Ricardo, Duque de York

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Este artigo é sobre o Duque de York, interveniente na Guerra das Rosas. Para o seu neto, um dos Príncipes na Torre, veja Príncipe Ricardo, Duque de York

Ricardo Plantageneta (21 de Setembro 1411 - 31 de Dezembro 1460), Duque de York, Conde de Cambridge e de March, foi o líder da casa de York durante os primeiros anos da guerra das rosas. Era filho de Ricardo, Conde de Cambridge, executado por traição em 1415, e de Anne Mortimer, herdeira do Condado de March. Tornou-se Duque de York em 1426, como herdeiro do tio Eduardo Plantageneta, morto na batalha de Azincourt. Ricardo era descendente por via directa do rei Eduardo III de Inglaterra, através do avô Edmundo de Langley, e portanto um forte candidato à substituição do débil Henrique VI de Inglaterra. Para popularizar esta causa, Ricardo começou a utilizar o apelido Plantageneta, há muito em desuso na família real britânica.

A grande oportunidade de Ricardo surgiu em 1453, quando Henrique VI foi afectado por um colapso nervoso, talvez devido à derrota na guerra dos cem anos ou aos rumores que davam o seu filho recém nascido como ilegítimo. Qualquer que fosse o motivo Henrique VI estava claramente incapaz de governar e Ricardo foi nomeado Lorde Protector e regente da coroa.

No Natal de 1454, Henrique VI recuperou a condição mental e em Fevereiro do ano seguinte estava pronto para retomar a governação. Ricardo deixou de ser regente o que obviamente lhe desagradou. Em breve estava em revolta aberta contra o rei e, em Maio, travou-se a primeira batalha de St. Albans, que resultou na vitória de York e na derrota do Duque de Somerset, do lado do rei. Este confronto é considerado como o início da guerra das rosas. A vitória em St. Albans obrigou Henrique VI a aceitar Ricardo de novo na corte e a nomeá-lo não só regente de novo, mas seu sucessor, em prejuízo do seu filho, o Príncipe de Gales. Neste ponto, a rainha consorte Margarida de Anjou começa a manobrar em defesa da sua família. York é novamente expulso da corte em Fevereiro de 1456 e nos anos seguintes travam-se algumas escaramuças entre as partes. Finalmente a 20 de Novembro de 1459 o Duque de York é declarado traidor pelo Parlamento, assim como todos os seus apoiantes.

Com esta decisão legal, não havia outra opção possível que não lutar por todos os meios para usurpar a coroa a Henrique VI. Em Julho de 1460, York vence a batalha de Northampton e captura o rei. Com Henrique VI nas suas mãos, o Parlamento é obrigado a mudar de opinião e em Outubro York é perdoado e nomeado herdeiro da coroa de novo. A facção de Lancaster controlada por Margarida de Anjou recusou-se a aceitar este facto e continuou a luta. A 30 de Dezembro de 1460, dá-se a batalha de Wakefield, na qual York é derrotado e feito prisioneiro juntamente com o Conde de Slisbury (pai de Richard Neville, Conde de Warwick). No dia seguinte York é decapitado a mando de Margarida, que ordena a sua cabeça exposta nas muralhas da cidade que lhe dava o nome.

Ricardo de York falhou o seu objectivo de pôr fim à dinastia de Lancaster. O seu filho Eduardo iria continuar a luta e tornar-se rei no ano seguinte.

[editar] Descendência

• Joana de York (1438)
• Ana de York (1439-1476), casou com Henrique Holland, Duque de Exeter
• Henrique de York (n. 1441, morreu jovem)
• Eduardo IV de York, Duque de York, Rei de Inglaterra (1442 - 1483)
• Edmundo de York, Conde de Rutland (1443 - 1460)
• Isabel de York (1444-1503), casou com João de la Pole, Duque de Suffolk
• Margarida de York (1446-1503), casou com Carlos I, Duque da Borgonha
• Guilherme de York (n. 1447, morreu jovem)
• João de York (n.1448, morreu jovem)
• George de York, Duque de Clarence (1449-1478), casou com Isabel Neville, filha do Conde de Warwick
• Tomás de York (1451)
• Ricardo de York, Duque de Gloucester (1452-1485), depois Ricardo III de Inglaterra
• Ursula de York (n. 1455, morreu jovem)