Max Horkheimer
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Max Horkheimer (Estugarda, 14 de fevereiro de 1895 — Nuremberga, 7 de julho de 1973) foi um filósofo e sociólogo alemão.
Como grande parte dos intelectuais da Escola de Frankfurt, era judeu de origem, filho de um industrial - Moses Horkheimer -, e ele próprio estava destinado a dar continuidade aos negócios paternos. Por intermédio de seu amigo Friedrich Pollock, Horkheimer associou-se em 1923 à criação do Instituto para a Pesquisa Social, do qual foi diretor, em 1931 sucedendo o historiador austríaco Carl Grünberg.
Teve como importante fonte de inspiração o filósofo alemão Schopenhauer de quem tinha um retrato no escritório. Aproximou-se "obliquamente" do marxismo no final dos anos 30, mas segundo testemunhos da época raramente citava os nomes de Marx ou de Lukács em discussões (Rolf Wiggershaus, A Escola de Frankfurt, ed. Difeel, 2002, p. 84). Apenas com a emergência do nazismo, Horkheimer se aproxima de fato de uma perspectiva crítica e revolucionária que o fará escrever, já diretor do Instituto para Pesquisas Sociais, o ensaio-manifesto, Teoria Tradicional e Teoria Crítica (1937).
Suas formulações, sobretudo aquelas acerca da Razão Instrumental, junto com as teorias de Adorno e Marcuse compõem o núcleo fundamental daquilo que se conhece como Escola de Frankfurt.
[editar] Obras
- Materialismo e Moral - neste trecho do ensaio de 1933, Horkheimer, fala da necessidade de reunificar ética e política, sentimentos morais e transformação social.
- Teoria Tradicional e Teoria Crítica - neste texto, de 1937, Horkheimer mostra a indivisão entre a teoria conceitual e práxis social. A teoria Crítica reunifica razão pensamento dualista que separa sujeito e objeto de conhecimento.
- Eclipse da Razão - Neste livro de 1955 Horkheimer faz uma diagnóstico da forma de pensar ocidental e suas limitações em face da barbárie da segunda guerra. Aqui aparece de forma filosófica pela primeira vez, a crítica da razão instrumental que o tornou um filósofo conhecido.
- Teoria Crítica Ontem e Hoje - Horkheimer apresenta nesse texto de 1970 as características de sua Teoria Crítica: filosofia e religião, teologia e revolução devem ser coadjuvantes.
- A Dimensão Estética - A arte possui um tônus revolucionário especial: não pode mudar a sociedade mas é capaz de transformar a consciência daqueles que modificam o mundo. Isso porque indica um "princípio de realidade" incompatível com a coerção política e psíquica.