Nicolai Hartmann
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Filósofo alemão (Riga, 20 de fevereiro de 1882 - Göttingen, 9 de outubro de 1950).
Foi professor em Marburgo, Berlim e em Göttingen. Seus primeiros trabalhos orientam-se segundo o neokantismo da Escola da Marburgo. Posteriormente, altera sua posição teórica, sob a influência da fenomenologia e das filosofias de Hegel, Max Scheler e Wilhelm Dilthey, embora não se prendesse a qualquer uma delas.
Caracteriza-se pelo esforço constante de repensar problemas filosóficos fundamentais, utilizando outas influências apenas para lançar luz sobre a natureza dos problemas tratados e sobre suas possíveis soluções. Sua filosofia é sistemática, no sentido de que se propõe a examinar os problemas básicos da filosofia em toda sua extensão, mas não no sentido de forçar esses problemas a entrar numa prévia construção metafísica. Trata-se de uma filosofia dos problemas e não um filosofia do sistema. Por isso, Hartmann pôde aproveitar também elementos do pensamento clássico, aliando pensadores que parecem tão distintos como Aristóteles e Hegel.
Foi um dos poucos pensadores do século XX que se preocupou com todas as disciplinas filosóficas, desenvolvendo não apenas um teoria do conhecimento e uma ontologia, mas também uma estética, uma ética, uma filosofia do espírito e uma doutrina de categorias na qual se insere a maior parte de suas investigações. Conclui que em toda teoria do conhecimento há elementos metafísicos e em toda metafísica há elementos gnosiológicos.
No campo da ontologia, dedicou-se ao exame de diferentes tipos de categorias, tanto as que estruturam o mundo real quanto as que estruturam o mundo do espírito. Entre suas obras destacam-se:
- Metafísica do conhecimento;
- O problema do ser espiritual;
- A filosofia do idealismo alemão;
- Ontologia.