Plano Doxiadis
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O Plano Doxiadis, publicado em 1965, foi concebido pelo arquiteto e urbanista grego Constantino Doxiádis, sob encomenda do então governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda (1960-1965).
Destinava-se à reformulação das linhas mestras do urbanismo da cidade do Rio de Janeiro, preparando-a para o crescimento esperado até ao século XXI.
[editar] História
Durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), em 1960 a capital do Brasil foi transferida para Brasília, tendo a cidade do Rio de Janeiro perdido muitas das suas principais funções, ligadas à administração pública. Para que a cidade pudesse se adaptar à sua nova condição e receber mais recursos financeiros, foi transformada em Estado da Guanabara, vindo Carlos Lacerda, um dos principais críticos da mudança, a ser o seu governador.
Neste período, no Brasil, foi incentivado o crescimento da indústria automobilística, passando o automóvel a ser um bem acessível a grande parte da população. Desse modo, em pouco tempo as grandes cidades, como o Rio de Janeiro, viram as suas vias saturadas, não só pelo aumento do número de veículos em circulação, como também pela concentração de uma população que passava cada vez mais a morar em prédios de apartamentos e a trabalhar em edifícios comerciais.
Para planejar o crescimento da cidade neste novo cenário, foi encomendado o Plano Doxiadis, cujo urbanismo procurava projetar as necessidades futuras da população, em termos de circulação, habitação, trabalho e lazer.
[editar] Características
O novo Plano Diretor estava concebido em suas linhas gerais já em 1963, e ficou conhecido como Plano Policromático, devido à ênfase nas grandes vias de circulação que integrariam a cidade:
- a Linha Vermelha
- a Linha Azul
- a Linha Marrom
- a Linha Verde e
- a Linha Amarela
Admitindo a utilização do automóvel como meio de transporte individual e o do ônibus como meio de transporte de massa, de modo crescente e irreversível, esse sistema previa 403 km de vias expressas e mais 517 km de vias principais no município do Rio de Janeiro, a ser complementado por 80 km de linhas de metrô.
Embora o plano jamais tenha sido implementado em sua totalidade, nas décadas seguintes diversos governos implementaram partes importantes como a a abertura de túneis, a construção de viadutos, a abertura da Linha Vermelha e, posteriormente, a da Linha Amarela.
[editar] Planos urbanísticos da cidade do Rio de Janeiro
- Plano Agache (1930)
- Plano Doxiadis (1965)
- Plano Urbanístico Básico do Rio (1977)
- Plano Integrado de Transportes (1977)
- Rio Cidade e Favela-Bairro (1993)