Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

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A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma ferrovia construída entre 1907 e 1912 para ligar Porto Velho a Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia (antigo Guaporé), no Brasil. É também conhecida como a Ferrovia do Diabo devido às milhares de mortes ocorridas durante sua construção.

Índice

1 História
- 1.1 Decadência e Quase-Extinção
2 Os Dias Atuais
3 Referências Bibliográficas
4 Ver também
5 Ligações externas

[editar] História

A primeira tentativa de construção de uma ferrovia no local data de 1872, mas o nascimento da E.F. Madeira-Mamoré se deu por efeito do Tratado de Petrópolis, de 1903, que conferiu ao Brasil a posse do território do Acre. Seu objetivo principal era facilitar o escoamento da borracha boliviana e brasileira, além de outras mercadorias, para um ponto onde se pudesse chegar uma embarcação de maior porte, no caso, em Porto Velho. Anteriormente, esses produtos eram transportados arduamente por índios em pequenas embarcações, sendo obrigatória também a transposição de inúmeras cachoeiras.

Seu último trecho foi inaugurado em 30 de abril de 1912, ocasião em que houve a chegada do primeiro comboio à cidade de Guajará-Mirim, fundada nessa mesma data. Em agosto de 1907 a ferrovia foi encampada pelo megaempresário estadunidense Percival Farquhar.

[editar] Decadência e Quase-Extinção

Nos anos 1930, a Madeira-Mamoré foi parcialmente desativada, voltando a operar plenamente alguns anos depois, sendo também devolvida ao Governo Federal. Em 1957, quando ainda registrava um intenso tráfego de passageiros e de fretes para carga, a ferrovia se tornaria uma das 18 empresas formadoras da Rede Ferroviária Federal.

A E. F. Madeira-Mamoré seria totalmente desativada em 1972. Voltou a funcionar em 1981 num trecho de apenas 7 quilômetros dos 366 do total do percurso, e apenas para fins turísticos, sendo novamente paralizada por completo em 2000.

[editar] Os Dias Atuais

Após cinco anos de paralisação, em 2 de novembro de 2005, o trem voltaria a rodar apenas por uma vez, transportando convidados para participar de missa de Finados no Cemitério da Candelária, em memória aos operários de vários países que morreram durante a construção da estrada. [1] Em 10 de novembro de 2005, a velha ferrovia foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), [2] mas continua sem qualquer operação de trens regulares, com grande parte de seus trilhos e de seu patrimônio completamente abandonado.

Desde 1982, a União tenta passar a Estado de Rondônia o que restou do patrimônio da E. F. Madeira-Mamoré, hoje sob a responsabilidade da Gerência Regional de Patrimônio da União (GRPU). Tal transferência é bastante aguardada, pois o Governo Estadual já demonstrou pleno interesse na recuperação da ferrovia. Todavia, razões estritamente burocráticas impedem tal repasse, prolongando mais ainda a agonia de um outrora belíssimo patrimônio dos brasileiros.