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Pindaí - Wikipédia

Pindaí

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Pindaí
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Brasão desconhecido
Bandeira desconhecida
Brasão desconhecido Bandeira desconhecida
Hino
Aniversário
Fundação Não informado
Gentílico Não informado
Lema
Prefeito(a) Valdemar da Silva Prado
no cargo até 2008
Localização
Localização de Pindaí
14° 29' 34" S 42° 41' 13" O
Estado Bahia
Mesorregião Centro-Sul Baiano
Microrregião Guanambi
Região metropolitana
Municípios limítrofes Não informado
Distância até a capital Não informado
Características geográficas
Área 715,482 km²
População 14.706 hab. est. 2006
Densidade 20,6 hab./km²
Altitude metros
Clima Não informado
Fuso horário UTC -3
Indicadores
IDH 0,641 PNUD/2000
PIB R$ 24.072.602,00 IBGE/2003
PIB per capita R$ 1.597,60 IBGE/2003

Pindaí é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população estimada em 2004 era de 14.939 habitantes.


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Índice

[editar] Historia e Memórias da Educação de Pindaí

by Professor Joao Wilker Guimaraes Silva pedagogo e aluno de Administração pela UNEB-XII -Trabalho monográfico apresentado como conclusao do curso de Pedagogia em 2005. trecho da Análise de dados.

[editar] 4 Onde e quando tudo começou

4.1 Um breve recorte histórico

"A existência da velha denominação “tapera” dada a um sítio a noroeste de Guirapá, nos permite supor que ali se estabeleceram os primeiros povoadores daquela parte do Alto Rio das Rãs, antes da formação do antigo arraial que, mais tarde, foi a Vila Bela de Umburanas, que atualmente pertence ao município de Pindaí." (TEIXEIRA, 1991, p. 45)

E foi então, por relatos em livros como o de Teixeirinha e depoimentos de pessoas remanescentes entrevistadas, na antiga Fazenda Tapera a qual ainda existe, a aproximadamente 06 quilômetros do distrito de Guirapá, foi que surgiram as primeiras moradias que, anos depois, veio a se espalhar e formar a antiga Vila Bela de Umburanas, atual Guirapá, cujas povoações descambou-se morros abaixo até a formação antiga Vila de Gameleira, atual Pindaí.

Tais aglomerados de casas surgiam devido ao crescimento de pequenas fazendas em que os donos cediam terrenos próximos as suas residências para a construção de casa para seus serviçais. Nessas vilas e fazendas com varias casas, que iam de boas até as de enchimento com taipa revestida de barro, a passagem de tropeiros e bruaqueiros se tornava comum os quais viajavam dias e noites sob sol e chuva para vender suas mercadorias que iam de utensílios domésticos, alimentos não perecíveis até ferramentas e peças de vestuário. Os tropeiros geralmente se encontravam em grandes grupos nas antigas vilas da região para vender seus produtos e ficavam até sete dias no local das vendas.

Figura 01- Feira velha do antigo barracão

Na Vila de Gameleira, nome dado pelos moradores devido ao grande presença da árvore de mesmo nome, a antiga feira livre, hoje relembrada como “feira velha do antigo barracão” que acontecia no centro da atual Praça Luiz Eduardo, antiga Praça do Esporte, era ponto forte de comércio dos moradores, tropeiros e viajantes vindos de toda a região o que contribui fortemente para desenvolvimento comercial da vila.

Com um acesso mais fácil para vender e comprar mercadorias e na obtenção de arrumar algum trabalho ou abrir um possível comercio as pessoas se deslocavam de lugares mais longínquos da região para se instalarem próximo as vilas e arraiais. E assim crescia vilas, povoados e fazendas que pertenciam ao antigo município de Duas Barras, atual Urandi. Sendo assim, com as Leis Administrativas, datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937 e o Decreto de Lei Estadual número 10.724 de 30 de março de 1938 integram ao município de Duas Barras, em apreço, quatro distritos sendo o da sede que ficava com o nome de Urandi, o de Piedade, São João da Gameleira e Umburanas. Já no qüinqüênio de 1939 a 1943 no Decreto Estadual número 11.089 de 30 de novembro de 1938 o Distrito de São João da Gameleira aparece como simplesmente Gameleira. No qüinqüênio de 1944 a 1948 com o Decreto Estadual de numero 12.978 de 01 de junho de 1944 os distritos sofrem a mudança nos topônimos distritais sendo que de Piedade passa a se chamar Tauape, de Gameleira para Pindaí e de Umburanas para Guirapá. Tal mudança permaneceu para os qüinqüênios posteriores de 1949-1953 e 1954-1958.

Figura 02 - Vista parcial de Pindaí - 2004

O nome de Pindaí é de origem indígena - do Tupi-Guarani - Rio da Pesca ou Rio do Anzol (Pind = Rio + Ai =anzol, pesca). Este nome foi dado pela professora Eponina Zita, natural de Caetité que na época trabalhava em Urandi, mudança esta que baseava-se na Lei Estadual 12.978 de 01 de junho de 1944 que determinava a mudança dos nomes de cidades e distritos que tivessem nomes idênticos. Após levantar algumas características locais da região e sabendo no números de nascentes de água doce na serra bem como a principal que era o Rio de Contendas surgiu então o nome de Pindaí que foi apresentado e aceito. Este nome permaneceu até o ano de 1965 quando foi apresentado, devido a grande produção de algodão que existia na cidade na época, o nome de Ouro Branco. Porem este nome não se oficializou devido coincidir com um distrito de Jacobina, no estado da Bahia, voltando então ao seu nome anterior.

Pindaí desmembrou-se de Urandi pela Lei Estadual 1.617 de 13 de fevereiro de 1962 publicada no Diário Oficial do estado da Bahia no dia 20 de fevereiro de 1962. Assim ficou com o Distrito de Guirapá pertencente ao seu território. No mesmo ano foram feitas as eleições para prefeito e vereadores elegendo-se para o executivo o Sr. Jerônimo Borges de Carvalho tomando posse no dia 07 de abril de 1963. Desde a emancipação a cidade teve como gestores municipais os Srs. Jerônimo Borges de Carvalho (1963–1966, 1971–1972) já falecido, Juarez Tudes Novato (1967–1970, 1977–1982), Francisco Teixeira Cotrim (1973–1976, 1983–1988) já falecido, João Evangelista Veiga Pereira (1989–1992, 1997–2000), Valdemar da Silva Prado (1993-1996, 2005) Antonio Rodrigues Gomes(2001-2004).

A cidade de Pindaí está localizada na região da Serra Geral, sudoeste do estado da Bahia. Cidade de pequeno porte com o total de 15.494 habitantes sendo que desse total 3.631 são da zona urbana e 11.863 da zona rural sendo assim uma cidade com uma zona rural extensa particularizando sua grande cultura agrícola.

