Robert Rauschenberg
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Robert Rauschenber nasceu em 1925, em Port Arthur, no Texas e estudou no Kansas City Art Institute, no Academie Julian em Paris, e com Josef Albers no Black Mountain College na Carolina do Norte, antes de se fixar em Nova York onde estudou no Art Students League e onde desenvolveu relações mais profundas com Cy Twombly, Jasper Johns , John Cage, e Merce Cunningham. É considerado um dos artístas de vanguarda da década de 1950, pois foi nessa época que, depois das séries de superfícies com jornal amassado do início da década, o artista deu início à chamada combine painting, utilizando-se de garrafas de Coca-Cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados para a composição de uma pintura composta por não somente massa pigmentária como estes objetos. Estes trabalhos foram precursores da Pop Art.
Rauschenberg assim une a pintura à comunicação, desprovendo esta (em sua opinião) de sua “aura” - conceito desenvolvido nas obras de Walter Benjamin- e dizia não confiar em idéias, preferindo os materiais pois os mesmo o colocariam em confronto com o desconhecido. O artísta, mais jovem, fez parte do movimento Dadá em Nova York, assim empregando " processos de collage fotográfico e serigráfico, produzindo impressões diretas de objetos imagísticos sobre placas sensibilizadas" (Thomas, 1994, p. 102).
Acreditava ele que a pintura se relacionava com a vida e com a arte, assim buscando agir entre estes dois pólos. Nessa perspectiva o artista em Bed pinta o que acredita-se ser sua própria coberta, tornando a obra tão pessoal e íntima quanto um auto-retrato, confrontando assim o pessoal de uma cama arrumada como tal, com o meio artístico, ao pendura-la em uma parede, na vertical, assim ainda que a cama perca sua função, ela ainda assim pode ser relacionada à atividades íntimas nela exercidas.
Nesse marco, os limites entre a pintura e a escultura são tensionados até sua ruptura, bem como os limites entre o cotidiano e a arte. Os elementos inclusos em seu trabalho fazem referências à cultura popular, enfatizando a teoria de Rauschenberg sobre objetos diários e a arte.
Na década de 60 Rauschenberg o silk-screen para imprimir imagens fotográficas a grandes extensões da tela, unificando a composição através de grossas pinceladas de tinta e ganhou reconhecimento internacional na Bienal de Veneza de 1964. Hoje vive em Nova York, onde ainda trabalha como artista plástico.