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Friedrich Ratzel - Wikipédia

Friedrich Ratzel

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Friedrich Ratzel
Friedrich Ratzel

Friedrich Ratzel (Karlsruhe, 30 de Agosto de 1844Ammerland, 9 de Agosto de 1904) foi um geógrafo e etnólogo alemão, notável por ter cunhado o termo Lebensraum (espaço vital) e por ser considerado um determinista, apesar de deixar bem claro no início da sua obra Antropogeografia que é contra o determinismo simplista e vários autores já apontaram esse equívoco de interpretação nas leituras ratzelianas, porém esses erros persistem em obras pouco apuradas.

Friedrich Ratzel vai ser responsável por novas formulações no processo de sistematização da Geografia. Este alemão publica suas obras nos últimos anos do século XIX, e vivencia também uma nova realidade histórico-política da Alemanha. Diferente dos outros participantes dos ramos geográficos como Humboldt e Ritter que vivenciaram o aparecimento do ideal de unificação alemã, Ratzel vai estar presente na constituição real do Estado nacional alemão. Com essa diferença história em que ele vive, suas formulações só são possíveis de serem compreendidas em função de determinada época e sociedade. É a partir de 1754 que entre os alemães, a Geografia inicia o seu caminho para o status científico. Surgem na verdade, duas vias para esse estudo: a "geografia político-estatística" e a "geografia pura", sendo que Ratzel virá a se relacionar com esta última. A "geografia político-estatística" define o papel da geografia como sendo o de montagem do painel mais amplo e sistemático possível de uma dada conjuntura, tomando por base territorial sua unidade político regional. Enquanto a "geografia pura" assenta as suas bases numa unidade regional criando critérios que mostram os limites naturais do terreno. A geografia no geral na Alemanha, passa por um grande processo de transformação, sem que haja uma ruptura na questão do saber institucionalizado. Ao contrário, o que acontece com a geografia na verdade, é uma mudança com o intuito de servir aos propósitos daquilo que viria a movimentar a Alemanha: o capitalismo. Antes de mais nada, se faz necessário compreender a história da unificação alemã para que somente assim haja uma maior compreensão da geografia de Ratzel. A Alemanha daquele época tinha como características, as tardias relações capitalistas que se conciliaram com as estruturas feudalistas. Observa-se também que o poder se encontrava disperso pelas várias unidades confederadas, devido ao fruto de dominações locais. Havia uma luta pela hegemonia entre a Prússia e a Áustria. Na verdade dois fatores contribuíram de forma decisiva para a unificação, a Confederação Germânica e a repressão aos levantes populares de 1848. Estes levantes populares, tiveram o apoio também das classes dominantes, estabelecendo-se assim, ligações políticas e militares, devido ao fato de que essas massas populares desejarem a unificação do Estado. Em decorrência disso, a disputa entre Prússia e Áustria tornou-se cada vez mais acirrada, sendo que a vitória prussiana iria determinar as características do Estado. Ou seja, uma organização militarizada da sociedade e do Estado. O poder do Estado alemão naquele período ficara nas mãos dos junkers ( proprietários de terras, representantes da ordem feudal ), o que condicionou a formação de uma imensa monarquia burocrática. Esta unificação reacionária juntamente com a organização militarizada e um expansionismo latente do Estado alemão são explicadas pela situação da Alemanha no contexto europeu. Isto é, o país emergia como mais uma unidade do centro capitalista, só que sem a presença de colônias. Dessa forma, a necessidade de expansionismo aumentava a medida em que um desenvolvimento interno se consolidava e o estímulo a fazer a geografia, ou seja, a se pensar nos espaços geográficos. O capitalismo alemão carecia de soluções práticas, não mais apenas de informações. As idéias virão então da geografia, que vai acabar influenciando outros ramos de estudos. Se para o capitalismo inglês e francês o papel da geografia é de lhes viabilizar a