[editar] 5 A educação bate à porta

5.1 A Primeiras escolas e os primeiros Professores

São pessoas, na sua maioria analfabetas, mas que refletem uma sabedoria nata que nos ensinam a encarar a questão cultural, não apenas do lado culto ou letrado, mas ao seu modo. (MENDES, 1996, p.15)

Com as dificuldades que existia nas varias das pequenas cidades e vilas do interior baiano, não foi diferente em Pindaí no que se tratava da distancia que existia entre a sede do município e as vilas e povoados que se formavam nos emaranhados da Serra Geral. A falta de transportes para se locomover para os centros urbanos era um problema que afetava em primeira plano a saúde e em seguida a educação. Sendo assim os professores teriam que ser trazidos das cidades que já tinham o curso de formação de professores ate a região onde se encontrava a vila. O município de Pindaí, na década de 30 teve o privilegio de receber da cidade de Caetité e outras cidades mais próxima que tinha o curso de magistério, os primeiros professores para darem, na Vila de Gameleira e na antiga Vila Bela de Umburanas, o inicio a uma educação que iria se prolongaria por muitos anos.

A educação de que tanto se falava nessas épocas remotas não passavam da passada de pai para filho dentro das extremidades das fazendas. A concretização de professores, vindos de outras cidades, aparecendo dentro das grandes fazendas para trabalharem, em primeiro plano, com a educação dos jovens filhos e filhas dos fazendeiros bem como os filhos e filhas dos empregados era algo mais que fantástico.

Mas o primeiro professor do qual se tem registros na Vila de Gameleira, veio da cidade de Urandi, na época chamada de Duas Barras, mesmo não sendo formado. Era o Professor Celso, já falecido, onde ensinou para a primeira turma de alunos que se tem registros orais no município, denominada de Escola Pública de Gameleira. Em 1936 dava-se inicio a primeira turma de alunos reconhecida como escola a qual funcionou na antiga casa de Dona Dalva Matos, posteriormente vendida para a Senhora Estela que funcionou muitos anos como pensão, localizada em frente a pensão de Dona Mariquinha. A sala de aula funcionava num pequeno quarto do lado esquerdo da casa cujas medidas era de 3 X 4 metros e de telhado bastante alto. Havia uma porta e uma janela pequena e nos seus primeiros meses funcionou sem quadro-negro até a aquisição de um feito de madeira escura. As primeiras turmas funcionavam com, em torno de quinze alunos cada turno. Por vários motivos, muitos desistiam depois de semanas de aula, já outros ficaram nesta mesma escola por mas de dois anos. Em seguida, junto com o Professor Celso, deram aulas também nesse local a professora de Caetité Dona Josefina e Dona Osvaldina Prates.

Figura 03 - Casa de Dona Dalva - 1974

Outras duas residências que foram cedidas para o funcionamento de escolas publicas foram a antiga casa de Dona Celina, já falecida, hoje demolida, localizada na Av. Tibério Fausto e a casa de Dona Elza esposa do Sr. Miguel Aranha localizada na Rua Santo Antonio, no bairro Rua de Cima como era chamado pelos moradores até receber nova nomenclatura de Bairro Alvorada. As professoras que ensinaram nessas três residências, da década de 30 até começo da década de 50, também vindas de Caetité, foram Dona Lita (Angelita Silveira), Dona Terezinha Silveira, Dona Ceci e Dona Nena. Existem também relatos orais de uma residência onde funcionou uma escola tendo como professora e também dona da casa a Senhora Antoninha também funcionária dos Correios, filha de Ana Anagelica (Vó Gélica). Essa residência ficava localizada onde hoje é casa paroquial da Igreja Matriz de São João Batista. Havia também o professor particular Sr. Edgar também de Caetité que, tempos depois, ensinou na residência de Dona Elza Aranha. No começo da década de 40 o professor Celso veio a ensinar da Fazenda Tabua próximo a Fazenda Tanquinho, onde, em meados da década de 50 o Professor Edgar esteve ensinando no mesmo lugar.

Figura 04 - Casa de Dona Elza Aranha – 2005

Figura 05 - Casa de Dona Celina (de portas e janelas abertas) - 1978

E assim, adentrando a década de 40 a educação do município cresce em numero de alunos e escolas funcionando nas residências dos moradores. E neste mesmo período surgem em Pindaí os professores particulares que viriam a se locomover dentro de várias fazendas da zona rural dentro do município. Em alguns municípios como Guanambi e Caetité eram as chamadas “cadeiras” que aqui, a principio, não tiveram a mesma nomenclatura mais funcionavam da mesma forma. Algumas fazendas da vila como Tabua (próximo ao Tanquinho) e Lagoa Funda vieram a receber “cadeiras” de estudos na década de 40 e 50 respectivamente. A Fazenda de Lagoa Funda, próximo ao povoado de Paus Pretos, por influência política que existia do Senhor Gudchal Fausto com o atual prefeito de Caetité na época, o Senhor Ovídio Teixeira, o qual veio a ser prefeito de lá por quatro vezes, recebeu para sua fazenda uma “cadeira” de ensino. Na Fazenda Tabua a Professora Zilda Laranjeira de Azevedo ensinou de 1941 a 1945 sendo funcionário do Estado. Quando foi ser professora na Fazenda Tabua entrou no lugar do Professor Celso. Dona Zilda ensinava para mais de 50 alunos em um só turno onde nem carteira existia. Nesta sala além de multiseriada os alunos ainda estudavam sentados no chão.

O Distrito de Guirapá, ainda chamado de Vila Bela de Umburanas, recebia na década de 40 a sua primeira professora vinda também de Caetité, Dona Bernardina, conhecida como Dona Dina, e no começo da década de 50 as professoras da mesma cidade, Dona Maria Leocina Borges de Carvalho (Dona Lili) e sua irmã Dona Carmem. Essas professoras, como várias outras da região, foram para Guirapá por influencia política de fazendeiros locais com os políticos, que neste caso do Senhor Antero Alves de Oliveira pai da entrevistada Dona Maria do Carmo (Dona Lia) Cotrim que foi aluna em 1951 de Dona Lili. Elas ensinaram em Guirapá por mais de uma década.

Figura 06- Dona Lili (primeira da direita em pé) Dona Carmem (terceira da direita para esquerda em pé) e Dona Lia com 07 anos(abaixo de dona Carmem sentada). Dist de Guirapá - 1951

Já na maioria das outras fazendas os professores ficavam de um mês até um ano numa fazenda e ensinava o “beabá” aos filhos dos moradores. Geralmente era pago por algum fazendeiro rico e algumas vezes chegava a ser contratado pela prefeitura. Dois destes professores de maior destaque dentro da Vila de Gameleira estão o Senhor Severino “Marreca”Silva e o Senhor Zeca Fernandes.

O professor Severino Marreca, conhecido assim por toda a população cujo apelido recebeu devido ao fato de gostar muito de caçar, ensinou por todas as fazendas nas proximidades da vila onde na Fazenda Pau Ferro foi o primeiro professor do aqui depoente e Professor João Porto e do atual prefeito de Pindaí o Médico Valdemar da Silva Prado. Lagoa de Baixo, Lagoa do Dominguinho e Mato Grosso são alguns exemplos de fazendas por onde ensinou.

Mesmo com o recebimento de uma “cadeira” para uma determinada região ou a passagem de um professor, mesmo que leigo, por uma fazenda, não despertava, as vezes, o interesse de muitos alunos. Mesmo com a insistência dos pais alguns não ficavam mais do que um dia na escola. Como dizem alguns depoentes “descobriam logo que aquilo não dava pra eles”.

