Papa Estêvão VII

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Nota: Se procura o papa que pontificou desde o final de 928 ou início de 929 até 931, consulte Papa Estêvão VIII.

Papa Estêvão VII (à esquerda).

O Papa Estêvão VII (VI) foi o 114º papa. Foi eleito em 22 de Maio de 896 e morreu em Agosto de 897. Sucedeu o Papa Bonifácio VI. Morto Bonifácio VI, o partido dos duques de Espolêto elevou ao trono pontifício o romano Estêvão, filho de João. Com ele entrou em Roma o poder de Lamberto de Espolêto. A mãe deste, a terrível Ageltrudes, fez com que Estêvão reconhecesse como único imperador a Lamberto, reprovasse os atos do finado papa Formoso, que coroara Arnolfo da Alemanha. Abusando da condescendência de Estêvão, os partidários de Lamberto instituíram um tribunal que passou à História com o nome de "sínodo cadavérico". À presença de Lamberto e da imperatriz-mãe, rodeados de eclesiástico, foi trazido o cadáver mumificado de Formoso, retirado sacrílegamente de seu ataúde. Foi o corpo assentado num trono e acusado de grande crime(!) de haver aceito ser papa (bispo de Roma), quando já era bispo de Porto. A vingança política buscou esse frágil pretexto! Intimado a se defender(sic), foi o morto julgado criminoso, despojado das insígnias pontificais; cortaram-lhe os dedos da destra que abençoara as multidões; o corpo foi depois atirado ao rio Tibre, que, mais piedoso, o depôs junto à igreja de Porto, onde o povo que lhe guardava enorme carinho e admiração, lhe deu sepultura provisória na pequena igreja de Santa Inês. Os tempos eram de ferocidade inaudita, mas nas poucas notícias deste caso, devemos dar grande desconto às palavras parciais de Liutprando, relator dessa época e feroz inimigo de Estêvão e Lamberto. Estêvão VI, aliás, acabou seus dias, aprisionado por seus ex-amigos e estrangulado. Papa Sérgio erigiu-lhe um mausoléu, com uma inscrição em que se conta seu trágico fim devido exclusivamente à ingerência de partidos político civis. Quanto a Formoso, seu maltratado corpo foi sepultado entre papas, por Teodoro II; sua memória foi defendida plenamente por João IX.