República de Weimar
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Ao final da Primeira Guerra Mundial, instaurou-se na Alemanha a República de Weimar, tendo como sistema de governo o modelo parlamentarista democrático. O presidente da república nomeava um chanceler, que seria responsável pelo poder Executivo. Quanto ao poder Legislativo, era constituído por um parlamento (Reichstag).
As circunstâncias em que foi criada a República de Weimar foram muito especiais. Prestes a perder a Primeira Guerra Mundial, a liderança militar alemã, altamente autocrática e conservadora, atirou o poder para as mãos dos democratas, em particular o SPD, que acabou por ter de negociar a paz (e a derrota na Guerra). Com isto, ficava no ar um saudosismo de uma nação outrora poderosa, nos tempos do imperador, em comparação com a nova realidade democrática, cheia de derrotas e humilhações. Sebastian Haffner chamou-lhe uma "república sem republicanos". Kurt Tucholwski chamou-lhe: "o negativo de uma monaquia, que só não o é porque o monarca fugiu" (o imperador Wilhelm II viu-se obrigado a abdicar). Esta situação política, que alguns compararam a um presente envenenado à democracia, acabou por lançar os fundamentos que permitiram mais tarde a Hitler posicionar-se como o arauto de um regresso ao passado imperial e anti-democrático da Alemanha.
[editar] Ver também
- Sebastian Haffner
- Hugo Preuss
- Friedrich Naumann
- Lion Feuchtwanger - autor de vários romances que ilustram a vida na República de Weimar
- Weimar Clássica