Francisca Elisa Xavier
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Francisca Elisa Xavier, primeira baronesa da Soledade, (Paty do Alferes, 1 de novembro de 1786 — Niterói, 12 de outubro de 1855) foi uma proprietária rural e nobre brasileira.
Filha de José de Oliveira Ribeiro e Maria Vitória da Conceição. Era descendente de pioneiros moradores da região de Pati do Alferes, oriundos da capitania de São Paulo e integrantes da família Leme.
Casou em 4 de setembro de 1804 com o (futuro capitão-mór) Manuel Francisco Xavier, natural da Ilha do Faial, filho de Felipe José Xavier e Mariana Rosa da Trindade.
Proprietários das fazendas da Freguesia (futura Arcozelo), Maravilha, Santa Teresa e do sítio Cachoeira.
Embora fosse um grande doador das terras onde se estabeleceu a então vila de Pati do Alferes, o Capitão-mór Xavier era um homem irrascível, de muitas brigas judiciais e pendengas com seus vizinhos. Foram os proprietários do escravo Manuel Congo.
Foram os maiores benfeitores da matriz e doadores do cemitério de Pati do Alferes. Viúva em 20 de agosto de 1840, ela gastou 180:577$000 para terminar as obras iniciadas pelo marido, e para prover as alfaias e mobiliários da igreja.
Não tiveram filhos. Entretanto, criaram várias crianças enjeitadas e abandonadas em suas propriedades, que constavam serem filhos do marido. Um destes filhos recebeu como legado da Baronesa da Soledade as fazendas da Maravilha e Freguesia. Aos outros sete filhos de criação, ela ao morrer deixou a quantia de vinte cinco mil réis em terras e escravos.
Residiu em Niteroi onde possuiu uma solarenga propriedade urbana, conhecida como Palacete da Soledade, atual residência dos arcebispos niteroienses e sede do Seminário Arquidiocesano São José.
Foi tornada titular do Império, em razão de suas obras de benemerência, através do decreto de Dom Pedro II, de 2 de dezembro de 1854.