5.2 Grupo Escolar Aloysio Short: Primeira escola com sede própria

No inicio da década de 50, precisamente no ano de 1951 foi fundado em Pindaí o primeiro grupo escolar chamado de Grupo Escolar Aloysio Short. Foi um dos grandes passos para uma educação formal que se constituía na Vila de Gameleira. Construído na gestão do Prefeito Jerônimo Borges, o qual era prefeito de “tampão” em Urandi nesta época, junto com o apoio do Deputado Estadual Aloysio Short cuja escola recebeu seu nome, foi erguido sob a chefia do mestre de obras Seu Calmito Gutchall na Rua Ana Angélica o qual se encontra ate os dias de hoje porém com enormes mudanças.

Figura 07 - Grupo Escolar Aloysio Short

Teve como primeiras professoras as Senhoras Adélia Silveira, Dona Danuzia Silva Barros de Carvalho, que posteriormente veio a se casar com o atual prefeito da época o Senhor Jerônimo Borges, Dona Dorinha Cardoso Nunes e Dona Guiomar Ramos, todas vindas de Caetité. O Grupo Escolar Aloysio Short foi fundado com três cômodos sendo desses uma sala de aula que ficava na direção do antigo campo de futebol, outra sala com banheiro que, a princípio, funcionava como residência para os professores que vinham de Caetité e uma pequena secretaria. Alguns anos depois a sala que era a residência foi transformada em sala de aula.

O Grupo Escolar Aloysio Short, de responsabilidade do Estado, passa então a ter uma educação mais concisa com professores de vinculo estadual e os alunos poderiam fazer até a 5a serie do primário. Alguns dos alunos que terminavam a 5a série e os pais não tinham condições financeiras de mandar-los para a continuidade da formação na cidade de Caetité, Cícero Dantas, Vitória da Conquista ou a capital Salvador, únicas cidades da Bahia que tinha o curso de formação de professores, ficavam repetindo o 5o ano primário por certo tempo. Esse problema só veio ser resolvido no ao de 1975 com a construção do Centro Educacional de Pindaí em que o ensino fundamental passou a ter sua seqüência da 5a a 8a serie do 1o grau.

Mesmo com a construção do Grupo Escolar Aloysio Short algumas das escolas que funcionavam nas residências continuavam junto com as “cadeiras” que ainda existiam e os professores particulares continuavam a viajar de fazenda em fazenda.

5.3 Grupo Escolar Jerônimo Borges

Como mais um marco importante dentro da educação municipal, é doado à Prefeitura de Pindaí pelo Sr. Jose Borges Sobrinho e Sra. Edite Ribeiro de Carvalho nos dia 17 de novembro de 1965, um terreno de 1.500m² na antiga Travessa Guanambi no qual, em 1966 o Prefeito Jerônimo Borges, em sua primeira administração (1963-1966), dá inicio às obras do Grupo Escolar Jerônimo Borges. Porém, só em 1967 dando continuidade ao acabamento, finda-se, já na primeira administração do Prefeito Juarez Tudes Novato (1967-1970), o Grupo Escola Jerônimo Borges.

Figura 08 - Termino da obra do Grupo Escolar Jerônimo Borges - 1967

O Grupo Escolar ficou por vários anos funcionando como “anexo” do Grupo Escolar Aloysio Short. O termo anexo era usado para definir a direção e secretaria dos grupos que seria a mesma para os dois, centrando-se no Grupo Aloysio Short por ser mais antigo e já ter estrutura para tal.

Em 1967, contratada pela prefeitura, a Sra. Lurdes Nogueira Fernandes, Dona Lurdinha, foi a primeira professora do grupo. O grupo escolar funcionou inicialmente com apenas uma turma. Mesmo com o constante crescimento do número de alunos, apenas no ano de 1969 o grupo recebeu outros professores e funcionários para o quadro.

Os únicos estabelecimentos de referencia escolar do município de 1951 até 1974 era os dois grupos escolares Aloysio Short e Jerônimo Borges. E em 1981, exatamente três décadas depois da construção do primeiro grupo as duas escolas recebem o Ato de Criação sob a Portaria 3129 publicada em diário oficial em 08 de maio de 1981.

Figura 09 - Grupo Escolar Jerônimo Borges - 2005

[editar] 5.4 O Mobral

O Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL , criado pelo Governo Federal no final da década de 60 com objetivo de acabar com o analfabetismo que assolava grande parte da população brasileira, foi implantado em Pindaí no ano de 1970 através da Prefeitura de Pindaí e funcionou por volta de 2 anos. Foram escolhidos vários professores e professoras leigos que já haviam concluído o 5º ano primário e alguns que ainda estavam nas várias séries do 1o grau. O Mobral tinha um público alvo em sua maioria de alunos idosos, onde nas classes, raras vezes, tinham jovens, todos em busca de aprender a ler, escrever e fazer as 4 operações. Como descrito pela professora Carmélia Guimarães de Azevedo:

Ao final de um ano os alunos já sabiam escrever seus nomes. Para quem não sabia nada já era bom demais. Tínhamos que pegar nas mãos de cada um deles para eles escreverem. Eles não tinham coordenação motora para a escrita. Na época fomos de caminhão pau-de-arara naquele tempo para Caetité, naquelas estradas ruins de terra para tomar esses curso do MOBRAL. Mas lá em Caetité não havia lugar para todo mundo ficar hospedado, então o caminhão voltou e no curso só ficaram eu, João Porto e mais outro professor e quando chegamos aqui repassamos o que havíamos aprendido para os outros que não puderam ficar.

Os professores e as professoras que ensinavam o MOBRAL ficaram espalhados por toda a região. Várias fazendas do município receberam esses educadores. A maioria tinha que ficar a semana inteira na fazenda hospedada na casa de algum agricultor e só retornava à sede do município nos finais de semana. Na maioria das fazendas as classes do MOBRAL só funcionava a noite “para não empatar os outros trabalhar” como descreve Joaci Pinto. Nos povoados como o do Tanque funcionava de manha, tarde e a noite sendo que de manha e a tarde já atendiam a crianças e jovens.

5.5 O Centro Educacional de Pindaí

Em um terreno comprado pela Prefeitura de Pindaí, no ano de 1974, deu-se início ao CEP - Centro Educacional de Pindaí, chamado por todos de Colégio de Pindaí, cujas obras findaram-se em 1975 tendo sua inauguração no mês de março. O CEP foi construído na gestão do Prefeito Francisco Teixeira Cotrim “Seu Chiquinho”, 1973-1976, que tinha por vice o Professor João Porto e o apoio do prefeito anterior o Sr. Jerônimo Borges, porém, à fundação e idealização são oferecidos ao Padre Gianni Boscollo.

Figura 10 - Gianni Boscollo na festa de 25 anos do CEP - 2000

Vindo do Norte da Itália da cidade de Rovigo, através do bispo de Caetité, o Padre Gianni “Bosco” além de padre era maestro, tocava vários instrumentos musicais como violão e realejo, falava 4 idiomas, era professor do próprio CEP de Educação Musical dentre outros dotes que completavam sua intelectualidade. Chegou em Pindaí em 1974. Quando o colégio foi construído morou no mesmo por um certo tempo. Ficou na cidade por quase três anos indo embora no final de 1976.

