Revolta do Manuelinho
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A Revolta do Manuelinho foi um movimento iniciado em Évora a 21 de Agosto de 1637, que rapidamente se alastrou a outras partes do reino. A intenção desta revolta era a de depôr a odiada Dinastia Filipina e entronizar novamente um português.
A revolução começou quando o povo se amotinou em Évora contra os aumentos dos impostos decretados pelo Governo. Os principais responsáveis pelo motim terão sido o Procurador e o Escrivão do Povo. No entanto, as ordens para o movimento apareceram assinadas pelo "Manuelinho", um pobre tolo da capital alentejana. Esta era uma forma de manter o anonimato dos impulsionadores.
Durante o motim foram queimados os livros dos assentos das contribuições reais e acometidas casas. Nem os nobres, nem os adeptos de Castela, se dispuseram a enfrentar a turba.
A revolta alargou-se a outros pontos do país e depressa se insurgiram mais localidades. Portel, Campo de Ourique, Faro, Loulé, Tavira, Albufeira, Coruche, Montargil, Abrantes, Sardoal, Setúbal, Porto, Vila Real e Viana do Castelo levantaram-se também em desordem.
O movimento perdeu-se, não obstante, e não logrou destituir o Governo, sucumbindo com o reforço de tropas castelhanas que vieram em auxílio de Lisboa para reprimir a revolução.
Ainda assim, o rastilho aqui acendido foi o início daquilo que se tornou a Revolta dos Conjurados e que culminou com a aclamação do rei D. João IV em 1640. Pode-se dizer que foi um indício da Guerra da Restauração do Reino.