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Discussão:Paulo Freire - Wikipédia

Discussão:Paulo Freire

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

As modernas tecnologias numa perspectiva Freireana


Carlos Maldonado – cmaldonado@terra.com.br


A tecnologia moderna é fruto de uma ciência desacostumada a reconhecer-se eticamente. De uma ciência hiperespecializada que perdeu desde há muito uma perspectiva de conjunto, de totalidade, de inserção ou necessidade social. De um conhecimento atomizado que não consegue estabelecer uma visão ampliada do objeto e muito menos situá-lo na eco-realidade relacional humana. A par disso, edificou-se uma estrutura burocratizada, utilitária e economicista para a produção científica. Poucos cientistas são sujeitos, (no sentido da ação consciente), do próprio conhecimento que produzem. E o conhecimento produzido nasce com proprietário, planejamento de conversão industrial, análise de produção e mercado. Com esse formato a ciência tem dono e capacidade e necessidade de afirmação ideológica. É uma ciência a serviço de uma determinada ordem que a possibilita. Contém nesse desenho pelo menos duas facetas e utilidades: a) ser a possibilitadora de tecnologias de incremento produtivo ou de inovação mercadológica, isto é, transformar-se em insumo ou produto, e b) ser o espaço privilegiado da prospecção política e econômica estratégica, isto é, transformar-se em informação reservada para o planejamento do Estado, condição em que geralmente ganha a aura de top secret. E daqui brota uma contradição: possibilitando alterações paradigmáticas, continua assentada no velho modelo, que independentemente da intencionalidade, ajuda a ultrapassar e destruir. Provinda de uma base produtiva com tais características, a tecnologia apresenta-se como herdeira legítima e fiel das virtudes e defeitos que a engendraram. Em algumas áreas irrompe com uma força de impacto inédita, alterando com uma temporalidade inaudita as relações, até o seu surgimento, conhecidas. Foi, por exemplo, o que aconteceu na área das comunicações de massa. A partir dos conhecimentos que possibilitaram a telefonia (1876), o telégrafo (1895), as emissões de rádio (1920) e a TV transcontinental (1965), chegamos com menos de 30 anos após aquela última, à popularização da internet, que hoje encontra-se em plena fase de expansão. (Índices de crescimento próximos de 100% ao ano em 1998/99). O novo meio representa uma revolução comunicacional indiscutível. Incorporamos som, texto, imagem e movimento em uma única plataforma, com capacidade interrelacional em tempo real. A figura do emerec (emissor – receptor) que Jean Clautier afiançava nos anos 70 está hoje absolutamente incorporada à nossa realidade. A marca de 50 milhões de usuários, que foi alcançada pelo rádio em 30 anos e pela TV em 13, em apenas 4 foi ultrapassada pela internet. A estimativa conservadora é que chegaremos no ano 2000 (daqui a um ano), com 300 milhões de usuários, sendo que Nicholas Negroponte aposta na marca de 1 bilhão para a mesma data. Enquanto engatinhamos em relação às possibilidades de uso do novo meio o correio americano anunciava em 1997 uma redução de 30% no volume das correspondências naquele ano, efeito direto da popularização do correio eletrônico. Tendo sido idealizada e construída sob o espírito da guerra fria, com a perspectiva de sobreviver às condições de guerra mais catastróficas, a internet possui uma estrutura de funcionamento que se assemelha a uma rede com nós inteligentes, replicáveis