Figura 11 - Centro Educacional de Pindaí - CEP – 2005

O CEP funcionou inicialmente com apenas duas salas e uma secretaria sendo estas localizada na parte da frente do mesmo atualmente. O CEP sofreu várias mudanças em sua estrutura física durante todos esses anos vindas de todas as gestões políticas. Como não havia alunos suficiente para preencher as duas turmas iniciais do CEP, foi criado nas férias do começo de 75 um “Curso de Férias” onde os alunos que estavam na 3a série, pertencentes às outras escolas da sede e zona rural, passariam direto para o 5o ano junto com os alunos da 4a. Todos os alunos da 3a serie de todas as escolas fizeram este curso de férias e os aprovados receberam um certificado de conclusão. As duas turmas iniciais de março de 75 somavam um total de quase 100 alunos onde nem carteira suficiente existia para todos, e por alguns dias, alguns alunos chegaram a assistir aulas sentados no chão.

No Centro Educacional de Pindaí funcionou com turmas de 5a a 8a série até o ano de 1979 quando, na preocupação dos pais de já mandarem seus filhos para estudarem em Guanambi no Colégio São Lucas ou para Caetité na Escola Normal, o então prefeito da época Juarez Novato recebe do estado a autorização para em 1979 dá início ao 2o Grau com formação em magistério. Assim, em 1981 houve a formatura da 1a turma de professores do município de Pindaí com um total de 12 alunos. Dentre os professores formados em 81 estavam os entrevistados Zilda Veiga Pereira, Aparecida Novato, Carmélia Guimarães dentre outros.

Os caminhos encurtaram-se no momento em que Pindaí recebe o curso de magistério. A educação local começa, a partir desse momento, a voltar suas atenções para seu crescimento, agora mais direcionado a uma educação de formação e de formação completa. Já alguns anos antes da formação do nível médio a cidade já necessitava, em seu grupo docente, de bem menos professores estaduais de Caetité e região. Pindaí agora continha, em seu grupo de educadores, vários professores do próprio município formados no seu próprio Colégio, cujo quadro a partir de 82 só teria a crescer.

Desde sua fundação o CEP teve como diretores Gianni Boscollo fundador e diretor em 1975, Verbena Mendes da Cruz “Dona Verbena” de 1975 a 1982, Norberto Santos de Oliveira (natural de Guanambi) de 1983 a 1984, Eldivina Ladeia Figueiredo Gomes de 1985 a 1988, Doroti Rodrigues Pinto de fevereiro de 1989 a junho do mesmo ano, Hairton Aranha Azevedo de 1992 a 1996, Soraia Maria Pereira de 1997 a 2000 e Maria das Graças Borges de 2001 a 2004.

5.6 Escola de 1o Grau Ana Angélica Na segunda gestão do Prefeito Juarez Novato 1977-1982, mais precisamente no ano de 1980 findam-se, num terreno comprado pela prefeitura, na esquina da atual Rua Ana Angélica com a Rua 02 de julho, as obras da Escola estadual Ana Angélica em que começa a funcionar no mesmo ano sob direção indireta do Professor Hairton Aranha.

Doada para o estado pelo prefeito Juarez Novato, a Escola Estadual Ana Angélica teve sua oficialização de funcionamento em Diário Oficial no ano de 1982 sob direção da Professora Maria das Graças Borges, Lia Borges.

A Escola Estadual Ana Angélica recebeu esse nome, por unanimidade, devido a uma moradora da rua de mesmo nome do grupo e cuja residência era do lado esquerdo da atual escola onde hoje é Fórum Olny Silva. Vinda de Igaporã para o município para trabalhar na ECT- Empresa de Correios e Telégrafos, Ana Angélica era conhecida por todos como Vó Gélica ou Vó Geca. Sua residência enchia-se no período dos recreios com varias das crianças que estudava nos 02 grupos existentes, pois não havia merenda nos mesmos. Balas, doces, beiju, bolo, cuscuz e ate moedas serviam de diversão e merenda para os estudantes das escolas. Era casada com o Senhor Manoel “Manezim” Fernandes e mãe do Padre Liberato Antonio Fagundes conhecido por muitos como Padre Béra.

Figura 12 - Vó Gelica e sua neta Ceci - 1972

A escola passou a funcionar com 02 turmas iniciais, mas com um grande crescimento ano após anos no numero de alunos que se matriculavam. Com uma ótima educação oferecida, todos se orgulhavam de terem seus filhos estudando na Escola de 1o Grau Ana Angélica. Com turmas de 1o grau e de alfabetização recebia em sua maioria o público de crianças da sede. Poucos eram os filhos de agricultores moradores da zona rural. Com a inauguração do Grupo Escolar Ana Angélica foi dado em Pindaí, que nessa época tinha o nome de Ouro Branco, mais um grande passo para a educação local onde a cidade então passa a ter 3 grupos escolares de atendendo as classes de 1a a 4a séries e com o Ana Angélica também educação infantil.

Figura 13 - Escola estadual Ana Angélica - 2005

[editar] 5.7 Creche Casulo Edna Cotrim

Antes de falarmos da Creche Casulo Edna Cotrim, voltamos à década anterior no ano de 1972 quando a Professora Maria Lucia Lacerda Araújo, Lúcia de Silvani, por desejo de trabalhar e concedido pelo prefeito Seu Chiquinho em sua primeira gestão 1973-1976, inicia, numa pequena sala nos fundos da Creche Casulo, ainda não cosntruída, um maternal que funcionou até o final do ano de 1983.

Esta pequenina sala de maternal, conhecida por muitos como “jardim de infância” e mais tarde, na segunda gestão do Prefeito Juarez Novato em seus últimos anos já com a Professora Eliane Nogueira, de “Descanso da Mamãe”, atendia as crianças de 03 a 05 anos. Em seus primeiros anos funcionou nos turnos matutino e vespertino tendo a professora Dona Lucia pela manha e Zú pela tarde. Tal creche chegou, sob coordenação de Dona Lucia, a promover inúmeros desfiles de 07 de Setembro e Dia das Crianças e festejos juninos com quadrilhas.

Como continuidade deste trabalho mais aprofundado com o atendimento da educação infantil no município, no dia 28 de maio do ano de 1985 ocorre a inauguração da Creche Casulo que recebeu o nome de Edna Cotrim, primeira dama, voluntária social e coordenadora da mesma creche que recebe seu nome. Tal órgão é fundado na segunda administração do Prefeito Francisco Teixeira Cotrim maior incentivador do projeto. No ano de inauguração a escola tinha a professora então entrevistada Dona Maria do Carmo Cotrim Santana, Dona Lia, como vice coordenadora e Ilidia Silva Souza como secretária além de duas monitoras, uma auxiliar de monitora, duas auxiliares de limpeza e uma merendeira.

