Usuário:Mrcl/monadologia
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A Monadologia(1714) é uma das obras que melhor resume a filosofia de Gottfried Leibniz. Escrita ao final de sua vida para sustentar uma metafísica das substâncias simples, a Monadologia trata de átomos formais que não são [Física|físicos]], mas sim metafísicos.
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[editar] Fundamento
Leibniz fundamenta as mônadas em cinco bases, ao longo da obra:
- Matemática, pelo cálculo infinitesimal e suas conclusões antiatomstas (no sentido materialista de Epicuro, Lucrécio e Gassendi);
- Física, pela teoria das forças vivas, e, impliciamente, pela crítica à dinâmica cartesiana, cujos erros estimativos Leibniz encarregou-se de destacar;
- Metafísico, pelo princípio da razão suficiente, que - assim como a navalha de Ockham - não pode retroceder indefinidamente e requer um ponto de partida em cada ser, determinado a trabalhar por sua própria vontade ou inércia;
- Psicológico, devido ao postulado das idéias inatas, realizado nos Novos ensaios sobre o entendimento humano - que serviu de base para Kant redigir sua Crítica da razão pura;
- Biológico, pela pré-formação seminal dos corpos e a subdivisão de funções em seu desenvolvimento orgânico.
[editar] Exposição
A Monadologia está exposta através de parágrafos lógicos, geralmente derivados um do outro, até o nonagésimo. E recebe tal nome porque o autor quis retomar os termos monas (em grego: unidade), e logos (tratado ou ciência. A monadologia viria a ser, portantom o tratado das mônadas, ou a ciência da unidade.
O texto apresenta-se de maneira que o leitor pode colocar-se perguntas que o auxiliam na compreensão da obra. Assim, por exmeplo, é possível acompanhar a defesa de que o composto é derivado, extensão, fenômeno ou repetição do simples (idéia que Kant expressaria, por sua vez, na dicotomia fenômeno-noúmeno). Seria a alma uma mônada também? Se a for sim, ela é uma substância simples, caso contrário, é um composto, e não pode ser uma mônada.
[editar] Qualidades das mônadas
As qualidades básicas das mônadas são o apetite e a percepção. Entre as mônadas racionais (as almas) é necessário assinalar também a apercepção, ou seja, a reflexão e a consciência. Por outro lado, as mônadas carecem de uma figura (ainda que ocupem espaço) e - antecipando a Teoria da Relatividade - são o referencial absoluto do movimento.
[editar] Polêmica dentro do racionalismo
Quando foi escrita, a Monadologia procurou colocar, a partir do monismo, (rechaçando, porém, o pan-psiquismo espinoziano) o problema da realidade em geral, e o da comunicação das substâncias em particular, ambos estudados também por Descartes. Assim, Leibniz apresentou uma solução alternativa à questão da relação entre a mente ("o reino das causas finais" ou teleológicas) e a realidade extensa a-substancial ("o reino das causas eficientes" ou mecânicas) por meio de uma harmonia pré-estabelecida entre as mônadas e a matéria, por um lado, e entre as próprias mônadas entre si, pelo outro lado.
Leibniz impugnó el sistema dualista cartesiano en su Monadología y se propuso superarlo a través de un sistema metafísico de carácter al mismo tiempo monista (sólo lo inextenso es substancial) y pluralista (las substancias están diseminadas en el mundo en número infinito). Es por ello que una mónada es una fuerza irreductible, que da a los cuerpos sus características de inercia e impenetrabilidad y que contiene en sí misma la fuente de todas sus acciones. Las mónadas son los elementos primeros de todas las cosas compuestas.
[editar] Paradoxos e Aporias
As Mônadas são matéria, já que estão em todas as partes. Não há uma mínima porção de extensão sem Mônadas. As Mõnadas são aquilo de que se compõe a extensão, porém elas mesmas não possuem extensão; o que não significa que sejam, por sua função, nulas (pois projetam e refletem força), nem imateriais (pois acompanham a matéria), nem materiais (pois nada que seja material pode interagir com elas).
A materialidade extensa consistiria na impenetrabilidade das coisas sem extensão - a mônada, que não possui portas ou janelas - transmitida passivamente à razão de sucessões de movimento que, junto à percepção e à apercepção, integram o fazer ativo.
La materialidad extensa consistiría en la cualidad de impenetrable de lo inextenso -la mónada, sin puertas ni ventanas- transmitida pasivamente a razón de sucesiones de movimientos que, junto con la percepción y la apercepción, integran el proceder activo. Ahora bien, la mónada no puede permanecer ubicada en lo que ella hipotéticamente genera, la extensión misma, antes del acto generador, acaecido en el tiempo. De manera que extensión y mónada coexisten acausalmente y por creación intemporal, pese a vincularse de forma recíproca según las apariencias.
En resumen, se afirma que la materia es extensa, pero no sólo extensa. Está formada de mónadas inextensas. Luego ¿es extensa e inextensa? No, ya que la función de la mónada es constituir la materia, sin que pueda decirse que ésta sea nada en concreto. La clave es saltar de la afirmación "la materia es h o es b" a la negación rotunda: "la materia no es".
[editar] Conclusiones filosóficas
Esta teoría conduce:
Al idealismo, porque se niega la realidad en sí y se multiplica a través de sus diferentes puntos de vista. Las mónadas son "espejos indestructibles del universo". A lo que se ha venido llamando "optimismo metafísico", por el principio de razón suficiente, que se desarrolla de la siguiente manera: Todo es por una razón (según el axioma: de la nada, nada sale); Todo lo que es tiene más razones para ser que para no ser (que sea es la mejor razón); Todo lo que es también es mejor que lo que no es (por el punto "a": al ser más racional, contiene más ser), y, por consiguiente, es lo mejor posible (en base al axioma: lo que contiene más ser es mejor que lo que contiene menos ser). De ahí la tesis del mejor de los mundos, esto es, aquel "dotado de mayor variedad de fenómenos en base al menor número de principios". A la justificación del libre albedrío, por la armonía preestablecida. Ésta refuta el fatalismo de las causas eficientes o geométricas (Spinoza), distinguiendo entre predeterminación -ya que nada de lo que deviene es indiferente, pues cuenta con una razón para ser antes que no ser- y necesitación -dado que todo lo que es pudo haber sido de otro modo en la infinidad de mundos posibles, con lo que no es necesario en el sentido de ser su opuesto contradictorio.
