Geolingüística
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A geolingüística é um campo interdisciplinar compartilhado pela lingüística e a geografia. É também conhecida com os nomes de geografia lingüística e geografia das línguas. A geolingüística ocupa-se de estudar as línguas no seu contexto geográfico. Portanto, o seu campo de estudo é amplo e abrange tanto a dialectologia regional como a demolingüística e a dialectologia da percepção, entre outras orientações. Até finais dos anos 1960, as pesquisas geolingüísticas desenvolviam-se principalmente no seio da lingüística, tradicionalmente sob a etiqueta de dialectologia. Os anos 1970 e 80 trouxeram uma refundação interdisciplinar da geolingüística com a colaboração de especialistas procedentes da politologia, o direito, a antropologia, a sociolingüística e, sobretudo, da geografia cultural.
As principais tarefas da geolingüística são a identificação e descrição de áreas lingüísticas (domínios lingüísticos, áreas dialectais etc.), a análise das dinâmicas geográficas das suas variações internas, estimar a importância territorial das línguas e das suas variedades em diferentes escalas (local, regional, nacional, continental, mundial), analisar as dinâmicas territoriais das línguas e das suas variedades (evolução demolingüística, territórios onde são faladas, dinámicas de expansão e retrocesso territorial), estudar situações de conflito territorial causado pelas diferenças lingüísticas, conhecer as representações que as pessoas têm dos espaços lingüísticos, das suas falas e da sua dinámica territorial.
[editar] ORIENTAÇÕES OU PÓLOS DA GEOLINGÜÍSTICA
Podemos agrupar as diferentes linhas de trabalho da geolingüística actual em três grandes orientações:
GEOLINGÜÍSTICA ESTRUTURAL OU VARIACIONAL. Agrupa o campo tradicionalmente ocupado pola geografia lingüística e a dialectologia regional. Esta orientação da geolingüística centra-se no estudo da variação lingüística no plano espacial. A maioria dos trabalhos da geolingüística variacional interessam-se pela identificação das regiões lingüísticas das línguas, quer dizer, da delimitação e estruturação das áreas dialectais. Outro interesse central é a difusão das inovações lingüísticas pelo espaço.