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Stalker - Wikipédia

Stalker

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Stalker
Stalker (PT)

Stalker (BR)

União Soviética Alemanha Oriental

1979 ı cor ı 163min

Direção Andrei Tarkovsky
Elenco Alexander Kaidanovsky
Anatoli Solonitsyn
Nikolai Grinko
Roteiro Arkadi Strugatsky
Boris Strugatsky

Género ficção científica
Idioma russo
IMDB

Stalker (russo: Сталкер) é um filme de 1979 do cinesta russo Andrei Tarkovsky, ganhador do prêmio especial do Júri do Festival de cinema de Cannes de 1980. Foi filmado, em sua maior parte, na Estônia, então integrante da União Soviética. Stalker é um termo inglês que significa, em tradução livre, "o espreitador", "aquele que se esgueira". Tarkovsky, os três atores principais, além de outras pessoas que se envolveram na produção, morreram poucos anos depois, em razão de tumores presumivelmente originados da exposição às instalações industriais (radiotivas) da Estônia, onde várias cenas do filme foram gravadas.

AVISO: Este artigo ou seção contém revelações sobre o enredo (spoilers).


[editar] Argumento

O argumento é intrigante e passível de diversas intepretações, e é uma adaptação muito livre da novela de ficção científica Roadside Picnic, dos irmãos Strugatsky. Em uma entrevista, Tarkovsky chegou a declarar que as semelhanças do filme com esta novela restringiam-se ao uso das palavras "zona" e "stalker". No filme de Tarkovsky, homem humilde, ex-presidiário, chamado "stalker", guia dois homens, chamados de "professor" e "escritor" (os nomes pessoais são omitidos) até e no interior da "Zona", região isolada por forças militares, localizada em um pequeno país de nome não revelado. Havia a suspeita da presença de alienígenas, tendo em vista a ocorrência de fenômenos inexplicáveis neste local. A Zona é repleta de armadilhas - apenas os stalkers conseguem vencê-las, guiando pessoas, mediante pagamento. Segundo o stalker, no interior da Zona há um quarto capaz de realizar os desejos mais íntimos de qualquer pessoa que nele conseguisse ingressar, após a ultrapassagem de todas as armadilhas. Este filme é típico do estilo de Tarkovsky, com tomadas lentas e longas, intensamente elaboradas, intercaladas com diálogos filosóficos e até mesmo poesias. Segundo declarou o diretor russo, o filme é principalmente sobre a fé (e a busca do paraíso interior), sendo secundário o elemento ficção científica, a exemplo do que havia ele havia declarado sobre Solaris, filme de 1972.

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[editar] Pequeno Ensaio

Confesso que há tempos não assistia um filme tão bem-acabado, sóbrio e aterrorizante quanto Stalker, de Andrei Tarkóvski. Filmado na Estônia em 1979, relata a estranha viagem de auto-conhecimento de três homens, embrenhados num lugar inóspito, chamado simplesmente por “Zona”. Filmado no ápice da onda esotérica do fim dos anos setenta – época do Triângulo das Bermudas, Uri Geller, “Eram os Deuses Astronautas?”, Área 51, etc – em um país da URSS, assolado pelo pesadelo do Holocausto Nuclear (que gerou, do outro lado da Cortina de Ferro, filmes-catástrofe como The Day After), Stalker é uma bela metáfora desses anos conturbados e desesperadores.

Na periferia de uma pequena cidade eslava, cuja paisagem é embelezada pela vista privilegiada de uma usina nuclear, há vinte anos atrás diz-se ter caído um meteorito. Pesquisadores, forças-armadas, cérebros de toda uma civilização, dirigiram-se para o local onde acreditava-se ter caído o corpo celeste; porém, ninguém conseguira voltar para contar a estória. Como conseqüência, o Governo optou por isolar o lugar, chamado genericamente por “Zona”. Porém, criou-se a lenda que, em determinada parte da Zona, havia um Quarto onde os desejos mais íntimos seriam realizados; o que levou alguns habitantes da cidade vizinha a organizarem expedições, desafiando as autoridades e a pesada vigilância policial, até esse dito “quarto” – sendo chamados de Stalkers.

Um Stalker não é um guia comum; tampouco a Zona é um lugar para se sair a passeio. Dotada de certa aura mística, a Zona é um labirinto sobrenatural como Borges bem descreveria, com túneis, lagos, escombros de tanques e pontes; vestígios de uma civilização, dispostos caprichosamente por uma regente força inexplicável . Apenas os Stalkers conhecem os caminhos – sempre cambiantes – de acesso e de saída da Zona. Saber que o filme não é constituído por cenários, e que nenhuma de suas cenas fora filmada em estúdio, contribui para cristalizar o pavor ante suas imagens: o uso da luz fraca do dia, a umidade constante, o verde luxuriante, e o verdadeiro cemitério bélico que permeia o lugar acentuam o tom confessional que o filme pouco a pouco adquirirá. Soma-se à atmosfera lúgubre um curioso fato: o elenco, grande parte da equipe de filmagem e o próprio Tarkóvski morreriam poucos anos depois, em razão de tumores presumivelmente originados da exposição às instalações industriais (radioativas) da Estônia, onde várias cenas do filme foram gravadas.

