José Cid
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José Albano Cid Ferreira Tavares (n. Chamusca, 4 de Fevereiro de 1942), popular cantor, teclista e compositor português.
A fama chegou-lhe inicialmente através da sua participação como teclista e vocalista no Quarteto 1111, onde obteve grande êxito com a canção A lenda de El-Rei D.Sebastião 1967. Esta canção, inovadora para a época. Ainda com o quarteto, concorreu ao festival da canção de 1968, com Balada para D.Inês.
O álbum homónimo do Quarteto 1111 é editado em 1970. O disco é alvo a censura.
Em 1971 José Cid lança o seu primeiro disco a solo. São também editados os Ep's Lisboa Perto e Longe e História Verdadeira de Natal. No ano seguinte lança o Ep "Camarada".
Em 1973, a banda adopta o nome Green Windows, numa tentativa de internacionalização.
Concorre ao Festival da Canção de 1974 com "Uma Rosa Que Te Dei". Quem também concorre e com melhores resultados são os Green Windows com "No Dia Em Que O Rei Fez Anos" e "imagens".
Uma das suas composições mais conhecidas, "Ontem, Hoje e Amanhã", recebe um dos prémios "outstanding composition" no Festival Yamaha de Tóquio, em 1975, certame a que tinha concorrido já em 1971 com "Ficou para Tia".
Forma o grupo Cid, Scarpa, Carrapa & Nabo com Guilherme Inês, José Carrapa e Zé Nabo. Gravam o tema "Mosca Super-Star" e o EP "Vida (Sons do Quotidiano)" de 1977.
Em 1978 publica o álbum 10,000 anos depois entre Vénus e Marte, um marco na história do rock progressivo, que vem a obter mais tarde reconhecimento a nível internacional.
José Cid concorreu ao Festival da Canção de 1978 com três composições, alcançando o 2º lugar com "O meu piano".
No Festival da OTI de 1979 fica em 3º lugar com "Na Cabana Junto À Praia".
Com a canção "Um grande, grande amor", vence o Festival da Canção (1980) com 93 pontos. No eurofestival conquista um honroso 7º lugar, com 80 pontos, entre 19 concorrentes.
É o autor de outros grandes êxitos, como "Olá vampiro bom", "A Rosa que te dei", "Como o macaco gosta de banana", "Mosca Superstar" ou "Cai neve em Nova York".
É monárquico e anarquista e vive actualmente na Anadia.
Em 1993 concorre com o fadista Paulo Bragança ao festival RTP da Canção com "O Poeta, o pintor e o músico", no estilo neo-fado-canção que os Ala dos Namorados viriam a popularizar. Apesar de grandes favoritos, ficam em segundo lugar atrás de Anabela.
Em 1995 concorre apenas como autor e compositor ao festival RTP da Canção com "Plural", canção entre o jazz e o étnico intepretada por Teresa Brito, irmã de Tozé Brito. Mais uma vez favoritos, ficam em 3.º lugar.
Insiste novamente em 1996, volta a concorrer como compositor e autor, entregando a Cristina Castro Pereira o hino "Ganhamos o Céu", que se fica pelo quarto lugar. Ganhou Lúcia Moniz com um tema étnico/bossa nova "O meu coração não te cor".
Volta à carga no ano seguinte, 1997, como compositor e autor de "Canção Urgente", um tema pop-rock clássico, cantado pela banda "Meninos da Sacristia". Fica em 6.º lugar na votação final, apesar de ser o favorito na votação telefónica do público.
Em 1998 vence finalmente pela segunda vez o festival RTP da Canção como compositor e autor da canção "Se eu te pudesse abraçar", defendida pela banda Alma Lusa, na voz de Inês Santos. Obteve o voto máximo dos cinco jurados presentes no Teatro São Luiz. Em Birmingham, Reino Unido, obtem o 12.º lugar ex-aqueo, o melhor resultado obtido pela RTP nas ultimas 10 edições do Eurofestival. Em todas as participações no festival RTP da Canção entre 1993 e 1998 a direcção de orquestra foi entregue a Mike Seargent.
Em 2004, José Cid participou em anúncios de uma conhecida marca de chás gelados, nos quais se interpretou a si próprio, cantando e vindo do espaço, enquanto proferia a frase: "Olá malta! Tudo bem? Tá-se?"
2006 trouxe José Cid aos palcos do bar Maxime, em Lisboa, em dois espectáculos com bilhetes rapidamente esgotados e um mar de gente eufórica a assistir. Foi também o ano em que recusou participar no festival do sudoeste, por não garantir as condições para o público apreciar a sua música. Lançou um novo disco, "Baladas da minha vida", com velhas canções regravadas de forma acústica sem recurso a computadores e dois temas novos, "O melhor tempo da minha vida" e "Café contigo".
