GRES Acadêmicos de Santa Cruz
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[editar] História
O GRES Acadêmicos de Santa Cruz foi fundado em 18 de Fevereiro de 1959 por Abílio Correia de Souza, José Ramos Cordeiro, Altamiro de Oliveira e outros, e tem as cores verde e branco. Teve como símbolo inicial a figura de um touro por influência das fazendas da região e do Matadouro de Santa Cruz. Mais tarde o símbolo da escola foi substituído pela figura de uma coroa, sendo que em alguns anos a escola tinha na bandeira uma estrela. Afilhada da Unidos de Bangu e madrinha da Unidos do Uraiti, a Acadêmicos de Santa Cruz desfilou em 1960, 1961 e 1962 na própria localidade. Ainda em 1962, filiou-se à Confederação da Escolas de Samba e desfilou pela primeira vez na cidade no dia 2 de dezembro, por ocasião do 1° Congresso do Samba. Em 1963, disputou o carnaval na Praça Onze (Grupo 3) e foi campeã. Em 1965, a Acadêmicos de Santa Cruz foi campeã do Grupo 2, por ocasião do carnaval do IV Centenário e já estava entre as grandes escolas do carnaval carioca no ano seguinte.
O "Acadêmico", como é carinhosamente chamado pelos seus adeptos, sempre foi uma escola que fez grandes desfiles, mas inexplicavelmente nunca conseguiu se manter no Grupo Especial. A Escola esteve neste grupo nos anos de 1966, 1970, 1984 (supercampeonato), 1985, 1990, 1992, 1997 e 2003.
Em 1984, no primeiro ano da Marquês de Sapucaí, a escola chegou em segundo lugar no Grupo 1B com o enredo "Acima da coroa de um rei, só um deus", o que lhe garantiu presença no supercampeonato, disputado no sábado seguinte ao carnaval. Nesse desfile, a Santa Cruz chegou apenas em oitavo lugar. No ano seguinte, no grupo principal chegou em 14º lugar, com o enredo "Ibrahim - de leve eu chego lá" em homenagem ao mais famoso colunista social do Brasil Ibrahim Sued.
Após três desfiles sem brilho no Grupo 1B, a escola da Zona Oeste conseguiu retornar à elite do samba em 1989, homenageando Sérgio Porto com o enredo "Stanislaw, uma história sem final". No ano seguinte, a escola teve seu samba-enredo de maior repercussão("Os Heróis da Resistência"), que fora gravado posteriormente por Emílio Santiago. Novamente, a Acadêmicos de Santa Cruz não conseguiu se manter no Grupo Especial.
No ano de 1991, a escola teve que desfilar às escuras, por conta de um blecaute na Marquês de Sapucaí, onde se apresentava com o enredo "O Boca do Inferno". A escola não foi julgada. Posteriormente, a escola ganhou na Justiça o direito de desfilar entre as grandes escolas no ano de 1992. Mas a decisão judicial saiu na sexta-feira antes do carnaval. A Santa Cruz estava preparada para desfilar no Grupo 1 (atual Grupo A), o que rendeu à escola a última colocação no Grupo Especial, e a consequente volta ao grupo 1.
No ano de 1993, a escola não passou do quarto lugar. No ano seguinte, a sétima colocação da escola causou estranheza ao público e à mídia especializada, bem como o resultado de outras escolas. Novamente em 1995 a escola não conseguiu o acesso, desta vez com o enredo "Deuses e costumes nas terras de Santa Cruz".
A vaga veio em 1996, após a vitória com notas máximas em todos os quesitos. O enredo "Ribalta, sonho, luz e ilusão" agradou em cheio aos jurados, e enfim veio a vitória. Após vencer em 1996, a escola teve mais uma tentativa de permanecer na elite do carnaval, em 1997, com o enredo "Não se vive sem bandeira". A escola amargou o 14º lugar, entre 16 escolas.
No ano seguinte, uma bela homenagem ao cantor e compositor Cazuza deu a escola o terceiro lugar do Grupo A, ficando a um ponto e meio da São Clemente, segunda colocada do desfile, que subiu para o Grupo Especial. Os desfiles de 1999 e 2000 foram sem brilho, onde a escola passou longe do acesso. A redenção veio em 2001, com um grande desfile em homenagem ao ator, compositor e escritor Mário Lago. A escola fez um desfile emocionado e emocionante. Destaque para as alas que representavam máquinas de escrever, tesouras (a censura), o Bola Preta e a televisão. Por pouco a escola não conseguiu o acesso ao Grupo Especial.
Em 2002, finalmente a escola conseguiu o sonhado retorno ao grupo principal das escolas de samba. Foi a campeã do grupo A com um enredo sobre a história e origem do papel, batendo escolas tradicionais como Unidos de Vila Isabel, Estácio de Sá e União da Ilha do Governador. A Santa Cruz inovou no abre-alas com muito movimento, néon e efeitos, para contar a história do papel. O carro trazia, ainda, várias mulheres orientais na lateral. A parte interna era a imitação de um teatro chinês. A ala das baianas veio de pergaminho. O segundo carro trazia o papel no cotidiano: selos, caderno, livros, dinheiros, diploma, partitura musical etc. Logo depois, uma ala vestida de cegonha representava a certidão de nascimento. Depois vinha a ala da identidade, que demonstrava, mais uma vez, que não vivemos sem papel. Outra ala da escola representava a reciclagem de papel. O último carro da Santa Cruz, que falava sobre o Papel do Carnaval, também era muito bonito, trazendo máscaras: assim como o Abre-alas causava encanto pela grande quantidade de detalhes. Merecidamente, levou o troféu de melhor escola do Grupo A.
Após muitos problemas jurídicos (gerados por acusações de manipulção de resultados por parte da Unidos de Vila Isabel), a escola confirmou presença no Grupo Especial em 2003. Desfilou com pouco dinheiro, mas mesmo assim fez um ótimo desfile contando a história do teatro com o enredo "Do universo teatral à ribalta do carnaval". Lamentavelmente os jurados rebaixaram a escola, que fez um grande carnaval, e não merecia o descesso.
De volta ao Grupo de Acesso, a escola ficou com o vice-campeonato em 2004, com um belo desfile sobre o seu bairro ("Nas páginas do Brasil Santa Cruz escreveu sua história"). Na concentração, minutos antes do desfile veio a falecer de infarto um dos seus diretores de bateria.
Nos anos seguintes, não brigou pelo título. Em 2005, a homenagem ao Rio de Janeiro deu o quarto lugar à agremiação, e no Carnaval 2006, apenas a sexta colocação foi obtida com o enredo sobre a França.
[editar] Dados da escola
- Fundação: 18 de fevereiro de 1959
- Cores: Verde e Branco
- Símbolo: Coroa
- Endereço da quadra: Rua do Império, 573, Santa Cruz, Rio de Janeiro-RJ