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Maria Gabriela Llansol - Wikipédia

Maria Gabriela Llansol

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Maria Gabriela Llansol Nunes da Cunha Rodrigues Joaquim, mais conhecida, simplesmente, como Maria Gabriela Llansol (Lisboa, 24 de novembro de 1931) é uma escritora portuguesa.

[editar] Biografia

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Concluído o Curso de Direito em 1955 e o Curso de Ciências Pedagógicas em 1957, MGL inicia um trabalho de experiência pedagógica, em 1960, que terá continuidade na Bélgica, na chamada Escola da Rua de Namur, em Lovaina (1971-79). Ainda em Lisboa, sua poesia já se fazia sentir na escrita dos primeiros contos e diálogos. É a busca de uma língua “nova”, a “língua sem impostura”, tão presente em Um beijo dado mais tarde (1990), a que fará surgir um texto “novo”. E a Escola da Rua de Namur propiciou a continuação dessa busca, pelo modo como punha em prática uma experiência inovadora com a linguagem - “era muito importante, a mesmo título que a aquisição de conhecimentos, o desbloqueio afectivo das crianças; ser capaz de tomar a palavra; exprimir, sem temor nem embaraço, os seus sentimentos.” No meio dessa experiência escreverá "O Livro das Comunidades" (1977), o primeiro da Trilogia “Geografia de Rebeldes”. A ida para a Bélgica traça um percurso de escrita que, apenas esboçado em Portugal (Os Pregos na Erva, 1962), reconheceria, a partir de então, um caminho singular na escrita portuguesa. MGL parte em 1965 e só em 1985 regressa a Portugal. Dirá da sua ida para a Bélgica: “Não tinha mais do que trinta anos; acabara de me casar e vinha, sozinha, ter com o Augusto [Joaquim] que, umas semanas antes, se recusara a participar na guerra colonial, e desertado; deixava um livro publicado e outro, embora já concluído, ainda inédito. (…) Vim com muito temor e, também, com uma enorme sede de liberdade, de novo, de atingir o âmago do ser. Ninguém conseguirá ter uma pálida imagem da densidade do ar que, lá em baixo, se respirava, no exíguo cubículo fechado das nossas vidas. Eu procurava evadir-me a escrever.” Os anos da Bélgica têm nome de lugares – Lovaina (1965-75), Jodoigne (1975-80) e Herbais (1980-85). Longe da sua língua, é nela que evolui, desconhecendo (como diz nos anos de Lovaina) “o texto surpreendente que me espera”. E em Jodoigne, na casa onde plantou Prunus Triloba (o arbusto que será também figura dos seus livros), já quotidiano e texto cruzam enxertias: tal como as páginas dos Diários são fragmentos de livros futuros, também as figuras do texto com-vivem com MGL na casa e no texto concomitantemente - “Estou ainda em Jodoigne, na pequena divisória onde eu moía farinha. Indo à garagem, onde instalámos o forno, para cozer o pão, vejo Margarida a acender a vela. No auge da chama, o pão tem um odor quente.// - Não se virem para trás – disse Ana de Peñalosa, que presidia à vida das nossas imagens. E assim foi feito, como se a nossa partida para Herbais se resumisse a uma troca de identidade”. Para Herbais vai-se em busca da “esmola do silêncio”. Mas esse silêncio e o isolamento que caracteriza Herbais não significam um afastamento da realidade; pelo contrário, esta passa a ser vivida de modo mais intenso. Como se a realidade desse lugar geográfico correspondesse a uma idêntica realidade no texto – uma espécie de “cena fulgor”, já que esta se define como um “lugar vibrante”, um “lugar de abrigo”, um “refúgio de uma inexpugnável beleza”, o lugar que permite “a vibração pelo vivo e pelo novo”. A língua do texto llansoliano caminha cada vez mais com uma energia tensiva que procura dar a ver a coisa não através da representação, mas pela sua presentificação. A busca da língua sem impostura, que tomará corpo na voz de Témia, já se exercitava no texto pela escolha de uma escrita da imagem e não da metáfora. A metáfora possui a coisa; a imagem dá a ver a coisa. Na língua sem impostura, o sentido da posse tem de estar ausente. A “justiça da língua” pressupõe a não-anulação, o não-Poder. MGL recorda: “Lembro-me de ter dito/ quando chegar a Herbais, a minha língua perderá definitivamente o possessivo. Porque inútil. A língua que se tornaria lá transparente e verde, não estaria mais presa a um território; a mudança deu-se a 31 de Maio de 1980”. São os anos da segunda Trilogia, “O Litoral do Mundo”, e do começo de "Lisboaleipzig 1 – O encontro inesperado do diverso", texto que reúne Jodoigne, Herbais e Colares, como reúne Lisboa e Leipzig, Bach e Pessoa. Neste livro, MGL fala do significado que, no texto, assumem essas mudanças de lugar a que chama “passagens-metamorfose”: “Como se eu investigasse, no dia a dia de outrora, um fio condutor, correspondências