Pedro de Lencastre, Duque de Aveiro
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D. Pedro de Lencastre (1608 Azeitão - 23 de Abril de 1673) foi o 5º Duque de Aveiro e o 5º Marquês de Torres Novas. D. Pedro era filho da 3º Duquesa de Aveiro, D. Juliana, herdando o ducado do seu sobrinho, D. Raimundo em virtude deste não ter tido filhos legítimos.
Quando herdou o Ducado de Aveiro, D. Pedro era Arcebispo e Inquisidor-Mor do Reino e, sendo eclesiástico não chegou a ter filhos.
Destinando-se à vida eclesiástica, frequentou a Universidade de Coimbra, sendo nomeado Bispo da Guarda por D. [[João IV] de Portugal], conselheiro de Estado em 1648, Arcebispo de Évora, transferido para Braga, nomeado em 1651 presidente da mesa do Desembargo do Paço, e após 1654cedeu a prelasia bracarense. Em 1671 eleito arcebispo titular de Sida, inquisidor-mor.
Quando seu i D. Raimundo foi para Espanha, a casa foi confiscada, mas D. Pedro e outros fidalgos opuseram-se a esta sentença de confiscação e no fim de demorada luta, venceu D. Pedro, sendo em 1668 reconhecido como herdeiro da casa, 5º Duque de Aveiro, Marquês de Torres Novas, etc. Para esse fim escreveu o padre Bebiano Pinto da Silva a «Allegaçam de direito por o senhor D. Pedro, sobre a successão de estado casa e titulo duque de Aveiro», Lisboa, 1666 -e «Satisfação que se dá ao que a favor do sr. Marquez de Gouvêa, etc. contra o direito sabido do sr. D. Pedro, etc». Lisboa, 1667.
Sua irmã, D. Maria Guadalupe, que acompanhara sua mãe e seu irmão D. Raimundo para a Espanha, depois de feita a paz entre Castela e Portugal no ano de 1668, promoveu nova demanda contra D. Pedro, pretextando os seus direitos à casa de Aveiro, apresentando-se também outros pretendentes; poucos anos depois de começada a questão, faleceu D. Pedro, não deixando, contudo, de prosseguir o litígio, que só se decidiu em 1679 a favor de D. Maria Guadalupe.