Marvel Comics
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Marvel Comics, às vezes apelidada de House of Ideas (Casa de Ideias), é uma editora norte-americana de Banda Desenhada (no Brasil história em quadrinhos), com sede em 387 Park Avenue South, em Nova Iorque. Entre as suas revistas mais famosas encontramos o Quarteto Fantástico, Homem-Aranha, O Incrível Hulk, Capitão América, os Vingadores e os X-Men. Desde a década de 1960 que é uma das duas maiores empresas norte-americanas do ramo, sendo a outra a DC Comics. Tem, actualmente, um catálogo de mais de 4700 personagens.
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[editar] História
A Marvel Comics foi fundanda nos anos 30 do século XX, tendo passado por muitos nomes diferentes, sendo o mais citado o Timely Comics. A sua primeira publicação ocorreu em 1939 com o primeiro número da revista Marvel Comics, onde se deram as primeiras aparições do super-herói Tocha Humana e o anti-herói Namor, o Príncipe Submarino. Durante os anos 40, a Timely também era conhecida por publicar o seu herói patriota Capitão América.
Nos anos 50, juntamente com as restantes editoras, a Marvel atravessou tempos difíceis. Durante está década publicou principalmente histórias com monstros, em geral condimentadas ligeiramente com ficção científica. Durante esta época, a empresa foi conhecida por Atlas Comics ou Timely/Atlas.
Dado a DC Comics ter conseguido sucesso ao reviver o género de super-heróis na banda desenhada no final dos anos 50 e início dos anos 60, a Marvel decidiu seguir o mesmo caminho, tendo os seus empregados Stan Lee (edição e argumento) e Jack Kirby (arte) criado o Quarteto Fantástico. A revista foi um sucesso e a marvel começou a publicar outros títulos de super-heróis. O que teve mais êxito foi o do Homem-Aranha, por Stan Lee e Steve Dikto.
Os livros da Marvel distinguiam-se dos demais por o universo em que se desenvolviam ser mais próximo da realidade. Os argumentos exploravam a caracterização dos personagens. No caso do Homem-Aranha, ele era um jovem herói com alguma falta de auto-estima e muitos problemas mundanos, semelhantes ao de muitos adolescentes. Este novo olhar acabou por revolucionar, com o passar do tempo, a banda desenhada norte-americana. Lee ganhou prestigio e foi durante alguns anos o director da empresa.
No início dos anos 70, uma série de novos directores trabalharam para a empresa em mais uma época não favorável para esta indústria. No entanto, no final dessa década, a Marvel estava novamente de boa saúde, graças a novas estratégias de marketing na distribuição e à renovação do título dos X-Men, por Chris Claremont e John Byrne.
Nos anos 80, Jim Shooter era o director. Apesar da sua personalidade controversa, conseguiu eliminar alguns dos males da empresa - como a não publicação das revistas no prazo devido - e promover um renascimento criativo na Marvel.
Em 1981, a Marvel comprou os estúdios de animação DePatie-Freleng Enterprises do famoso animador do desenho da A Pantera Cor-de-Rosa Frit Freleng. A empresa foi rebaptizada de Marvel Productions Ltd. e produziu séries de desenhos animados bastante conhecidas, como G.I. Joe, Transformers e Muppet Babies.
Em 1988, a Marvel foi comprada pelo investidor/empresário Ronald Perelman, que colocou a empresa na Bolsa de Nova Iorque e promoveu o aumento do número de títulos publicados. Entretanto, a empresa vendeu o seu catálogo de animação à Saban Entertainment e fecharam permanentemente o estúdio de animação, optando por contratar terceiros para produzir os seus projectos de animação.
A Marvel ganhou bastante dinheiro no início dos anos 90 devido ao boom da banda desenhada nos EUA, mas a meio da década estava na falência com acusações de que Perelman tinha tirado todo o dinheiro da empresa em proveito próprio. Como consequência, a indústria de distribuição de revistas de banda desenhada sofreu um grande abalo quando a Marvel anunciou que o seu distribuidor exclusivo passaria a ser o Heroes World. A perda potencial da maior empresa da indústria, originou ao encerramento das actividades da maioria dos distribuidores. Presentemente, apenas existe uma grande distribuidora de banda desenhada nos EUA, a Diamond Distribution, o que muitos peritos julgam ter causado imenso dano na indústria da banda desenhada.
O investidor Carl Icahn tentou obter o controlo da Marvel, mas, após arrastadas batalhas jurídicas, o controlo da empresa foi entregue em 1997 a Isaac Perlmutter, proprietário da Toy Biz, uma das empresas do grupo. Com o seu sócio Avi Arad e os seus nomeados (e controversos) editor Bill Jemas e o director Joe Quesada, Perlmutter reergueu a Marvel. Além da revitalização das revistas da empresa, alguns dos seus personagens foram licenciados para se tornarem filmes de sucesso, principalmente X-Men e Homem-Aranha.
A Marvel mantem-se uma das principais editoras norte-americanas de banda-desenhada, mesmo numa altura em que a indústria é apenas uma fracção do que foi décadas atrás. Stan Lee já não está oficialmente ligado à empresa, mas permanece um nome conhecido na indústria e ocasionalmente demonstra o seu carinho pelos personagens.
Em 2001, a Marvel Comics retirou-se da Comics Code Authority e estabeleceu o seu próprio sistema de classificação para as suas revistas. Criou também novas linhas editoriais, incluindo uma destinada a adolescentes mais velhos (Marvel Knights) e outra a adultos (MAX).
[editar] Linhas editoriais da Marvel Comics
[editar] Actuais
[editar] Extintas
[editar] Marvel nos países lusófonos
As personagem da Marvel Comics têm sido, ao longo dos anos, publicadas nas mais diferentes editoras brasileiras e portuguesas.
[editar] Editoras brasileiras
- Abril Jovem
- Ebal
- Mythos
- Opera Graphica
- Panini
[editar] Editoras portuguesas
- Abril/Controljornal
- Agência Portuguesa de Revistas
- Devir