temáticas e de preocupação, sob a forma geral da partida e da mudança: saída de Jodoigne para Herbais, e desta para Colares, e entrada em Portugal, após vinte anos. Ao reler-me, porém, essas passagens-metamorfose revelaram-me que Jodoigne foi a casa das beguinas, que Herbais foi o lugar de encontro de Infausta, de Aossê e de Bach, e que em Colares acabaram por encontrar-se os membros dispersos da comunidade, nos seus extractos de época, distintos, idênticos e evolutivos./ E o mais curioso, é que me encontro face a um texto que não pressentira – porque não me dera conta de quando queriam encontrar-se, enfim, os membros – visíveis e invisíveis – dessa comunidade”. Ao falar do seu texto nascente, MGL lembra (Bruxelas, Europália, 1991) o modo como, na Bélgica, a “sobreimpressão” da paisagem com a língua que levara de Portugal, fez surgir o “Locus/Logos” do texto – “Entre vós, na minha língua confrontada às vossas paisagens”. De visita ao béguinage de Bruges, apercebeu-se de que “vários níveis de realidade ali aprofundavam a sua raiz, coexistindo sem nenhuma intervenção do tempo”. Dessa experiência surgirá a sobreimpressão, num mesmo tempo e lugar, de figuras arrancadas ao seu tempo histórico, que se transfiguram para que os “encontros inesperados” e “de confrontação” possam ter lugar – “Fez-se ali o nó de que depois desfiei o texto. Comecei nas beguinas; destas, passei a Hadewijch, a Ruysbroeck. Destes, a João da Cruz e a Ana de Peñalosa. Fui conduzida por todos eles a Müntzer, à batalha de Frankenhausen e à cidade utópica de Münster, na Vestefália. Nos restos fracassados destes homens, encontrei Eckhart, Suso, Espinosa, Camões e Isabel de Portugal. E foi por sua mão que fui até Copérnico, Giordano Bruno, Hölderlin, que todos eles anunciavam Bach, Nietzsche, Pessoa, e outros que a nossa memória ora esquece, ora lembra tão intensamente que me parece outra forma de os esquecer”. No texto llansoliano encontramos Fernando Pessoa mudado em Aossê (AOSSEP), Jorge de Sena em Jorge Anés, mas também Teresa de Lisieux, Emily Dickinson, Rimbaud e Maria Gabriela Llansol, entre outros. E Bach e Pessoa num lugar – Lisboaleipzig. São figuras de escritores, de místicos, de rebeldes, para quem a resignação não faz sentido, que não aceitaram “ver a sua vida amputada de vibração, de intensidade e amplitude”, e que a espécie pudesse ser fundada “na posse de uns sobre os outros”. Nessa recusa, tentaram abrir caminho à liberdade de consciência, ao direito à autonomia da sua vida, e ao dom poético, para que fosse possível uma nova paisagem humana. Sabiam da existência, no mundo, do Mundo e da Restante Vida, e que só esta permite dar à vida um sentido e uma fonte de alegria. É uma história que, ainda hoje, continua a fazer-se e, nesse sentido, esses seres do passado vêm do futuro, continuando “ com a sua consciência livre, a criação do mundo”. Nos livros de MGL, essas figuras existem desde a primeira Trilogia. E ainda que, em livros mais recentes ("Parasceve", 2001), essa linhagem dê origem a uma “geração sem-nome”, híbrida e “temível” porque “Não só capaz de metabolismo, mas igualmente de metamorfose”, o caminho do texto continua a ser o mesmo. São muitas as linhas que mostram o percurso feito e a experiência que resultou em texto novo. Ao longo dos Diários - "Um Falcão no Punho" (1985) "Finita" (1987) e "Inquérito às Quatro Confidências" (1996) - que transmigram para os outros livros, desconstruindo assim questões de género, e em livros como "Lisboaleipzig 1 e 2" (1994) ou "Onde Vais, Drama-Poesia?" (2000), MGL mostra como a experiência do real se transfigura em realidade no texto – “eu não espero para escrever, nem deixo de escrever para passar pela experiência que produz a escrita; tudo é simultâneo e tem as mesmas raízes, escrever é o duplo de viver”. Mas, no seu Texto, a verosimilhança, tão cara ao romance dito realista e à narratividade, é um obstáculo a essa mesma realidade textual. MGL prefere fazer “deslizar” a narratividade para a textualidade, sendo que esta “tem por órgão a imaginação criadora, sustentada por uma função de pujança __________ o vaivém da intensidade”, e que “Pela mutação de estilo, pela mutação frásica e pela mutação vocabular, pelo tratamento do que mais universal foi dado ao homem – um lugar e uma língua - , ela abre caminho à emigração das imagens,/ dos afectos,/ e das zonas vibrantes da linguagem”. É através de indicações precisas como estas que nos podemos encontrar com a singularidade do texto llansoliano – a simplicidade e o efeito de estranheza – que pede ao leitor novos modos de ler (na predisposição para o conhecimento de uma gramática do sensível e de uma leitura de intensidades) e a disponibilidade de abertura ao novo.

