Luigi Galvani
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Luigi Galvani (Bolonha, 9 de Setembro de 1737 — Bolonha, 4 de Dezembro de 1798) foi um médico e investigador italiano. Foi professor de Anatomia da Universidade de Bolonha, cidade onde viveu e morreu. A partir de estudos, realizados em coxas de rã descobriu que músculos e células nervosas eram capazes de produzir eletricidade, que ficou conhecida como então como a electricidade galvânica. Mais tarde, Galvani demonstrou que ela é originária de reações químicas.
Ele foi também pioneiro na moderna obstetrícia.
Em seus estudos, dissecando rãs em uma mesa, enquanto conduzia experimentos com eletricidade estática, um dos assistentes de Galvani tocou em um nervo ciático de uma rã com um escalpelo metálico, o que produziu uma reação muscular na região tocada. Nesse momento, ele observou faíscas produzidas em uma máquina elétrica e ao mesmo tempo movimentos repetidos na perna morta da rã, como aconteciam em vida. Tal observação fez com que Galvani investigasse a relação entre a eletricidade e a animação - ou vida. Por isso é atribuida a Galvani a descoberta da bioeletricidade.
Galvani criou então o termo eletricidade animal para descrever aquilo era capaz de ativar os músculos daquele espécime. Juntamente com seus contemporâneos, ele reparou que aquela ativação muscular era gerada por um flúido elétrico que era conduzido aos músculos através dos nervos. Esse fenômeno foi entao apelidade de "galvanismo", por sugestão dada por seu colega e, em alguns momentos adversário intelectual, Alessandro Volta.
Os resultados das pesquisas e investigações de Galvani chegaram a ser mencionados por Mary Shelley, como parte de uma lista de recomendações de leitura direta, para um concurso de estórias de terror, em um dia de chuvoso na Suíça - o que resultou no romance Frankenstein - e sua reconstrução e reanimação através da eletricidade.
As investigações e descobertas de Galvani levaram à invenção da primeira bateria elétrica, mas não por Galvani, que não percebia a eletricidade separada da biologia. Galvani não via a eletricidade como essência da vida, ao qual ele percebia ter uma natureza intrinseca e inerente à vitalidade. Desse modo, voi Alessando Volta quem construiu a primeira bateria elétrica, que ficou conhecida como a pilha voltaica.
Como Galvani acreditava, toda a vida é de fato elétrica - pelo fato de todas as coisas vivas serem compostas de células, e cada célula tem um potencial celular - a eletricidade biológica tem as mesmas bases químicas para o fluxo de corrente elétrica entre células eletro-químicas, desse modo podendo ser resumida de algum modo fora do corpo. A intuição de Volta estava correta também.
O nome de Galvani também sobrevive nas células Galvânicas, no galvanômetro e no processo chamado de galvanização. A cratéra Galvani, na superfície da Lua, também foi nomeada em sua homenagem.