espaço é o nome da falta de adaptação sentida por astronautas num ambiente de microgravidade - uma espécie de enjôo como o sentido por passageiros de navio - que afeta a coordenação motora, durante o período de adaptação do organismo a um ambiente de quedra-livre constante.
Esta síndrome era virtualmente desconhecida durante as primeiras missões espaciais, devido ao pouco espaço interno das primeiras naves, que praticamente impediam que o astronauta pudesse se mexer nelas. Com o advento de naves com maior espaço de locomoção interna como as Gemini americanas e as Soyuz soviéticas, a doença passou a se mostrar comum, atingindo atualmente cerca de 60% dos astronautas em seu primeiro vôo no ônibus espacial.
Acredita-se que os primeiros sintomas foram sentidos já na missão Vostok 2, a segunda em órbita, com o cosmonauta Gherman Titov, que relatou à Terra tonturas, náuseas e confusão mental por certos momentos. Os mais severos efeitos desse sintoma foram sentidos pelos astronautas Frank Borman na Apollo 8 e Russell Schweickart na Apollo 9, chegando, no último caso, a modificar os planos da missão.
Provocando casos diversos e em vários graus de intensidade de náusea, vômito, desorientação, dores de cabeça e intensa sensação de desconforto, a “doença do espaço” fez com que a NASA estabelecesse um período de três a quatro dias para adaptação dos astronautas às condições de microgravidade do espaço, antes que qualquer atividade extra-veicular seja realizada fora dos ônibus espaciais - pois nelas, um acesso de võmito ou um desmaio, por exemplo, pode ser fatal – permitindo que eles se adaptem e se orientem no novo meio ambiente.