A essa experiência de escrita, MGL não chama literatura – “Não há literatura. Quando se escreve só importa saber em que real se entra, e se há técnica adequada para abrir caminho a outros”. Também por isso, à verosimilhança contrapõe o fulgor, focos de luz que se vão acendendo no texto, “lugares vibrantes” que orientam quem lê – “ O meu texto não avança por desenvolvimentos temáticos, nem por enredo, mas segue o fio que liga as diferentes cenas fulgor”; “A escrita que cultivo (…) Separa o inerte do fulgorizável. Tudo o que é fulgorizável integra o vivo”. Na textualidade llansoliana não há personagens, com vida e morte previsível, mas figuras, hóspedes e peregrinos do texto (as mesmas figuras percorrem vários livros), que não têm de ser necessariamente humanos. Uma pedra, uma frase, um animal ou planta, são “vivos” como qualquer ser humano. E o “legente” (que MGL contrapõe ao “leitor”), que prolonga a escrita do texto porque pode suscitar a escrita de outros textos, é também uma das suas figuras. Alargando a noção de ponto de vista do humano - “A mudança de olhar abre um campo vastíssimo ao vivo”-  MGL mostra o caminho da liberdade de consciência e do dom poético, sendo que “o dom poético é a língua tocada pela expansão do universo,/ que este caminha para o vivo,/ e que o meu vivo é apenas uma forma dos vivos que, de facto, existem”. Procurará sempre dar a ver que “neste mundo, há um mundo de mundos”, que podemos alargar o humano a todos os vivos, já que “a vida não é essencialmente nem principalmente humana” e que “ser-se humano é evolutivamente um progresso de leitura mas não é um privilégio, nem uma superioridade, nem um dado adquirido”. O combate a travar é pela não-hierarquização e pela mútua não-anulação entre os vivos.

Obra aberta a várias linguagens, da qual faz parte um conjunto de autores estrangeiros trazidos por MGL para a língua portuguesa, o texto llansoliano permitiu já a realização de três colóquios, no Brasil e em Portugal (em 2002, 2003 e 2005), que integraram várias formas de arte; também a leitura de um dos seus últimos livros publicados, "O Começo de Um Livro é Precioso" (Assírio & Alvim, Outubro de 2003), se faz com o seu texto e os desenhos da pintora Ilda David’.

                                                                                                                                                            Maria Etelvina Santos (15-10-2006)


Obras de Maria Gabriela Llansol:

1962 Os Pregos na Erva. Lisboa, Portugália (2a ed.: Lisboa, Rolim, 1987. Com um estudo de Augusto Joaquim)

1973 Depois de Os Pregos na Erva. Porto, Afrontamento

Geografia de Rebeldes:

1977 O Livro das Comunidades. Porto, Afrontamento (2a ed.: O Livro das Comunidades, seguido de Apontamentos sobre a Escola da Rua de Namur. Lisboa, Relógio d'Água, 1999. Com posfácio de Silvina Rodrigues Lopes; trad. espanhola: El Libro de las Comunidades. Trad. de Atalaire, posfácio de Maria Etelvina Santos. Madrid, Vision Net, 2005)