Figura 14 - 1a turma de alunos da Creche Casulo - 1985

Diferente do maternal, a Creche Casulo na sua inauguração, tinha uma estrutura ampla podendo atender com espaço e comodidade duas classes de educação infantil sendo uma pela manhã e outra à tarde com 30 alunos em cada turno na faixa etária de 03 a 06 anos de idade. As crianças do turno matutino só voltavam para suas residências após o almoço servido na própria creche. A salinha onde funcionada a Descanço da Mamãe passa então a ser almoxarifado, mas o antigo “parquinho” que existia na parte da frente, desde meados da década de 70, foi mantido em prefeito estado com seus inúmeros balanços e gangorras, só que agora sendo utilizado só pelos alunos da creche sendo aberto à comunidade nos finais de semana e feriados para diversão das crianças.

A metodologia utilizada e os conteúdos trabalhados com os menores tinham grande aceitação dos pais que participavam de reuniões todo o final de mês e tudo o que era ali realizado era registrado nos relatórios trimestrais da creche onde continha os trabalhos decorridos e executados durante o trimestre bem como acontecimentos mais marcantes na mesma. Varias vezes ao ano, mesmo tendo como mantenedora a prefeitura local, a creche passava por uma espécie de fiscalização de monitores vindos de Salvador mas sempre com boas indicações e elogios dos mesmos para com a instituição.

Figura 15 - Equipe de profissionais da Creche Casulo – 1985 Da esquerda para a direita: Luzia, Edivirgens, Vânia, Claudina, Terezinha, Ilidia e Rita de Cássia.

A construção da Creche Casulo foi um grande marco dentro da história educacional local onde, com a busca incessante de varias pessoas ligadas a educação municipal, tal instituição pôde ser construído dando mais um passo rumo a uma educação básica e de qualidade.

Na segunda gestão do Prefeito João Evangelista Veiga Pereira 1997-2000, a Creche Casulo teve sua estrutura física desativada e os alunos transferidos para a nova Creche Criança Cidadã inaugurada no dia 28 de março de 2000. No ano de sua desativação, onde era a Cheche Casulo Edna Cotrim, passa a funcionar a Secretaria Municipal de Educação de Pindaí, hoje demolida.

[editar] 6 Memórias da educação

6.1 Nossas memórias. Nossa educação

Estudar em Pindaí no período em que a educação começou a receber apoio político e dos grandes fazendeiros e pessoas de maior poder aquisitivo que morava na Vila de Gameleira, não era nada fácil, principalmente para os filhos das pessoas mais carentes que morava na vila quanto os filhos dos agricultores simples que viviam na zona rural quando queriam estudar.

Mesmo com a chegada dos primeiros professores à vila e da abertura dos primeiros locais onde funcionariam as escolas, a educação formal ainda parecia muito distante. Época dominada pelos coronéis, pouco se esperava de consegui vagas para algum filho estudar. Mas, tal medo foi se perdendo aos poucos quando, na década de 30 a Escola Pública de Gameleira, como era chamada a residência que servia de escola, abriu suas portas para a população da futura Pindaí.

Os depoentes citam poucos momentos em que os filhos mais “abastados” recebiam privilégios dentro dessas escolas. Mesmo recebendo as melhores carteiras e sendo muitas vezes paparicados, o tratamento dentro da sala de aula acabava por ser de igual teor para todos os alunos. O grau de rigidez do ensino e o respeito que se devia ao professor não havia acepção. A educação altamente tradicional era bem vista por todos os pais que tinham seus filhos nas escolas municipais. É notável como os depoentes gabam seus passados estudantis e se deleitam em confirmar, a todo o momento, a supremacia da educação da época tanto no primário quanto os que concluíram depois de muitos anos o nível médio já na década de 80. A Professora Maria do Carmo Cotrim Santana, conhecida apenas por Dona Lia Cotrim, diz que “Muito do que a escola tinha se perdeu. O respeito tanto pelos professores como pelos pais, a reflexão, a oração, o silêncio. Tudo isso eram sinais de bons comportamentos e preciosíssimos para uma boa educação”.

Quase todos os alunos de famílias simples, se estudassem um período tinham que trabalhar no outro. Ou em casa ou na roça. Os pais que moravam nas fazendas esperavam o momento em que um professor se instalasse por lá ou próxima a ela para então colocar seu filho para estudar. Em tempos, a depender do dinheiro dos fazendeiros, só dava pra pagar um mês de ensino para o professor, geralmente leigo, que passasse por ali. Já na vila, mesmo que fosse possível, as aulas nunca aconteciam a noite. E não era por falta de energia, pois existia um grande motor a diesel que funcionava como gerador e que iluminava a cidade com postes e algumas residências todos os dias das 18:00h ate as 22:00h. Antes do gerador ser desligado, a luz piscava duas vezes e na terceira já era desligada. Esse gerador ficava nos fundos da residência do Sr, Mario “Marão” Batista na Praça do Esporte.

Para alguns entrevistados o medo para com os professores da época dificultava muito a aprendizagem dos alunos. Por um lado criava-se o respeito, por outro o medo. A imagem do professor como “mestre superior” e detentor do conhecimento hierarquizava a sala de forma a inibir a aprendizagem principalmente no que se refere as opiniões, sugestões e duvidas dos educandos que, quase nunca, era dito. “Não se fazia nada dentro de uma sala de aula sem a autorização direta do professor ou professora”. O Professor João Porto diz:

Eu acho a pedagogia atual muito boa. A educação de hoje da muito mais oportunidades para aos alunos de se sobressaírem, se desinibirem, criarem, mas, por outro lado, tem seu lugar falho onde deixa o educando muito livre sem nenhum tipo de repressão ou castigo, algo que o fizesse dar o respeito a quem o merecesse. Na época em que comecei estudar em 1956, era comum um aluno entrar na sala pela manha e sair meio dia sem se quer falar uma só palavra.

Mesmo assim vários dos depoentes dizem preferir aquele tipo de educação “mais rígida, severa, cheia de castigos” do que ter de olhar para as salas de aula de hoje e se deparar com “alunos que só faltam bater no professor”. Isso fica bastante explicito na declaração da depoente Aparecida Novato, Cida de Juarez, quando diz que:

Uma 5a série de antigamente equivale, sem sombra de dúvidas a uma 8a, pra não dizer 1o ou 2o ano, das salas de aulas de hoje. Éramos muito bem instruídas. Estudávamos os mapas e sabíamos de co todas os regiões, estados e suas capitais. Estudávamos os rios. E tínhamos até prova oral. E hoje em dia não tem mais isso. Existe alunos de 4a série que não sabem se quer fazer uma operação de multiplicação, no meu tempo não tinha isso.

E então a questionamos por a mesma já ter sido aluna e também professora: Você diz isso como aluna? E ela então reafirma: “Digo isso como aluna, como mãe, como professora, como pessoa. Não troco a educação do meu tempo pela de hoje de maneira alguma”.

Em Caetité, desde de 1926 já existia o curso de formação para professores. As famílias que tinham boas condições financeiras mandavam seus filhos para estudarem na Escola Normal. Como vários dos professores que conseguiram concluir a Escola Normal em Caetité, em se tratando de dificuldades, está o caso de Dona Verbena Mendes a qual, no começo da década de 50, ia as segundas e voltava nas sextas-feiras montada a cavalo para poder se formar. Além das dificuldades relacionadas ao transporte, moradia e outros gastos adversos, o estudante que saída da vila para se ingressarem na Escola Normal ainda tinha que passar no Exame de Admissão.

