Edgar Morin
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Edgar Morin, o seu verdadeiro nome é Edgar Nahoum, nasceu em Paris em 8 julho 1921, é um sociólogo e filósofo francês de origem Judaico-Espanhola (sefardita).
Pesquisador emérito do CNRS. Formado em Direito, História e Geografia se adentrou na Filosofia, na Sociologia e na Epistemologia. Um dos principais pensadores sobre complexidade. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método, Introdução ao pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro. Durante a Segunda Guerra Mundial, participou da Resistência Francesa. É considerado um dos pensadores mais importantes do século XX.
Entre suas obras, destacam-se Cultura de massas no século XX e Para sair do século XX.
Na primeira das duas obras supracitadas divaga mormente sobre três importantes aspectos da produção de cultura no regime capitalista: a felicidade, o amor e o feminismo.
A FELICIDADE
. Luta pela sobrevivência e constrangimentos naturais diminuíram: "felicidade contemporânea". . Projetiva em relação à vida cinzenta e morna (ideal político de segurança). . Identificação com os "Olimpianos" (super-heróis ou semi-deuses) -> realização do presente -> passado e futuro numa intensidade feliz. . Hedonismo na cultura de massas: PRAZER (ser e ter tudo ao mesmo tempo). . Mitologias euforizantes -> "Eu tenho o direito de ser feliz" nos inocenta do mal e não corrompe com culpa os desejos. . Mitologias euforizantes -> também são um recalcamento (Freud - manifestação simbólica do que não pode ser real) do fracasso do envelhecimento, do enfraquecimento e da morte (os núcleos escuros da realidade). . A morte não tem sentido numa civilização que cultua o INFINITO e o PROGRESSO. . A felicidade é a religião do homem moderno na cultura de massa (c.d.m.).
O AMOR
. Tema obsessional: aparece onde não devia e aparenta naturalidade. . Na c.d.m. é apaziguador (antes era aconflitante e trágico; é mais um fato de realização pessoal hodiernamente). . Integra valores contraditórios: a alma gêmea e a posse carnal. . Os temas virginais e os impuros são diluídos no "beijo na boca", já que é uma criação genuinamente americana, ou seja, puritana, que não demonstra apelos sexuais explícitos. . Amor na c.d.m.: conteúdos na vida e nas necessidades reais - e fonte de modelos (gestos a realizar na hora da conquista, etc.). . Disciplinar os amores desorientados e os desorientadores ("Correio Sentimental"). . Crime passional (sensacionalismo) -> não há espaço para o "louco amor", pois o mesmo seria "bi-nuclear". . A vida amorosa dos Olimpianos é desmitologizante: o cotidiano encerra com a eternidade. (Super-Homem, o defensor invencível da Terra - Clark Kent, vulnerável e amante de Loius Lane) . A vida amorosa resta como única aventura privada do mundo burocratizado.
A PROMOÇÃO DOS VALORES FEMININOS
. Temas "viris" -> agressão, mortes, etc. são projetivos para os homens. . Temas femininos, de fato -> amor, lar, etc., são identificativos. . O surgimento de uma imprensa feminina não causa uma imprensa necessariamente FEMINISTA, pois emprega valores como "casa", "trabalho" e "sedução" de uma forma ainda muito masculinizada em seu princípio (a chamada "boneca do amor").