Frei Santa Rita Durão
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Frei Santa Rita Durão (Brasil, século XVIII) religioso e escritor brasileiro.
Autor de uma única obra, o poema "Caramuru", afirmava que o Brasil merecia um livro não menor do que as Índias.
Em sua obra, narra a história do português Diogo Álvares Corrêa, que, no século XVI, naufragou no litoral da Bahia e foi salvo pelos índigenas, entre os quais passou a viver, vindo a casar com a índia Paraguaçu. "Caramuru" significa "deus do fogo" porque em uma das passagens mais dramáticas da obra, o náufrago ateia fogo em um líquido inflamável, fazendo os índios acreditar que estivesse ateando fogo na água. Outra passagem dramática da obra é aquela na qual a índia Moema, apaixonada por Caramuru, quando este deixa a tribo e parte de volta para a Europa em um navio português, lança-se ao mar em direção ao navio, vindo a morrer afogada.
Imitou o estilo de Camões, ao acrescentar elementos da mitologia grega, sonhos e previsões ao poema, cujo valor, entretanto, se encontra nas informações sobre os povos indígenas brasileiros.
Apesar de o autor ter nascido no Brasil, passou a maior parte da sua vida na Europa. Chegou a romper com a Igreja Católica, quando se aproximou do então ministro Marquês de Pombal. Mais tarde, entretanto, pediu desculpas pessoalmente ao Papa Clemente.