Erosão
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A erosão é a destruição do solo e seu transporte em geral feito pela água da chuva, pelo vento e ainda, pela ação do gelo, quando este atua expandindo o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas e as areias, argilas, óxidos e húmus que compõe o solo e são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos d'água.
A erosão destrói os solos e as águas e é um problema muito sério em todo o mundo. Devem ser adaptadas práticas de conservação de solo para minimizar o problema. Em terras cobertas por floresta a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói as florestas, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a erosão torna-se severa, e pode levar a desertificação.
Erosão Panorâmica: Independentemente de onde estiver a olhar, a terra que vê é um campo de batalha. De um lado do palco de batalha estão as forças sob a superfície. As forças causam a quebra, o envolvimento, o derrube e o levantamento da crusta terrestre. No outro lado da batalha estão os processos naturais da degradação e erosão. Uma vez quebrada a rocha por causa da degradação, os pequenos pedaços podem ser movidos pela água, gelo, vento, ou gravidade. Tudo o que acontece para fazer com que as rochas sejam transportadas chama-se erosão. As expressões acima muito têm em comum e pode-se dizer que as duas últimas são efeitos cuja causa é a primeira. Por sua vez, a primeira, erosão, é também um efeito que acontece por outras causas.
Vamos partir, para melhor explicar, do fim para o início.
A superfície do solo, não castigado, é naturalmente coberta por uma camada de terra rica em nutrientes inorgânicos e materiais orgânicos que permitem o crescimento das vegetações; se essa camada é retirada, esses materiais desaparecem e o solo perde a propriedade de fazer crescer vegetações e pode-se dizer que, no caso, o terreno ficou árido ou que houve uma desertificação.
As águas da chuva quando arrastam o solo, quer ele seja rico de nutrientes e materiais orgânicos, quer ele seja árido, provocam o enchimento dos leitos dos rios e lagos com esses materiais e esse fenômeno de enchimento se chama assoreamento.
O arrastamento do solo causa no terreno um efeito chamado erosão.
Na superfície do terreno e no subsolo, as águas correntes são as principais causas da erosão.
Vamos analisar o efeito das águas que fazem a erosão superficial de terrenos.
A erosão depende fundamentalmente da chuva, da infiltração da água, da topografia (aclive mais acentuado ou não), do tipo de solo e da quantidade de vegetação existente.
A chuva é, sem dúvida, a causa principal para que ocorra a erosão e evidente é que quanto maior sua quantidade e freqüência, mais irá influenciar no fenômeno.
Se o terreno tem pouco declive, a água da chuva irá "correr" menos e erodir menos.
Se o terreno tem muita vegetação, o impacto da chuva será atenuado porque este estará mais protegido, bem como, a velocidade da chuva no solo ficará diminuída devido aos obstáculos (a própria vegetação "em pé e caída") e também a erosão ficará diminuída devido a que as raízes darão sustentação mecânica ao solo; além disso, as raízes mortas propiciarão existirem canais para dentro do solo onde a água pode penetrar e com isso, sobrará menos água para correr na superfície.
Outro factor importante é que, se as chuvas são frequentes e o terreno já está saturado de água, a tendência é que o solo nada mais absorva e com isso, toda a água da chuva que cair, correrá pela superfície.
Se o solo é arenoso o arrastamento será maior do que se ele fosse argiloso.
Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão; se não vejamos:
- a desflorestação, pelas razões já citadas, desprotege o solo à chuva.
- a construção de bairros de lata em encostas que, além de desflorestar, tem a erosão acelerada devido ao declive do terreno.
- as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.
- a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem com seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.
Sem levar em conta os efeitos poluidores da ação de arraste, tem-se que considerar dois aspectos maléficos dessa ação: o primeiro, devido ao assoreamento que preenche o volume original dos rios e lagos e como conseqüência, vindas as grandes chuvas, esses corpos d’água extravasam, causando as famosas cheias de tristes conseqüências e memórias; o segundo é que a instabilidade causada nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de grandes massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes tragédias.
Considerando, agora, os efeitos poluidores, podemos citar que os arrastamentos podem encobrir porções de terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos; podem causar a morte da fauna e flora do fundo dos rios e lagos por soterramento; podem causar turbidez nas águas, dificultando a ação da luz solar na realização da fotossíntese, importante para a purificação e oxigenação das águas; podem arrastar biocidas e adubos até os corpos d'água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e flora nesses corpos d'água.