Francisco Pereira Coutinho
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Francisco Pereira Coutinho foi um fidalgo português a quem foi doada a Capitania da Baía de Todos os Santos, tendo chegado em 1536 na região que recebeu do rei D. João III. Ao chegar conheceu com Diogo Álvares, o Caramuru, que já vivia naquela região já há algum tempo.
Fundou o Arraial do Pereira, nas imediações onde hoje está a Ladeira da Barra, em Salvador. Este arraial, doze anos depois, na época da fundação da cidade, foi chamado de Vila Velha. Os índios não gostavam de Pereira Coutinho por causa de sua crueldade e arrogância no trato. Por isso, aconteceram diversas revoltas indígenas enquanto ele esteve na vila. Uma delas o obrigou a ir refugiar-se em Porto Seguro, com Diogo Álvares.
Na volta, já na Baía de Todos os Santos, enfrentando forte tormenta, o barco, à deriva, chegou à praia de Itaparica. Nesta, os índios o fizeram prisioneiro, mas deram liberdade a Caramuru. Francisco Pereira Coutinho foi retalhado e servido numa festa antropofágica.
Francisco Pereira Coutinho teve descendência em Portugal. Após a sua morte, seu filho quis ocupar o seu lugar de capitão-donatário, o que a Coroa Portuguesa não autorizou, dando lugar a um conflito que acabou sendo resolvido com a concessão do morgado do juro real da Redízima da Baía. A 11ª senhora deste morgadio, D. Ana Felícia Coutinho Pereira de Sousa Tavares da Horta Amado e Cerveira veio a casar com José de Seabra da Silva, sendo pais de Manuel Maria da Piedade Coutinho Pereira, 1.º Visconde da Bahía, de juro e herdade (1796) e 1.º Conde da Bahía (1833).
Toda a ascendência de Francisco Pereira Coutinho e de seus descendentes, até ao primeiro Conde da Bahía e Visconde da Bahía foi publicada por seus descendentes Nuno Gorjão Henriques/Miguel Gorjão-Henriques, Gorjão Henriques, 2 vols., Lisboa, 2006.
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