Marie-Joseph Lagrange
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Marie-Joseph Lagrange foi um teólogo francês.
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[editar] Infância
Albert Lagrange, em religião Marie-Joseph Lagrange, nasceu num meio intelectual e burguês. O seu pai era um católico liberal, ou seja, defensor da democracia numa época em que a Igreja Católica Romana não se tinha ainda «convertido» à républica e à democracia. O liberalismo, na época, é uma ideologia de esquerda.
Tinha 10 anos em 1868. Ele estuda no Seminário Menor. Nesse internato, ele aprecia a arqueologia e a geologia, então ciências emergentes; esta última é-lhe ainda estimulada e reforçada por um tio geólogo. O seu pai desejava que ele se tornasse notário. A sua mãe terá tido um sonho onde via o seu filho tornar-se padre. Aos 11 anos, o pequeno Alberto teve um primeiro apelo para o serviço divino.
[editar] Formação
Em 1872, quando faz o concurso à Saint-Cyr onde é admitido, tem um primeiro contacto com a Ordem Dominicana recentemente restaurada em França por Lacordaire, fundador da província de Toulouse. O seu pai insiste na direcção do direito, até à obtenção da licenciatura em 1878, aos 20 anos.
No que diz respeito ao catolicismo, os Lagrange sentiam-se mais próximos de Montalembert que de Veuillot, o jornalista agitador do ultramontismo e do anti-dreyfusismo. O catolicismo liberal eraeuropeu, pelo menos francês-belga.
Em 1877, o jovem Lagrange em virtude de uma conversão pessoal, solicita a sua entrada na Ordem Dominicana, voacação que não foi contrariada pelo seu pai que pensava precisamente que a Igreja tinha mais necessidade de um jurista nos tempos que corriam do que de um padre, no que não deixava de ter uma certa razão.
Passou um ano em Issy-les-Moulineaux junto dos padres do Santo Sepulcro onde se apaixona por Tomás de Aquino. Naquela época, o tomismo está em plena renovação e Lagrange apoiará a criação da revista Tomista do seu amigo Thomas Sertillanges (em 1891) para limpar o tomismo das mãos do integralismo. Passou um ano em Salamanca onde aprendeu hebreu e posteriormente três anos num convento austriaco e na Universidade de Viena onde estudou as bases da filologia, árabe, egípcio e hiérogligrafia. O meio intelectual vienense transformou-o num verdadeiro aprendiz do hebreu, de outras línguas orientais e clássicas, exégese, alemão, exégese rabínica e Mishna. Obteve também a amizade do superior do convento, Fr. Andreas Früwirth, que será duradoura e preciosa quando este se tornar mais tarde Mestre Geral da Ordem.
[editar] Obra
[editar] A Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jérusalem
O seu primeiro contacto com o convento de Saint-Etienne de Jérusalem teve lugar em 1882, onde fundou uma escola das Santas Escrituras.