e auto-suficientes. Um modelo anárquico e subversivo se comparado com a estrutura política e econômica. A rede é horizontal, descentralizada, de domínio público, universal no acesso e composição, multilíngue e politemática. Uma criatura que nega em suas existências as razões do criador. É bem verdade que não está imune à racionalidade da sua época: há movimentos explícitos de busca de controle ou hegemonia em seu interior; seja pela censura (moral, religiosa, política), seja pelos interesses comerciais que cada vez mais assombram-se com o seu potencial econômico. A utilização educacional da internet causa polêmica. De um lado as objeções assentadas na impessoalidade das relações ali estabelecidas, na vocação tecnicista e tecnificante intrínseca, na reprodução (pretensamente modernizada) do modelo alienante onde o aluno é objeto do ensino, na tentação quantitativa de um sistema de avaliação facilmente idealizável a partir das condições de automação própria no meio, na possibilidade do surgimento de um novo modelo de neo-colonialismo cultural cujas bases estariam assentadas na hiperexposição às temáticas, questões e cultura hegemônica na rede, (estima-se, por exemplo, que mais de 60% dos usuários são norte americanos), e a manipulação sub-reptícia e intencional da comunicação estabelecida, e ainda na possibilidade da importação de matrizes educativas que poderiam ser transplantadas às distintas realidades nacionais, repetindo experiências anteriores já conhecidas. De outro lado, acredita-se que a internet pode representar o instrumento fundamental para a educação permanente, uma forma de democratizar o conhecimento inovar os processos educativos com a universalização do acesso ao meio, o incremento da qualidade informacional e os baixos custos. Afirma-se a possibilidade humanizadora da rede, o estabelecimento de relações intersubjetivas, a capacidade intrínseca do estímulo à curiosidade, à investigação, ao conhecimento relacional. Intui-se a possibilidade da modelagem lúdica do processo educacional, e da facilitação do tratamento político do conteúdo de aprendizagem. Na mesma vertente contrapõem-se à idéia do neocolonialismo cultural, a possibilidade da afirmação de ciberespaços com identidade coletiva própria, seja pela afinidade lingüística, ética, temática ou política, entre outras. A internet passa a ser entendida como uma extensão incorpórea, mas real do mundo. Uma nova expressão comunicacional e intercomunicacional que amplia a possibilidade de compreensão do mundo pela ampliação efetiva da capacidade de ver, ouvir e falar das pessoas. Quando Paulo Freire esteve em MT em 1995, incitado a discorrer sobre a questão contou uma história: Que havia algum tempo um seu neto, lhe disse que recebeu um e-mail de uma pessoa da Alemanha que queria comunicar-se com ele, e que não tendo o endereço buscou pela internet formas de encontrá-lo. Essa pessoa deve ter remetido e-mails para todos os Freires que conseguiu localizar no Brasil e, mesmo não estando conectado na Internet o Freire que procurava recebeu o seu apelo. Na ocasião ele nos confessava a sua perplexidade. E dizia que era inexorável convivermos com aquilo. O problema não estava no meio, mas no uso e inclusive nas implicações éticas desse mesmo uso. Dizia que não se sentia desafiado, com a sua idade, pela tecnologia em estado bruto, mas que problematizava sim a apropriação humana da mesma e a extensão do acesso à população marginalizada. Em “À Sombra desta Mangueira”, livro publicado no mesmo ano, Freire dizia:

