Segundo triunvirato
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O segundo triunvirato foi estabelecido em 43 a.C. entre Marco António, Octávio e Lépido, que haveria de se prolongar até 33 a.C.. Ao contrário do primeiro triunvirato, um acordo informal entre Júlio César, Pompeu, o Grande e Marco Licínio Crasso, este triunvirato foi uma aliança política formal. Com o nome oficial de Triunviros para a Organização do Povo (em Latim: Triumviri Rei Publicae Constituendae Consulari Potestate), o triunvirato foi legislado pela Lex Titia e aprovado pela Assembleia do Povo, conferindo poderes universais aos três homens por um período de cinco anos.
A constituição do segundo triunvirato e atribuição de poderes excepcionais a António, Octávio e Lépido justifica-se no período de crise sem precedentes que se seguiu ao assassinato de Júlio César nos Idos de Março de 44 a.C.. Octávio então com cerca de 20 anos era filho adoptivo do ditador, António e Lépido dois dos seus comandantes de maior confiança; todos ambicionavam poder e vingança. A primeira acção dos triumviros foi a de eliminar todos os homens que conspiraram contra César - Cícero foi uma das vítimas – e perseguir Bruto e Cássio que entretanto se haviam refugiado na Grécia.
Tirando Lépido, que era uma figura de consenso e sem grande ambição política, Octávio e António odiavam-se e conspiraram um contra o outro desde a formação do triunvirato. Em 38 a.C. o acordo é renovado por mais cinco anos, mas as relações entre os três estavam longe de ser amigáveis. Lépido foi afastado do poder e exilado de Roma na sequência de uma manobra política falhada, enquanto António, estacionado com o exército no Egipto, atacava Octávio com todas as armas. Finalmente em 33 a.C., o triunvirato chegou ao fim e António e Octávio entraram na guerra aberta que haveria de resultar na batalha de Actium (31 a.C.) e no suicídio do primeiro. Com os seus pares afastados do poder, Octávio ficou sózinho para governar Roma. Em 27 a.C. aceita o título de Augusto e inicia o Império Romano.