A estória gira em torno de três homens, cujos nomes próprios são omitidos: Professor (Nikolai Grinko) , um físico perseguido pelo regime comunista que se embrenha na Zona em busca de notoriedade – e, possivelmente, um prêmio Nobel ; Escritor (Anatoli Solonitsin), consagrado autor de diversos livros, alcoólatra e sarcástico; e Stalker (Alexander Kaidanovsky) , um rapaz de triste biografia, ex-presidiário, pai de uma menina sem pernas e desempregado. O Stalker concorda em levar o Professor e o Escritor para o Quarto em troca de dinheiro; e, após passarem por um pesado ataque da polícia, atingem a estrada de trem que os levará para a Zona.

“Eles (os guardas) não vêm atrás de nós?”, pergunta o Escritor, apreensivo. “Não”, diz Stalker.”Eles morrem de medo da Zona. Fogem daqui como o diabo da cruz”.

Tarkóvski opta por captar todas as imagens que envolvem a estação de trem, a família do Stalker e a feia cidadezinha em sépia; considerada, por muitos, a cor mais insípida de todas. A fotografia muda radicalmente porém quando se atinge o território do desconhecido, permeado por um intenso verde escuro: a Zona. De repente, usando um artífice já amplamente difundido no cinema ocidental, o filme se torna colorido. A luz, antes rígida e cruel com os rostos cansados, torna-se diáfana, quase fraca. Vê-se árvores, insetos, grama, a natureza enfim, ausente na árida paisagem da cidade eslava. A Zona, terreno do desconhecido, revela-se um ambiente tranqüilo e abandonado – atemorizante em seu vazio.

Ao pôr os pés na Zona, o Stalker adquire força e autoridade, visto ser o único capaz de identificar, compreender e despistar das armadilhas impostas pelo lugar. “Sejam bons ou maus, a Zona apenas aceita os que já não possuem esperança alguma”, ele diz. “Mas, até o mais infeliz dos infelizes não sobreviverá aqui se não se comportar”. E o lugar, realmente, parece possuir vontade própria, ora favorecendo, ora atrapalhando a jornada dos seus “visitantes”. Vale dizer, que Stalker é antes um filme sobre fé, possuidor de grandes semelhanças com o Beckett de “Fim de Partida” e o cinema de Dreyer e Bergman do que com os estereótipos dos filmes de ficção científica amplamente difundidos por Hollywood – e pesem explosões, aliens, experiências mutantes homicidas em potencial, etc. Não se encontrará nessa obra de Tarkóvski um só símbolo concreto da existência de seres extraterrestres na Zona; muito menos se calcará no misticismo barato de outras produções do gênero.

À medida que embrenham no labirinto úmido e sombrio da Zona, as personagens emergem em uma longa e dolorosa viagem de auto-conhecimento, assumindo papéis de um já usual - e, diga-se de passagem, eterno - embate filosófico: a lógica, obviamente representada pelo Professor , conta a Arte, representada pelo Escritor, e a Fé, papel dado ao Stalker. Dá-se início então a longas discussões filosóficas, entremeadas por poemas, citações do Juízo Final, e sermões de todas as partes.

Vale dizer que, em nenhum momento, a compreensão do filme será comprometida por elucubrações inacessíveis, e muito menos perderá qualidade, tornando-se um pretensioso tratado filosófico. Ao exemplo dos populares “Matrix”, ou “The Others”, o grande trunfo de Stalker é desnudar a natureza humana ante o insondável, o desconhecido, e, principalmente, o divino – servindo de referência para inúmeras obras posteriores.

“O importante”, diz o Stalker para seus companheiros ao atingirem o Quarto “é acreditar”. A Ciência porém não acredita em nada mais do que em si mesma, e a Arte, em primeira instância, desconfia de qualquer culto ao obscuro. De repente, a água, elemento primordial da úmida Zona, adquire símbolos novos: é a purificação, o batismo, a tempestade no deserto. Surgem outros elementos, como um telefone que misteriosamente toca, uma revelação inesperada do Professor, e uma certa coroa de espinhos. A transformação desses símbolos em outros, de impacto diferenciado, transmite o terror essencial, o estranhamento único: uma espécie de desespero conjunto ante as convenções da civilização . O horror que Conrad tão bem descreve em “O Coração das Trevas”. Ao som da palatável marcha militar em crescendo, conhecida como “Bolero” de Ravel.

Ao final, vê-se um Stalker desolado em seu leito familiar. A falta de fé dos últimos que guiara pela Zona acabara por desgastá-lo profundamente. Com a imagem de sua filhinha doente movendo copos usando apenas o olhar, iluminada quase que magicamente por um sol surgido sabe-se lá da onde, toca um famosíssimo movimento da nona sinfonia de Beethoven, mais conhecido como “Ode Alegria”.

Um belo, lento e bem-cuidado filme, permeado de simbolismos e citações, que mereceria ser mais analisado e discutido pelos jovens da geração pós-mundo bipolar. Afinal, se não forem as bombas, é o cinismo que terminará por destruir nossa civilização.

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