Lingua franca
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[editar] Senso específico
Lingua Franca (sem acento no 'i') foi uma antiga língua, usada na região do Mar Mediterrâneo do século XIV (ou mesmo antes) até hoje. A Lingua franca era conhecida pelos marinheiros mediterrâneos, incluindo os portugueses. Quando os portugueses começaram a explorar os mares da África, América, Ásia e Oceania, eles tentaram se comunicar com os nativos misturando uma versão da lingua franca influenciada pelo português com as línguas locais. Quando navios ingleses e franceses chegaram para competir com os portugueses, a tripulação tentava aprender esse "Português quebrado". Através de um processo de mudança, a lingua franca, junto com o vocabulário português, foi substituída pela língua dos povos em questão.
[editar] Senso geral
O termo lingua franca se refere geralmente a uma língua aprendida, além de seus falantes nativos, para o comércio internacional e outras interações mais extensas. Adquiriu este sentido por extensão da língua específica descrita acima. No Império romano e no milênio seguinte a lingua franca foi o grego no oriente e o Latim no ocidente. O francês serviu de lingua franca em seguida, sendo a língua da diplomacia na Europa a partir do século XVII, e por isso ainda é a língua de trabalho de instituições internacionais e é visto em documentos variando de passaportes a correio aéreo. O alemão serviu de lingua franca em grande parte da Europa durante os séculos XIX e XX, especialmente em negócios. O inglês é a lingua franca atual no mundo dos negócios internacionais no ocidente e está substituindo o francês na diplomacia.
Em outras regiões do mundo, outras línguas têm o papel de lingua franca: KiSwahili na África oriental, russo nas regiões da antiga União Soviética, Hindi (junto com o inglês) na Índia, Urdu no Paquistão (também junto com o inglês), malaio no sudeste asiático, Bislama nas ilhas do Pacífico e várias línguas crioulas em outros lugares e épocas.
O português serviu de lingua franca na África e Ásia nos séculos XV e XVI.
O Chinês Mandarim também tem a função de prover uma língua falada comum entre os chineses que falam diversos dialetos ininteligíveis entre si.