Filípico
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Filípico (em grego: Φιλιππικός), foi imperador de Bizâncio de 711 a 713.
O nome original de Filípico era Bardanes (Βαρδάνης, Bardanēs), e era filho do patrício Nicéforo, de origem arménia.
Apoiando-se no partido Monotelista, demonstrou ter pretensões ao trono no início da primeira grande revolta contra Justiniano II; estas levaram a que fosse exilado para Cefalónia por Tibério III, e em seguida ao seu desterro, por ordem de Justiniano, para Quérson. Aqui Bardanes, tendo tomado o nome de Filípico, conseguiu incitar os cidadãos à revolta com o auxílio dos Cazares. Os rebeldes conseguiram entrar em Constantinopla e Justiniano fugiu (vindo a ser assassinado mais tarde); Filípico tomou o poder.
Um dos seus primeiros actos como imperador foi depôr o patriarca ortodoxo Ciro, a favor de João VI, membro da sua seita, e convocar um conciliábulo de bispos orientais, o qual aboliu os cânones do Sexto Concílio Ecuménico. Em reacção a Igreja Católica recusou-se a reconhecer a legitimidade do imperador e do seu patriarca. Entretanto Tervel da Bulgária saqueou a Trácia até às portas de Constantinopla em 712. Quando Filípico transferiu um exército do theme de Opsikion para defender os Balcãs, o califa omíada Al-Walid I começou a fazer incursões através das defesas enfraquecidas da Ásia Menor.
Em finais de Maio de 713 as tropas do Opsikion revoltaram-se. Alguns dos seus oficiais penetraram no palácio imperial e cegaram Filípico a 3 de Junho de 713. Foi sucedido pelo seu secretário Artémio, que reinou como Anastácio II.
[editar] Referência
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- The Oxford Dictionary of Byzantium, Oxford University Press, 1991.