1983 A Restante Vida. Porto, Afrontamento (2a ed.: Lisboa, Relógio d'Água, 2001. Com posfácio de José Augusto Mourão)

1984 Na Casa de Julho e Agosto. Porto, Afrontamento (2a ed.: Lisboa, Relógio d'Água, 2003. Com posfácio de João Barrento)

O Litoral do Mundo:

1984 Causa Amante. Lisboa, A Regra do Jogo (2a ed. Relógio d'Água, 1996. Com posfácio de Augusto Joaquim)

1986 Contos do Mal Errante. Lisboa, Rolim (2a. ed. Assírio & Alvim, 2004. Com posfácio de Manuel Gusmão e pinturas de Ilda David´; trad. francesa: Les errances du mal. Trad. de Isabel Meyrelles. Paris, Éditions Métailié, 1991)

1988 Da Sebe ao Ser. Lisboa, Rolim

1990 Amar um Cão. Colares, Colares Editora (Incluído em Cantileno, 2000; trad. francesa: «Aimer un chien». Trad. de Alice Raillard, in: Nouvelle Revue Française (Paris), n° 522-523, Julho-Agosto 1996)

1990 O Raio sobre o Lápis. Lisboa/Bruxelas, Comissariado Europália. Com desenhos de Julião Sarmento (2a. ed. Assírio & Alvim, 2004)

1990 Um Beijo Dado Mais Tarde. Lisboa, Rolim

1993 Hölder, de Hölderlin. Colares, Colares Editora (Incluído em Cantileno, 2000)

1994 Lisboaleipzig I. O encontro inesperado do diverso. Lisboa, Rolim

1994 Lisboaleipzig II. O ensaio de música. Lisboa, Rolim

1998 A Terra Fora do Sítio. Lisboa, Expo 98

1998 Carta ao Legente. Belo Horizonte, Edições Duas Luas

1999 Ardente Texto Joshua. Lisboa, Relógio d' Água

2000 Onde Vais, Drama-Poesia? Lisboa, Relógio d' Água (trad. francesa, parcial: «Où vas-tu, drame-poésie?». Trad. de Guida Marquès, in: État provisoire de la fiction (Paris), n° 5-6, 2005)

2000 Cantileno. Lisboa, Relógio d'Água. Com posfácio de Lúcia Castello Branco

2001 Parasceve. Puzzles e Ironias. Lisboa, Relógio d'Água

2002 O Senhor de Herbais. Breves ensaios literários sobre a reprodução estética do mundo, e suas tentações. Lisboa, Relógio d'Água

2003 O Começo de Um Livro é Precioso. Com imagens de Ilda David'. Lisboa, Assírio & Alvim

2003 O Jogo da Liberdade da Alma. Lisboa, Relógio d'Água

2006 Amigo e Amiga. Curso de silêncio de 2004. Lisboa, Assírio & Alvim


DIÁRIOS

1985 Um Falcão no Punho. Diário I (Lisboa, Rolim (2a ed.: Lisboa, Relógio d'Água, 1998. Com posfácio de Augusto Joaquim; trad. francesa: Un faucon au poing. Trad. de Alice Raillard. Paris, Gallimard, 1993)

1987 Finita. Diário II. Lisboa, Rolim (2a. edição: Assírio & Alvim, 2005. Com posfácio de Augusto Joaquim)

1996 Inquérito às Quatro Confidências. Diário III. Lisboa, Relógio d'Água

Traduções:

1995 Emily Dickinson, Bilhetinhos com Poemas, Colares Editora (sob o pseudónimo de Ana Fontes)

1995 Verlaine, Sageza. Lisboa, Relógio d'Água

1996, Rilke, Frutos e Apontamentos. Lisboa, Relógio d'Água

1998 Rimbaud, O Rapaz Raro. Lisboa, Relógio d'Água

1999 Thérèse Martin, de Lisieux, O Alto Voo da Cotovia. Lisboa, Relógio d'Água

2001 Apollinaire, G., Mais Novembro do wue Setembro. Lisboa, Relógio d'Água

2002 Éluard, P., Últimos Poemas de Amor. Lisboa, Relógio d'Água

2003 Baudelaire, Charles, As Flores do Mal. Lisboa, Relógio d'Água

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