“Não baixa a cabeça diante de o indiscutível poder acumulado pela tecnologia porque, sabendo-a produção humana, não aceita que seja, em si, má. Sou um ser que rejeita pensá-la como se fosse obra do demônio para botar a perder a obra de Deus”.

Como Freire, entendemos que a polêmica não se sustenta, pois ambos os lados estão certos e errados. A internet nem é um espaço de Deus nem é do diabo. É um espaço sobre o qual cabe o exercício da possibilidade histórica de apreensão, ação e transformação. Sem negar quaisquer dos argumentos, cremos que algumas questões se impõem numa primeira aproximação temática:

A) Ciberespaço – a partir das relações Homem – Máquina criaram-se as condições para a edificação de um espaço artificial que reproduz o mundo e disponibiliza-o, recriado, a uma nova forma de habitação.

   Que mundo emerge dessa relação?

Em que nos apropriamos e em que somos apropriados? Como se processa a re-territorialização desse novo cidadão do ciberespaço? Quais os seus referentes? Há possibilidade de identificações vivenciais que propiciem o ganho ou a ampliação da consciência política e humana?

B) Sujeito virtual – o anonimato esquizofrênico, com a possibilidade da expressão de múltiplos eus como se reflete no outro e em mim? O sujeito virtual adquire personalidade ou multiplica-se em personagens? Qual a sua realidade? O ser perde contato com o real ou o real desmaterializado o desmaterializa também? Como se estabelecer círculos humanizados / humanizadores na rede? Qual conformação dialógica se estabelece? A mediação instrumental de apresentação (som, texto, imagens) estabelece que tipos de relações dialogais?

C) Reconstrução da linguagem – Além da letra, o signo, a cor, o som, o movimento. Quais domínios de expressão demandam as comunicações na rede? A internet afirma novas práticas lingüísticas? A estética é uma linguacultura? Chegaríamos a um esperanto semiótico virtual? Como se apresenta o problema do tempo na comunicação? Numa relação que estabeleci com uma cearense de quem nunca vi o rosto, uma semana sem resposta a um e-mail recebido foi uma afronta imperdoável, a partir da qual nunca mais estabeleci contato. Estas são apenas algumas mínimas questões de um mundo que não conseguirá, em curtíssimo tempo, ser explicado pelas velhas ferramentas de uma mórbida ciência agonizante. Quando lembro dos meus professores percebo a impossibilidade concreta da educação que temos. Em geral os catedráticos são caquéticos. Catedrático é também o nome de um imposto que se paga ao bispo em sinal de submissão. O bispo da educação é a universidade com todos os papas que a habitam. Uma ciência necessária seria aquela que liberte os homens de si mesmos. Que os dignifique pelo sentido cósmico que possui a existência. Para isso teria que ser simples e definitiva como um beijo na boca. Aliás, como um beijo genesíaco, o primeiro, o inaugural de uma relação. Os que vêm depois já seriam tecnológicos, possivelmente. Múltiplos beijos inaugurais pressupõem uma capacidade permanente para o amor, para as sensações lúdico-gozosas que não estão no beijo em si, mas no universo de sentidos que ele possibilita. Múltiplos beijos inaugurais significam múltiplas parcerias amorosas, múltiplas entregas e recepções, múltiplas descobertas únicas. Os próximos 100 anos inventarão um mundo absolutamente inimaginável. Esse mundo requer uma formação humana inaudita, onde a ética poderá ser a condição supervivencial da espécie. Uma ética acutilada pela ciência. Em muitas situações, humilhada por ela, ridicularizada. Uma ética que apenas com toques de milagre poderá antepor-se à força bruta dos interesses cristalizados, das estruturas (materiais e espirituais) enraizadas, das capacidades de manutenção e conservação que possui o status quo. A subversão da desordem posta não nascerá das instituições que lhe dão causa. Pouco ou nada podemos esperar das catedrais do conhecimento, da fé, da produção. Mas muito podemos temer da sua inteligência. Ela não é contra nós, e essa é a nossa perdição. Ela apenas é por si. Com o vigor de quem quer viver e sabe que a morte a espreita sorrateira. Sabe que a sua morte é a nossa vida, mas que nós não sabemos disso. E o que é pior, a nossa morte não significa para ela o fim da ameaça, pois a ameaça a habita. Estamos no pior papel. A nossa existência é indiferente. Até que tenhamos consciência de quem somos e do papel que desempenhamos ou que poderemos desempenhar no evolvimento humano. Só poderemos combater a força dessa ciência bruta com a invenção de uma nova ciência, que como no jogo do papel, da tesoura e da pedra, a consiga embrulhar. Precisamos de uma ciência mole. Onde o coração tenha vez. Onde os olhos que brilham possam ter a esperança de um cantinho iluminado. Uma ciência que abra os olhos dos homens para o pouco tempo de que dispõem na sua fugaz existência, uma ciência que possa dar sentido à vida, no que entendo por vida e condição de existência: inteligência, amor e liberdade. Para onde, entretanto, caminhamos? Numa rápida, perfunctória e incompleta enumeração, citaríamos alguns campos de investigação prosaica com os quais convivemos hoje: a) Comunicação digital global – telefonia, internet e TVs b) Sensoriamento remoto via satélite (com aproximação de até 5mts em experiência militar) c) Mapeamento do DNA humano. (de mão de obra a matéria prima...) d) Manipulação genética Espécies vegetais (ganho de produtividade) e animais (clonagem) desenvolvimento laboratorial de órgãos, novos seres. e) Capacidade de prolongamento artificial da vida (químico-mecânico), o que coloca o problema da redefinição da morte. f) Nascimento extragravitacional e prospecção de água no sistema planetário. g) Tentativa de identificação termodinâmica ou elétrica dos impulsos cerebrais e do pensamento. h) Digitalização cerebral j) Inteligência artificial k) Transplante de cabeça (ou de corpo?) l) Automação e robótica (incorporação de elementos biológicos nas máquinas e vice-versa incorporação de elementos eletro-mecânicos nos seres) (o marca-passo é um exemplo pueril) m) Manutenção da capacidade vital, via congelamento após a morte clínica. n) Desintegração/integração atômica o) Colônia marinha de vida e produção p) Previsão e manipulação das condições climáticas. q) Nanotecnologia

