Jean-Bertrand Pontalis
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jean-Bertrand Lefebvre Pontalis (Paris, 1924) é um notavel psicanalista , filósofo e escritor francês.
J.-B.Pontalis [1]nasceu em 1924, fez seus estudos secundários no Liceu Pasteur, superiores no Liceu Henri-IV e na Sorbone. Em 1945, obteve o Diploma de estudos superiores de filosofia com trabalho sobre Spinoza. Aluno de Jean-Paul Sartre[2], colaborou com a revista Les Temps Modernes entre 1946 e 1948, tornando-se professor nessa época. Desde então sua carreira professoral levou-o a ensinar respectivamente nos liceus de Alexandria(1948-1949), Nice(1949-1951) e Orléans(1951-1952). Com o apoio do filósofo Maurice Merleau-Ponty [3], entrou no CNRS(Centro Nacional de Pesquisa Científica),em 1953.Durante esses anos, começou uma “análise didática” com Jacques Lacan [4].
Em torno de 1960,ao lado de Jean Laplanche[5], sob a direção de Daniel Lagache [6], empreendeu o trabalho que deu lugar, em 1967, ao “Vocabulaire de la psychanalyse” (Puf, 2002).
1964: Fundação da l'Association psychanalytique de France (APF). Até então fiel aos conceitos lacanianos, Pontalis distanciou-se do Mestre quando da criação da nova sociedade,da qual foi um dos fundadores.No mesmo ano tornou-se membro do Comité de direção da revista Les Temps Modernes e foi nomeado conferencista na Ecole pratique des Hautes Etudes (Escola prática de Altos Estudos).
Em 1966, começo de sua carreira de editor nas Edições Gallimard, onde criou, notadamente, as coleções “Connaissance de l’inconscient”, « Obras de S. Freud, novas traduções », « Curiosidades freudianas », « Traçados ».
Em 1968, eleito membro titular da Association Psychanalytique de France (associada à IPA).
Em 1970, Criação da famosa Nouvelle Revue de Psychanalyse: (comité de redação: Didier Anzieu[7], André Green[8] , Jean Pouillon, Guy Rosolato, Victor Smirnoff, Jean Starobinski, François Gantheret. Masud Khan era o co-redator estrangeiro. Durante algum tempo, Michel Schneider[9] e Michel Gribinski foram secretários da revista). Pontalis tornou-se um autor essencial do movimento psicanalítico francês.
Em 1979 entrou para o comité de leitura das Edições [Gallimard].
A partir de 1980 : publicação de livros literários. Contudo, como escreveu Claude Janin[10] na biografia que consagrou a J.B. Pontalis « sua obra literária é indissociável de sua obra psicanalítica » (1). Sobre esta questão, Pontalis notou: « Existe uma analogia, um parentesco bastante evidente entre a psicanálise e a literatura.Vemos nas duas agir, sem dúvida por vias diferentes (…) a mesma postulação : ser, pela primeira vez, escutado, reconhecido (…), e nesse mesmo movimento, temer ser absorvido pelo pensamento e pela linguagem do outro. (Perdre de vue, pg.165) » (1).
1994 : Publicação do último volume da Nouvelle Revue de Psychanalyse
[editar] Obras
Livros
- Vocabulaire de psychanalyse, Paris, PUF 1967
- Après Freud (Após Freud)
- Entre le rêve et la douleur (Entre o sonho e a dor)
- L’Enfant des Limbes (A criança dos limbos)
- Fenêtres(Janelas)
- Traversée des ombres (A travessia das sombras)
- Loin (Longe)
- Un homme disparaît (Um homem desaparece)
- L'amour des commencements (O amor dos começos)
- En marge des jours (Em margem dos dias)
- Ce temps qui ne passe pas (O tempo que não passa)
- Le compartiment de chemin de fer (O compartimento do caminho de ferro)
- Le dormeur éveillé (O endormido acordado)
- Entre le rêve et la douleur (Entre o sonho e a dor)
- Perdre de vue (Perder de vista)
- La force d'attraction (A força de atração)
[editar] Trabalhos publicados na Nouvelle Revue de Psychanalyse (N.R.P.)
•L’insaisissable entre-deux,(O inatingivel entre dois) in « Bisexualité et différences des sexes », N.R.P. n° 7, Gallimard, 1973 • Questions préliminaires(Questões preliminares), in « Pouvoirs », N.R.P. n° 8, Gallimard, 1973 • Bornes ou confins ( Marcos ou confins) in « Aux limites de l’analysable », N.R.P. n°10, Gallimard, 1974 • À partir du contre-transfert: la mort et le vif entrelacés, ((A partir da contra-transferência, a morte e o vivo entrelaçados) in « La Psyché », N.R.P. n°12, Gallimard ,1975 • À propos du texte de Harry Guntrip : « Mon expérience de l’analyse avec Fairbairn et Winnicott » (A propósito do trabalho de Harry Guntrip : «Minha experiência analítica com Fairbairn e Winnicott), in Mémoires, N.R.P. N°15, Gallimard, 1977 • Échanges de vues avec Michel de M’Uzan (Trocas de idéias com Michel de M’Uzan) in « Écrire la psychanalyse »(Escrever a psicanálise), N.R.P. n°16, Gallimard ,1977 • Une idée incurable( Uma idéia incurável),in « L’idée de guérison », N.R.P. n°17, Gallimard, 1978 • Se fier à…sans croire en…, (Confiar até… sem crer em) in « La croyance », N.R.P. n°18, Gallimard, 1978 • Le métier à tisser(O trabalho do tecelão), in « Regards sur la psychanalyse en France », N.R.P. n°20, Gallimard
Referências
1)Claude Janin:J.-B. Pontalis,Psychanalystes d'aujourd'hui,P.UF, 1997
Ligações externas
Citações