Índice |
[editar] Discos (selecção)
[editar] Com o Quarteto 1111
EP's
- 1967 - A Lenda de El-Rei D.Sebastião
- 1967 - Balada para D. Inês
- 1968 - Dona Vitória
- 1970 - Domingo em Bidonville
Singles
- 1968 - Meu Irmão / Ababilah
- 1969 - Nas Terras do Fim do Mundo / Bissaide
- 1969 - Génese / Os Monstros Sagrados
- 1970 - Todo o Mundo e Ninguém / É Tempo de Pensar em Termos de Futuro
- 1970 - Back to the Country / Everybody Needs Love, Peace and Food
- 1971 - Ode to the Beatles / 1111
- 1972 - Sabor a Povo / Uma Nova Maneira de Encarar o Mundo
- 1987 - Memo / Os Rios Nasceram Nossos
LP's
- 1970 - Quarteto 1111
- 1973 - Bruma Azul do Desejado (com Frei Hermano da Câmara)
- 1974 - Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas - Obra-Ensaio de José Cid
Compilações
- 1981 - Antologia da Música Popular Portuguesa
- 1993 - A Lenda Do Quarteto 1111
- 1996 - A Lenda De El-Rei D. Sebastião - Colecção Caravela
- 2005 - Singles and EPs
[editar] Com Green Windows
- 1974 - No dia em que o rei fez anos (LP DECCA slpdx 538)
[editar] A solo
EP's
- 1971 - Lisboa Perto e Longe
- 1971 - História Verdadeira de Natal
- 1972 - Camarada
- 1977 - Vida (Sons do Quotidiano)
- 1978 - O Meu Piano/Aqui Fica Uma Canção/O Largo do Coreto/Porquê, Meu Amor, Porquê?
- 1980 - Um Grande, Grande Amor
LP's / CD's (incluindo compilações)
- 1971 - José Cid
- 1974 - No Dia Em Que O Rei Fez Anos
- 1977 - Êxitos de José Cid
- 1978 - 10,000 Anos Depois Entre Venus e Marte
- 1979 - José Cid Canta Coisas Suas
- 1980 - My Music
- 1980 - Os Grandes, Grandes Êxitos
- 1981 - Antologia da Música Popular Portuguesa
- 1982 - Os Grandes, Grandes Êxitos II
- 1983 - Magia
- 1986 - Xi-Coração
- 1987 - Fado de Sempre
- 1989 - José Cid
- 1990 - O Melhor de José Cid
- 1991 - De Par Em Par
- 1992 - Camões, as Descobertas e Nós
- 1994 - Vendedor de Sonhos
- 1994 - O Melhor dos Melhores
- 1996 - Pelos Direitos do Homem
- 1996 - Nunca Mais É Sexta-Feira
- 1996 - A Rosa Que Te Dei - Colecção Caravela
- 1997 - Cais Sodré
- 1998 - Ode a Federico Garcia Lorca
- 1998 - Entre Margens
- 1999 - Os Inesquecíveis
- 2000 - Clássicos da Renascença
- 2001 - De Surpresa
- 2001 - O Melhor de 2
- 2003 - Antologia - Nasci p'ra música
- 2003 - Best
- 2004 - A Arte e a Música
- 2006 - Baladas da minha vida
- 2006 - Grandes Êxitos
- 2006 - Antologia II
[editar] Citações
Frases interessantes proferidas por José Cid.
- "Se Elton John tivesse nascido na Chamusca, não teria tido tanto êxito como eu." in Pública, 2003
- "Tentaram e conseguiram pôr-me na prateleira. Mas a verdade é que os outros artistas estão na prateleira e eu estou cá." in Pública, 2003
- "A nova geração tem de descobrir qual é o seu dinossauro. Todos os países têm o seu dinossauro. Os franceses têm o Johnny Halliday, os espanhóis o Miguel Rios. Ambos são uma porcaria ao pé de mim. Sou infinitamente melhor do que eles e tenho uma melhor estética." in Pública, 2003
- "Usem e abusem de mim. Estou cá, canto e bem ao vivo. Façam de mim o que quiserem. Estou com uma grande voz." in Pública, 2003
- "Adoro o «Cantor da TV», a canção menos comercial daquele álbum [Nasci prà música]. Dificilmente conseguiria escrever [outro] tema daquela maneira. É muito bem esgalhado e muito bem tocado." in Pública, 2003
- "Essa canção [Como o macaco gosta de banana] foi um escândalo. As pessoas julgaram que era uma canção ordinária. (...) Divirto-me à brava quando a oiço, porque é uma canção que não se pode levar a sério. Tem um sentido de humor de abandalhar o sistema." in Pública, 2003
- "Olá malta! Tudo bem? Tá-se?" in anúncio Lipton, 2004
- "Dá-me favas com chouriço." in Cabaré da Coxa, 2004
- "Se o Rui Veloso é o pai do rock português, eu sou a mãe." in Queima das Fitas do Porto, 2004
- "Compus «Amar como Jesus amou» porque precisava de dinheiro para comprar um carro novo.", em entrevista à SIC, 2006
- "O último álbum da Madonna é um cagalhão", em entrevista à Rádio Comercial, 2006
- "Gostava que não reparassem só no mau (...). De qualquer forma, o meu pior é muito melhor do que o melhor do Tony Carreira.", em entrevista ao jornal Metro, 2006
- "Adoro favas com chouriço. Quem não gosta?", em entrevista ao jornal Metro, 2006
[editar] Ligações externas
- progarchives.com (em inglês)
- http://clubedefansdojosecid.blogspot.com/
- Cidmania
- http://bissaide.blogspot.com
- Tós - FanCid - Clube de Fãs de José Cid
- Quarteto 1111 - Página Retrospectiva
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