Em 1957 a cidade de Guanambi, com a fundação do Colégio São Lucas, passou também a oferecer o curso de formação de professores. Mas, mesmo Guanambi com uma distância menor, a Escola Normal de Caetité continuou com a preferências das famílias da Vila de Gameleira e da Vila Bela de Umburanas.

Um dos grandes incentivadores da educação local e também coofundador do Colégio São Lucas era o então Padre Celestino Pinheiro. Vindo da cidade de Januária- MG, era padre das Paróquias de São João Batista na Vila de Gameleira e na Paróquia de São Sebastião na Vila Bela de Umburanas. Sempre muito envolvido com a educação local sempre estava incentivando os pais a mandarem seus filhos para Caetité e depois para Guanambi para o colégio fundado por ele mesmo. Para o Padre Celestino o analfabetismo do povo o incomodava.

Assim como o Padre Celestino, várias foram as pessoas que se dispuseram a contribuir de uma forma ou de outra para que a educação do município se solidificasse. Para essas pessoas, saber que Pindaí, a cada ano que passava formava, mesmo que pouco, seus filhos para professores que, a partir de então, passariam a contribuir de forma direta dentro das escolas municipais e estaduais, era algo de muito orgulho. Em épocas remotas como aquelas, a família que tinha um membro formado como professor era motivo de puro orgulho. Lembra a Senhora Terezinha Leão que “quando havia uma festa na roça como um casamento, aniversário, qualquer festa que fosse, os professores eram sempre os primeiros a serem servidos”. Isso era sinal de valorização pelo profissional e pela profissão que orgulhava a quem por esta era servido. E todos pais que queriam ter seus filhos servidos por uma boa educação que só seria possível com bons professores.

6.2 Por dentro das salas de aulas: A metodologia, o material didático e o uniforme

A dificuldade em encontrar material didático era tamanha. Eles não eram vendidos em mais do que dois comércios da vila e quando vendido era muito caro. Trazer dos municípios próximos não era pra qualquer um, pois ficava mais caro ainda. Sendo assim, todos os alunos zelavam muito bem dos seus materiais didáticos cujo zelo começava de casa com a exigência dos pais e continuando na escola por exigência das inúmeras regras impostas pelos professores cuja, uma delas, era ter os materiais muito bem cuidados e uniformes, quando passou a existir, muito bem limpo e passado.

O Professor João Porto diz que:

O material escolar era muito difícil naquele tempo. Nós quase que venerávamos o que tínhamos. O caderno, a borracha e o lápis era carregado com o maior cuidado para não estragar. Nós chegávamos a escrever até nas capas do caderno. Tudo era muito bem aproveitado. Até o lápis a ponta era feita bem pequena para não quebrar facilmente na hora em que caísse.

Tal fato se confirma quando o Senhor Joaci Rodrigues diz: “Eu já vi um pai dividir um lápis em quatro partes para seus quatro filhos”. E ainda reforça, “Eu já vi!”

Figura 16 - Caderno datado de 1941

Em se tratando dos conteúdos e metodologias existentes nas primeiras escolas da vila e mesmo depois em que se tornou cidade tudo era muito rústico e tinha único exclusivamente o objetivo de ensinar os alunos a ler, escrever e as 4 operações. A primeira coisa que se estudava era o A. B. C. Livreto pequeno (10 X 13cm) que era fornecido aos alunos e tinha na capa as letras ABC grande. Dentro continha todo o alfabeto maiúsculo e minúsculo, cursivo e “de forma” ou “de imprensa”. Era estudado do começo para o final e reestudado de traz para frente. Depois vinha a Cartilha que era estudada da mesma forma que o ABC e também era fornecida aos alunos na qual continha as famílias das silabas junto a frases e pequenos textos. As cartilhas após utilizadas ficavam para algum irmão de um estudante ou para outro estudante. As vezes podia-se ficar com elas.

Figura 17 - Cartilha Primeiro Livro de Leitura Autor: Felisberto de Carvalho- 125a edição - 1939

As cartilhas, que ainda perduraram como material didático até final da década de 80, não tinham outra finalidade além do ler e escrever. Em momento algum, na criação das mesmas, os autores levam em conta a formação humana, racional e cidadã dos alunos. Não utilizam, como exemplo da cartilha Primeiro Livro de Leitura, nenhuma seqüência lógica de textos ou frases. Tudo está voltado a uma obtenção da leitura, escrita correta e caligrafia bonita. Como exemplo dessa falta de cunho pedagógico está este texto para cópia:

Figura 18 - Texto para cópia da Cartilha Primeiro livro de Leitura

Algumas das escolas que funcionavam nas residências começam a funcionar sem se quer ter o quadro negro, assim chamado na época, cuja nomenclatura, hoje, pouco é utilizada. Quando existia eram feitos de pedra parecida ou às vezes até da própria ardósia e quando de madeira tinham uma cor bastante escura. Todos os alunos tinham um mini quadro feito da pedra ardósia, alguns com uma armação de madeira, de mais ou menos 12 X 18cm que serviam para fazer as “contas” (operações) de matemática. O lápis para se escrever nesses mini quadros era também da própria pedra. Depois de respondidas as operações a professora passava de carteira em carteira e só após todas corrigidas é que os alunos poderiam apagar, o que era feito com um paninho pequeno, e a pedra já estava pronta para novas operações.

Todos os alunos além da pedrinha preta para operações tinham também um caderno pequeno, um lápis, uma pena e um tinteiro de cor preta. Caneta esferográfica não existia na época. A caligrafia dos alunos bem como a encontrada em documentos escritos na época era algo de uma beleza extraordinária. E uma boa caligrafia fazia parte das cobranças feitas pelos professores e professoras. Tinham que escrever e escrever bonito. Isso já fazia parte da rotina das aulas de português e a pena molhada ao tinteiro dava à escrita um tom especial.

Aos poucos os materiais didáticos foram surgindo e facilitando a vida dos alunos e professores. Na década de 40 os alunos entrevistados lembram da Gramática Gaspar de Freitas que condicionou mais regras ao bom português.

As situação caótica da estrutura física em que funcionavam essas escolas era um problema seríssimo. No Brasil hoje, varias escolas vivem situações parecidas em pleno Século XXI com mais de oito décadas depois do inicio das primeiras escolas da cidade. Não é o caso da cidade de Pindaí com suas atuais escolas. Não que muitas delas não precisem de mudanças em suas estruturas para um melhor funcionamento. A professora aposentada a Sra. Lia Cotrim no ano de 1966 após formar em magistério em Vitória da Conquista , por desejo de seu pai, retornou para ensinar numa escola do Distrito de Guirapá. Encontrou esta escola, praticamente, sem nada de mobiliário e o que existia estava aos pedaços. A Professora Dona Lia como num momento de viagem ao tempo relembra com felicidades nos olhos:

No meu primeiro ano como professora lá em Guirapá, encontrei a sala de aula sem nenhuma carteira inteira. Eu tive que mandar consertar com meu próprio dinheiro, todas as carteiras. Mandei pintar a escola, comprei quadro e uniforme para todos os meus alunos. Pra você ter uma idéia, ainda dava mensalmente uma gratificação para uma senhora que morava próximo a escola para limpá-la todo dia. Eu te digo João, hoje é muito difícil encontrar professores com amor. Por que o que eu fiz por aqueles alunos era um ato de amor por que professor sem amor não ensina, dá instrução e pra trabalhar na educação tem que ter amor, mas amor de verdade.(grifo meu)

Merenda escolar era algo que só existia na cabeça dos alunos quando existia. Juaci Rodrigues disse que :

Era a coisa mais comum as crianças saírem de casa só com um copo de café com farinha na barriga. Pois se não tinha dinheiro pra comprar bolo nem pão nos comércios! Eu via muita gente levar uma garrafinha de plástico cheia de suco de tamarindo. Era a fruta mais fácil de se encontrar aqui nos tempos de seca.

