Escola Técnica Everardo Passos
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A Escola Técnica Everardo Passos, idealizada em 1956 por um grupo de empreendedores e integrantes do Rotary Club de São José dos Campos, que criou a Associação Joseense de Ensino (AJE). O empreendimento original da AJE foi a implantação de uma escola industrial de 1º grau (ou Ginásio Industrial).
A criação da ETEP insere-se num contexto que envolve dois fatores relacionados com os quadros brasileiro e local.
Tratava-se de um momento de grande expansão do ensino técnico no Brasil, processo que tinha ganhado impulso a partir da Lei Orgânica do Ensino Industrial promulgada por Getúlio Vargas, em 1942. As Escolas Técnicas Federais ampliavam-se, assim como suas congêneres em alguns estados. Da mesma forma o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Várias fundações de direito privado (como a AJE) são criadas com a finalidade de manter escolas técnicas.
Finalmente, a política de desenvolvimento implantada no governo de Juscelino Kubitschek levou a um grande crescimento industrial e o aumento da demanda por operários qualificados e técnicos.
No plano local, a criação do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), em 1953, e, dentro dele, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), bem como o forte crescimento industrial do município de São José dos Campos, a partir da inauguração da Rodovia Presidente Dutra, em 1951, concorreram para a criação de condições muito favoráveis para a implantação de uma escola técnica na cidade.
Em 1958 a AJE criou a ETEP - Escola Técnica "Professor Everardo Passos" que iniciou as suas atividades em 1959, oferecendo, desde sua criação, o Ensino Técnico articulado com o Ensino Médio.
Paralelamente, em 1968 foi criada a EEI - Escola de Engenharia Industrial que oferece o curso de Engenharia Industrial Mecânica e a partir de 1987 a FACAP - Faculdade de Ciências Aplicadas que oferece aos alunos Habilitação em Ciências com Licenciatura Plena em Física ou Matemática.
Ao longo das décadas de 1960 e 1970, a ETEP passou por um forte crescimento e se inseriu como referência em matéria de ensino técnico tanto no nível regional quanto nacional. Isto se deveu a uma política de investimentos que resultou na construção de uma infra-estrutura escolar que contava, além de salas de aulas e outros ambientes educativos, com laboratórios e oficinas dotados de inúmeros equipamentos e de uma boa biblioteca. O reflexo da criação de tão complexas instalações foi a criação do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia e Recursos Humanos (CDT), um braço da AJE voltado para a prestação de serviços especializados tais como criação de produtos, usinagem especial, ensaios e testes de materiais e produtos, além de formação e treinamento de profissionais.
Em virtude da relevância que tinha o ensino técnico e da configuração da política desenvolvida tanto pelo Ministério da Educação, quanto pela Secretaria da Educação de São Paulo, a ETEP recebia subsídios públicos que garantiam a mesma possibilidade de manter o caráter gratuito de seus cursos técnicos. Este quadro passou a mudar a partir do início da década de 1980. Houve uma forte restrição dos recursos, acompanhada de incertezas quanto a continuidade do financiamento o que apontou para a possibilidade da transferência da escola para o controle do governo do estado de São Paulo. A partir de 1981 os recursos públicos passaram a ser destinados na forma de um número limitado de bolsas de estudo. Deste modo, a escola fez um levantamento sócio-econômico dos seus alunos, distribuindo as bolsas para os considerados de menor poder aquisitivo, passando a cobrar mensalidades dos demais alunos. Além disso, para reduzir despesas, diversos professores foram dispensados.
Contudo, mesmo assim, a escola ainda manteve uma situação de prestígio ao longo da década de 1980. Percebendo as transformações que estavam em curso na indústria, com a informatização, implantação sistemas computacionais de auxílio ao projeto e a manufatura (CAD e CAM), de máquinas ferramenta com controle numérico(CNC), entre outros, criou, em 1983, o curso Técnico em Informática Industrial e investiu em novos equipamentos e instalações, além de reformular os currículos dos cursos Técnicos de Mecânica e de Eletrônica.
Atualmente a ETEP enfrenta uma crise financeira e educacional, passando por sucessivos aumentos de mensalidade e reformulações dos cursos perdendo um pouco da sua qualidade de ensino, porém continua muito valorizada entre seus ex-alunos e a comunidade empresarial da região. A escola agora se firma como pólo regional em robótica, através de vários projetos envolvendo os alunos da escola, como o time de robótica Tribotec atualmente chamado de Etep Team, que participa da competição internacional FIRST.
[editar] Cursos Atuais
- Mecânica
- Mecatrônica
- Eletrônica
- Informática
- Informática Industrial
- Web Design
- Publicidade
- Meio Ambiente
- Administração Pública
[editar] Ligações externas
É MENTIRA....