Com tais cenários iniciais colocados na prospecção imediata do novo século que se inicia no ano que vem, poderíamos nos perguntar sobre os desafios de ação na perspectiva Freireana. E confesso que, certamente por ignorância, tenho dificuldades em identificá-los. Primeiro, porque me assusta a deificação. Qualquer uma. E aqui, neste encontro-seminário, Paulo Freire é uma memória desumanada. A desumanização intuo, conspira a favor do velho, da permanência cristalizada, e é ao mesmo tempo o bilhete de ingresso para o baile oficial. Se Paulo Freire não era isso, por que fazemos isso com a sua lembrança? A quem serve uma idéia encarnada que agora vemos disposta a adornar salões? Numa perspectiva Freireana o máximo que encontro é o já dito: diante do poder tecnológico sobra apenas uma aposta ou uma fé – que sendo obra humana, contra os humanos não conspire. Fica-me, entretanto a sensação de incompletude e insuficiência. Mas nenhuma culpa iconoclasta. Freire foi homem de outro tempo; de um tempo que ajudou a humanizar e a dignificar. Não foi um profeta, foi pensamento em ação. Em segundo, amplio a aposta para tentar uma resposta arbitrária e irresponsável a partir da idéia do homem e da obra. Se Paulo nascesse daqui a 50 anos, e se fosse o mesmo inquieto homem que pudemos conhecer e conviver, o que poderíamos projetar a partir da sua história? Talvez: a) A reinvenção ética sob o espaço de um humano transantropocêntrico, planetário e radical? b) A problematização política das prioridades sob o ponto de vista das novas possíveis minorias geneticamente modificadas? c) A reinserção do campo da cultura sob a ótica da diversidade e da diferença? d) A disponibilização de acesso e uso dos patrimônios histórico, cultural e tecnológico à população que mesmo daqui a 50 anos ainda estaria excluída? e) A incorporação das dimensões éticas e políticas na discussão dos impactos tecnológicas opressores, bem como a agrupação tecnológica nos processos de educação popular, ainda lá necessária? Talvez o que importe seja a contribuição radicalmente humana que Paulo Freire legou a esta época. E a lição das cabeças levantadas que podemos entender como desejo profético, ou ao menos esperança. Fica ainda o exemplo de uma vida dedicada a amolecer a ciência pela afirmação do humano que ama, e que amando, afronta a opressão pela inteligência do riso, que só os corações libertos podem ter. E em 100 anos, talvez toda ciência atual seja uma tênue lembrança histórica, mas sobreviverão como condições da espécie essa tríade formosa: Liberdade, Inteligência e Amor. Talvez seja a liberdade uma nova ciência, e a inteligência, mais que o conhecimento, e o amor... As ciências de um novo milênio que se inicia nos incitando às sabedorias dos beijos inaugurais, de boas vindas e de compromissos – com a vida e com tudo que leve o seu nome.

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