Era comum ver numa sala de aula, principalmente da zona rural, todos os alunos estudando sentados e ajoelhados no chão tendo como apoio para o caderno um banco grande de madeira. Algumas turmas na zona rural funcionavam com mais de 50 alunos em um só turno. A Professora Zilda Laranjeira, que ensinou na Fazenda Tabua, diz que os alunos eram “bonzinhos e muito educados, mas que a sala não tinha nada. Nem cadeira nem mesa além dos bancos. Não existia um livro se quer”. E isso não é uma realidade tão distante assim. Muitos desses problemas relacionados a falta de material didático, de mobiliário e merenda escolar foram se resolvendo, com um processo muito lento, em algumas da escolas da época e atualmente, mas nada em caráter definitivo. Alguns resolvidos por intervenção de pessoas preocupadas com a educação como padres, professores e médios e grandes fazendeiros que procuravam buscar ante o poder público a construção, reformas e compra de materiais para as escolas.

Quando surge na Vila de Gameleira as primeiras escolas não existia uniforme. Os alunos passaram a usar uniforme no começo da década de 40. Tanto nas pequenas escolas que funcionavam nas residências quanto nas escolas estaduais surgidas a partir de 51 o uniforme se padronizou e só veio a ser mudado na década de 90.

E assim os uniformes era, para as meninas, saia de prega azul marinho com suspensório grudado e blusa branca de botão e por dentro da saia e, para os meninos, short e blusa da mesma cor com suspensório para os meninos e sempre bem tratados. Os sapatos, as chamadas “congas”, vieram a ser, bem depois, parte integrante do uniforme. Antes usavam-se sandálias chamadas de “fregeladas” as quais eram abotoadas no calcanhar e eram feitas de sola. Alguns usavam as sandálias conhecidas como “de três pontos” ou “de três furos” feitas de couro cru. A bolsa era um embornal de pano.

As aulas de Educação Física do CEP que só eram ministradas aos alunos a partir da 5a série do 1o grau, funcionaram nos primeiros anos do colégio nos fundos do mesmo o que depois vieram a ser aplicadas no antigo campo de futebol, “o campão” que ficava no terreno do atual Centro Comunitário de Múltiplo Uso, ao lado do Grupo Escolar Aloysio Short. Com turmas separadas de homens e mulheres, as aulas dividiam-se em ginástica, corrida em volta do campão ou pelas ruas da cidade, futebol e baleado. O uniforme era uma camiseta de malha de algo com ou sem manga e short azul ou preto. Depois de alguns anos criou-se, no centro da camiseta, um símbolo de cor vermelho e preto que representava a prática de esportes circulado pelo nome do CEP.

Figura 19 - Alunos do CEP uniformizados em competição de baleado – 1977

No Centro Educacional de Pindaí, assim que o mesmo foi fundado, o uniforme era padronizado por uma calça ou saia de tergal, mais tarde jeans, e uma blusa de botão branca e pano bastante fino. Do lado esquerdo da blusa, vários anos depois, adicionou um bolso com o Escudo do CEP. O Grupo Escolar Aloysio Short e o Jerônimo Borges tinham o mesmo uniforme mudando apenas o escudo da escola e os calçados que não eram tão cobrados. Os calçados no CEP era tênis conga. (ver foto número 03). Para amenizar os gastos, os pais compravam o kichute (marca de tênis) que servia para as duas práticas, estudar e participar das aulas de educação física. Quando o nível médio foi criado os alunos a noite, nos primeiros anos, como uniforme, usavam um para-pó. O mesmo uniforme para ensino fundamental era igual para todas as escolas estaduais e municipais o que mudava era apenas o escudo da escola. Já com a criação das turmas da pré-escola na Escola Ana Angélica criou-se também o uniforme só que com uma blusinha vermelha e sem muita preocupação com os calçados.

Figura 20 - Alunos uniformizados da turma do pré-escolar do Ana Angélica - 1985

O simples narrar das memórias nos depoimentos como os anteriores, faz-nos tão próximos e ao mesmo tempo longes desta realidade vivenciadas pelos agentes históricos educacionais. Ficamos, a partir de depoimentos assim, mais próximos dos sentimentos e de uma visão mais direta junto as dificuldades e maneiras de se portar, vestir e vê a imagem do professor e da educação. Mas ainda longes de uma realidade mudada e de uma educação que parece andar a passos de formigas.

'6.3 Festividades culturais e patrióticas ' Não há duvida que, no passado, [...] o gosto pelas manifestações artísticas era mais aguçado (que me perdoe o presente). (MENDES, 1996, p.43)

Na década de 50, anos depois da inauguração do Grupo Escola Aloysio Short, as manifestações culturais e patrióticas repleta de festividades passam a fazer parte das programações curriculares. Com a chegada do Grupo Escolar Jerônimo Borges em 67 só veio a somar diante as festividades. Unidas com a comunidade e a Igreja, as escolas se empenhavam ao máximo para realizar os melhores desfiles e festas juninas, as quais recebia grande destaque com uma espera o ano inteiro.

A Professora Zilda Veiga, Dida, diz que as escolas não fazem mais aquelas grandes festas como antes. Admite que o tempo hoje é bem mais curto, pois todos trabalham em mais de um lugar, mas é preciso resgatar a história das escolas. E fazer esse resgate junto com os alunos para que os mesmo possam pesquisar sobre a sua escola. Diz que para todas as datas havia um desfile. 02 de julho, Primavera e lembra com carinho de como as escolas se empenhavam para a realização do grande desfile do 07 de Setembro. No Desfile da Primavera os alunos se fantasiavam de flores, árvoves, insetos, tudo que estava relacionado à estação e a natureza.

Figura 21 - Desfile de 07 de setembro - 1978

Todas as escolas tiveram suas participações dentro dessas festividades que começava no seio escolar, porém, ganhavam domínio público. Dentro das principais ruas os desfiles de 07 de setembro, com seus carros alegóricos e pelotões representando diversos segmentos da cultura como forças aramas, as 3 raças, os contos de fadas, fatos e personagens históricos, divertia toda a cidade que entrava em festa pra o desfile passar. A fanfarra, pequena mais bem afinada, dava compasso à marcha do desfile. Três dos grandes desfiles do 07 de setembro, lembrados por todos, estão os de 78, 81 e 84. Depois desse último, a cidade veio a presenciar um desfile desse porte só dez anos depois. Até o maternal de 72, coordenado por Dona Lucia de Silvani, organizou lindos desfiles e festas do dias das crianças, dias do pais e dia das mães bem como as famosas quadrilhas juninas.

