O Mistério da Estrada de Sintra
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Eça de Queiroz, em parceria com Ramalho Ortigão, publicaram no Diário de Notícias O Mistério da Estrada de Sintra, sob a forma de folhetins.
O Mistério da Estrada de Sintra é a primeira narrativa de cariz policial da literatura nacional. É a primeira narrativa de cariz policial da literatura nacional.
A história começa com o sequestro de um médico - DR. TTT - e do seu amigo - F., um escritor. O rapto, realizado por quatro mascarados, ocorre na estrada de Sintra. O Dr. TTT e o seu companheiro são levados para uma misteriosa casa, onde se encontrava o cadáver do inglês Rytmel. Sabendo que um deles era médico, os raptores pretendiam verificar se, de facto, o homem estava morto. Entretanto, são surpreendidos pela entrada de um jovem - A.M.C., que viria a esclarecer todo o mistério.
Rytmel era, afinal, um oficial britânico que morreu vítima de uma dose excessiva de ópio que lhe dera a amante - Luisa, condessa de W., prima do mascarado alto. Esta desejava apenas adormecê-lo para confirmar nos seus papéis se ele era ou não casado com uma irlandesa.
Luisa era casada com um homem rico que não a fazia feliz. Conhecera Rytmel numa viagem que fizera com o marido e com o primo a Malta. Carmen disputara Rytmel com Luisa. Quando Rytmel anuncia a Luisa a sua vinda, esta suspeitando do seu casamento com Carmen, enciumada, mata-o involuntariamente.
A.M.C., estudante de Coimbra honesto e provinciano, ouviu as confidências da condessa e dispôs-se a ajudá-la na noite do falecimento de Rytmel, em que a encontrara desvairada e nervosa. Quando volta ao local do crime, a pedido de Luisa, encontra os bandidos, o médico e o seu amigo.
Todos juntos, julgariam a atitude de Luisa e fariam o enterro do pobre inglês. Luisa acaba por se isolar num convento.