expansão colonial, para o capitalismo alemão seu papel será o de dar respostas a questões ainda preliminares, ou seja, a unidade alemã. A partir daí a figura de Ratzel começa a se destacar no cenário alemão. Ele vai ser o representante engajado a um projeto estatal, em que vai propor uma legitimação do expansionismo de Bismarck ( primeiro-ministro da Prússia e do Império Alemão). E é com a sua obra publicada em 1882, Antropogeografia - fundamentos da aplicação da Geografia à História, que Ratzel assim funda a Geografia Humana. Nesta obra, Ratzel procurou definir o objeto geográfico como o estudo da influência que as condições naturais exerciam sobre a humanidade. As influências na qual Ratzel afirma, atuariam nos aspectos fisiológicos, nos psicológicos dos seres humanos e através deles, na própria sociedade. Outro aspecto a salientar, é que a natureza influenciaria na constituição social, devido a riqueza que ela proporciona. A natureza também poderia possibilitar a expansão de um povo, ou criar barreiras, assim como o isolamento ou uma possível mestiçagem. Ratzel fez um estudo minucioso sobre as influências geográficas criticando as duas posições mais discutidas: a que nega essas influências e a que visa estabelecê-la de imediato. Para ele, as influências vão ocorrer através das condições econômicas e sociais. Ratzel retirará de Spencer, um importante pensador, a noção da sociedade como um organismo e a concepção naturalista do desenvolvimento da sociedade humana. Sendo assim, a cadeia de raciocínio como veremos é basicamente linear, começando com os homens, estes agrupando-se em sociedades, as sociedades transformando-se em Estados e o Estado em um organismo. Sendo que a Sociedade e o Estado são frutos orgânicos do determinismo do meio. Segundo Ratzel, a sociedade como um todo, é um organismo que mantém relações com o solo, nas suas necessidades de moradia e alimentação. O progresso significa um maior uso do meio, ou seja, uma relação mais íntima com a natureza. Quanto maior o vínculo com o solo, tanto maior seria necessidade de manter a sua posse. Daí advém que a sociedade cria o Estado, segundo Ratzel. O Estado é um organismo em parte humano e em parte terrestre. O Estado é assim porque possui uma relação necessária com a natureza, ou seja, os Estados necessitam de espaço como as espécies, por isso lutam pelo seu domínio. A subsistência, energia, vitalidade e o crescimento dele têm por motor a busca e conquista de outros espaços. A análise das relações, entre o Estado e o espaço, foi um dos pontos privilegiados da Antropogeografia. Para Ratzel, o território representa as condições de trabalho e da própria existência da sociedade. Por outro lado, a necessidade de aumentar as expansões territoriais são consequências do progresso, ou seja, Ratzel vai justificar suas colocações com o conceito de "espaço vital", em que este representa uma proporção de equilíbrio entre a população e os recursos oferecidos para que se possa suprir as suas necessidades. Dessa forma, é possível ver a vinculação entre o projeto imperial alemão e as formulações de Ratzel para a sua época, legitimando assim o imperialismo bismarckiano. A Geografia proposta por Ratzel privilegiava o ser humano, e abriu várias frentes de estudo, valorizando assim questões referentes à História e ao espaço geográfico como a formação dos territórios, a dispersão dos homens no globo, as distribuições dos povos e raças, seus isolamentos, além de estudos que se referiam as áreas habitadas. Tudo isto, baseado nas influências que Ratzel propôs anteriormente. Ele manteve a idéia da Geografia como ciência empírica, cujos procedimentos de análise seriam a observação e a descrição, ao mesmo tempo em que proponha ir além da descrição, buscando a síntese das influências na escala planetária. De resto, ele manteve a visão de um naturalista, ou seja, reduziu o homem a um animal ao não diferenciar as suas qualidades específicas; dessa forma propôs o método geográfico como análogo as demais ciências e concebia a causalidade dos fenômenos humanos como idêntica a dos naturais. Assim, Ratzel ao propor uma Geografia do Homem, entendeu-a como