As festas juninas, tradicional em todas as vilas, povoados e cidades da Bahia, marcavam as férias do meio de ano. Com muitos ensaios e figurino a caráter, as repartições escolares se entregavam de corpo e alma na realização de quadrilhas, casamento de roça, pau de fita, tudo unido à tradicional comida baiana com cara de junho como o milho, pamonha, mingau, pipoca, amendoim, etc. Das barracas de palha aos músicos e sanfoneiros, a festa era animada para a alegria dos alunos, professores e sociedade como todo. Muito mais antigo que os desfiles de datas comemorativas são as comemorações do São João e as escolas já organizava mesmo as que funcionavam em residências particulares.

Figura 22 - Quadrilha de São João – Grupo Escolar Aloysio Short - 1973

Todos os entrevistados dizem, até emocionados, da falta que sentem das comemorações de “antigamente” principalmente do 07 de setembro (data mais marcante para as escolas). Pois havia 07 dias de festividades nas escolas com a culminância no ultimo dia com o “Grande Desfile de 07 de Setembro” que é relembrado por toda a população vivida na época. Nas escolas, nos dias em que antecedia o desfile, com os alunos em fila, a Bandeira Nacional era hasteada ao som do Hino Nacional Brasileiro. Fazia parte das festividades. Todas as escolas se mobilizavam. E no grande dia toda a ornamentação das ruas e praça era feita pelas escolas juntamente com a Igreja Católica e pessoas interessadas.

Tais festividades, que eram um grande “pedaço” das escolas, se perderam com o passar dos anos. As causas dessa perca são inúmeras, porém, as conseqüências são refletidas numa escola que parece não se preocupar não só com suas origens mais também na integração do sujeito com o mundo que o cerca, ou seja, escola-comunidade. A interação dessas duas partes pelo resgate e preservação da cultura, forma um conjunto completo e com retornos para os dois lados. Primeira que a comunidade escolar passa a ter sua cultura como espelho e entender melhor e de forma concisa suas origens e história local, e a comunidade fora da escola recebe as festividades como um pedaço de sua cultura até então esquecida e deposita respeito e confiança numa escola mais dinâmica e local.

6.4 Os castigos

A palmatória era um tipo de repressão bastante usada naquela época. Feita de madeira pesada como a aroeira era como uma colher grande de pau. Tinha uma parte na frente como uma cabeça de mais ou menos uns 08 centímetros de diâmetro com um buraco ao meio e um cabo arredondado de uns 30 centímetros. A educação funcionava sobre pressão. Os alunos eram obrigados a aprender ou apanhavam. O respeito misturado com o medo fazia da educação do município desde seu inicio ate o começo da década de 70 uma forma básica e, como para os entrevistados, que “dava certo e só aprendia por que era assim”. As perguntas eram feitas, caso o aluno não soubesse o castigo variava desde leve, como ficar em pé na parede, ate castigos severos como ajoelhar em cima de caroços de milho, receber regüadas na cabeça, puxão de orelha e cabelo “bem no pezinho do cabelo no final da nuca pra doer mesmo”. Já houve vários casos de professores chegavam ao ponto de arrancarem sangue na orelha de alguns alunos com puxões muito fortes. E, como para o Professor Hairton Aranha o castigo psicológico:

Além do castigo físico tinha o castigo psicológico onde, caso fizéssemos algo errado mais de uma vez, ficávamos em pé, próximo a porta da frente da escola, com uma faixa que cruzava o peito na diagonal escrito ´insubordinado`, o que era bem pior, pois além dos alunos da sala verem todos que passavam pela rua viam também.

Nas sextas feiras existia a chamada “sabatina”. Perguntava ou “cantava”, como era chamado, a tabuada para um aluno. Caso este não soubesse ou respondesse errado, perguntava para outro aluno e se este acertasse, o próprio aluno que acertou dava dois “bolos” com a palmatória na mão do que errou.

Nos relatos dos depoentes era algo altamente normal. O clima que pairava na sala era de “respeito e medo” como já citado anteriormente. Mas a os alunos viviam sob a pressão de serem castigados ate pelos próprios companheiros de classe.

O professor Edgar, vindo também de Caetité, era um dos mais severos que existia na época. Era professor particular e era pago pelos pais dos alunos. Ensinou na casa do Senhor Miguel Aranha na rua Santo Antônio. O professor Edgar era um homem baixo, magro, moreno, usava óculos e morava numa casa próxima a atual residência do Senhor Aprígio e Senhora Geralda Nogueira próximo a Praça do Esporte (atual Praça Luiz Eduardo Magalhães).

No município, aos poucos foi sumindo o uso da palmatória tanto que na década de 60 já não existia mais nas escolas. Porém, os outros castigos ainda perduraram por muitos anos. Os castigos físicos só vieram a ser totalmente abolidos no final da década de 80.

[editar] 7 Um salto para o futuro

7.1 O reflexo do passado no espelho do presente Seguido assim a trajetória da educação de Pindaí, com o município já emancipado em 1962, com as escolas estaduais em crescimento devido ao grande número de alunos, o Centro Educacional já funcionando a todo vapor com o nível médio já formando suas turmas de professores e com a Escola Estadual Angélica alfabetizando e a Creche Casulo atendendo um grande número de crianças, a educação caminha a passos mais leves e menos sofridos. As décadas posteriores ao ano de 1985 pareciam ser os anos de glória para a educação municipal. Eram os momentos de consolidação de um quadro que, por muito, parecia imutável. Os grandes avanços alcançados pela educação formal colocou o município de Pindaí em lugar de destaque para sua população. Para a população que era atendida de forma direta e indireta com tal educação.

As memórias individuais e coletivas ganharam forma nessas épocas de gloria onde as escolas trabalharam juntas na busca de um resgate de cultura patriótica e regional. O belos desfiles com fanfarras e as festas religiosas continuaram, mas de forma mais direta, a ter o apoio dos grupos escolares. O 07 de setembro se torna o desfile marco da comunidade local esperado todo a ano até ter sido instinto das programações escolares.

Não adianta falar se a educação se encontra de forma estabilizada ou completa principalmente se tratando de algo tão mutável e de constante progressos. A educação é um caleidoscópio de varias ângulos, cores e tamanhos e que necessita revisão e estudo constante. O que se investe em hoje com a educação é incalculavelmente maior do que a 50 anos atrás mas a necessidade de mais recursos e crescimento é o mesmo. O paralelo traçado das primeiras escolas até o momento da cidade formar seus próprios professores foi um processo longo e árduo mas a modernidade exige da educação e dos seus professores e alunos uma formação mais concisa e completa. A formação superior, as capacitações, os concursos, os limites, tudo se torna obstáculos da modernidade para um processo educacional que transpõe décadas.

O que foi pensado e moldado em prol da educação na certeza de que esta geraria frutos, depois de quase um século do seu início, ainda repercutirá por gerações e gerações, não só de apaixonados pela história oral, mas por todos que são realmente frutos dessa educação. Cada tijolo assentado com o objetivo de uma nova escola, cada professor formado, cada série concluída em Pindaí foram progressos grandiosíssimos de uma época sofrida e de uma vila menina que crescia a cada dia para se tornar uma bela cidade tendo como sua mãe a educação.

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