O Barão de Lavos
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O Barão de Lavos é um romance do escritor português Abel Botelho, publicado em 1891, com uma segunda edição revista em 1898 publicada pela Livraria Chaudron. É o primeiro volume da série Patologia Social.
[editar] Resumo da obra
Sebastião, o barão de Lavos, seduz Eugénio, um vendedor de cautelas do Passeio Público. Põe-no por conta numa casa que possui, mas acaba por se apaixonar pelo jovem. Quando este se começa a sentir mais à vontade, inicia-se a explorar finaceiramente o barão. Este cada vez mais envolvido, traz Eugénio para o seu circulo social. A proximidade com a baronesa, esposa de Sebastião, cria nesta e no jovem uma atracção, e os dois tornam-se amantes. Quando o barão os descobre, começa a sua queda vertiginosa, em que acabará arruinado e morto por jovens delinquentes.
[editar] Tema
É considerado o primeiro livro em Portugal a tratar do tema da homossexualidade, e a não a pedofilia como possa parecer na actualidade. À época da primeira edição, o escândalo e atracção em relação ao livro deviam-se ao primeiro dos temas. Além disso, Eugénio tem 16 anos, e no final do livro o autor informa-nos que as preferências dele mudaram, preferindo "(..) tipos de músculo e de força, dos marujos, dos militares e dos cocheiros." (Capítulo XV)
O livro apresenta a homossexualidade do protagonista como uma doença, com causas como a origem ilegítima da família e os males da vida e sociedade lisboeta.
[editar] Análise Moderna
Existe um artigo pelo historiador da literatura portuguesa, Robert Howes, com respeito do romance. Establece e explica a relação entre o livro e o escândalo contempôraneo envolvendo as "excentricidades" (como foram referenciadas as suas aventuras homossexuais) do 2º Marquês de Valada. Foi publicado na revista inglesa Sexualidades em 2002.