uma ciência natural. Os estudos de Ratzel influenciaram muitos outros autores, sendo que suas colocações foram bastantes radicalizadas constituindo-se assim a "escola determinista", ou do "determinismo geográfico". Contudo, muitos desses estudiosos, empobreceram as teorias de Ratzel, por excluírem as influências geográficas, ou seja, eles estavam buscando evidências empíricas para as teorias formuladas. Nomes como E. Semple e E. Huntington estiveram presentes nesta escola. A primeira apresentou teorias que relacionava as religiões com os relevos; nas regiões planas, predominavam as religiões monoteístas; nas regiões acidentadas, as religiões politeístas. Já para Huntington, ele determinou que as dificuldades do meio é que fariam com que houvesse um maior desenvolvimento, e isto é explicado na sua obra chamado Clima e sociedade. Além desta teoria, ele defende a idéia de que os invernos rigorosos formaram o fator principal para o desenvolvimento das sociedades européias, principalmente no que diz respeito aos aspectos de estocagem de alimentos, abrigos, entre outros. Outro desdobramento da proposta de Ratzel manifestou-se na constituição da Geopolítica. Esta corrente, dedicada ao estudo da dominação dos territórios, partiu das colocações ratzelianas, referente à ação do Estado sobre o espaço. Os autores desenvolveram teorias e técnicas que legitimavam o imperialismo. Ou seja, as formas de se conquistar e manter os territórios. Entre esses autores, estavam Kjeilen, Mackinder e Haushofen. O primeiro criou o rótulo Geopolítica. Já o segundo, trouxe consigo temas e discussões a respeito dos domínios das rotas marítimas, as áreas de influência de um país e as relações internacionais. O último, um general alemão e presidente da Academia Germânica no seu governo, foi outro teórico da Geopolítica que deu um sentido bélico definindo-a como parte da estratégia militar. Ele desenvolveu teorias referentes à ação do clima sobre os soldados e criou uma escola que mais tarde influenciaria o Nazismo. Uma última perspectiva saída das formulações de Ratzel, fora conhecida como escola "ambientalista". Esta mais recente, não é considerada um ramo da Antropogeografia, embora tenha sido Ratzel o responsável formulador das suas bases. Esta corrente vai propor o estudo do homem em relação aos elementos do meio em que ele está inserido. O conjunto dos elementos naturais é abordado como o ambiente em que o homem vive. O ambientalismo representa uma visão determinista bastante atenuada, ou seja, a natureza é vista como um suporte da vida do ser humano e não como determinação. O ambientalismo se desenvolveu modernamente com o apoio da Ecologia. A idéia de estudar as relações dos organismos que coabitam determinado meio, já estava presente em Ratzel, devido a influência que sofreu de Haeckel, o primeiro formulador da Ecologia. Sendo assim, é notório que o desenvolvimento da Antropogeografia de Ratzel ajudou não só o interesse imperialista alemão de Bismarck, mas em entender as relações do meio com os seres humanos. Entender acima de tudo, a importância do meio em que vivemos, pode ajudar no desenvolvimento das sociedades não só daquela época, mas de sociedades que poderão vir. O que dignifica o trabalho de Ratzel, que veio a ser usado não só pelo governo alemão, é saber que se transformou numa das bases mais importantes para os estudos de outros ramos como a Ecologia, e que aumentou cada vez mais a necessidade de se aprender a lidar com o meio ambiente, que devido as inúmeras desenvolturas tecnológicas, vem mudando constantemente a sua face.

[editar] Ver também

[editar] Bibliografia

  • DORPLAEN, Andreas. The World of General Haushofer. Farrar & Rinehart, Inc., Nova Iorque: 1984.
  • MARTIN, Geoffrey J. and Preston E. James. All Possible Worlds. New York, John Wiley and Sons, Inc: 1993.
  • MATTERN, Johannes. Geopolitik: Doctrine of National Self-Sufficiency and Empire. The Johns Hopkins Press, Baltimore: 1942.
  • WANKLYN, Harriet. Friedrich Ratzel, a Biographical Memoir and Bibliography. Cambridge, Cambridge University Press: 1961.


BIOGRAFIAS

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