Super Mario 64 DS
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Super Mario 64 DS
Quando a Nintendo anunciou seu novo portátil, ela havia explicado que esperava criar novas maneiras de possibilitar interação. Eles não estavam brincando, e "Super Mario 64 DS" - apesar de ser um remake - serve de introdução para muitas das possibilidades do Nintendo DS.
O game é baseado em "Super Mario 64", o título de estréia do Nintendo 64 e jogo que marcou uma revolução no gênero. O sistema de controle seria copiado em virtualmente todo jogo de plataforma 3D, assim como o novo direcional analógico do console. De certa forma, esse remake traz alguns sinais da idade de "Mario 64" - que completou oito anos em 2004 -, mas também serve como um ótimo lembrete da qualidade geral do game.
[editar] Flashback ou surpresa?
Fãs do original vão perceber muitas mudanças logo de cara. Mario não chega sozinho para comer bolo no castelo da princesa Peach: ele está acompanhado de Luigi e Wario. E o jogador não começa controlando nenhum deles, mas Yoshi, que está dormindo sobre o castelo. Desta vez, a porta de entrada está trancada, e o herói precisa caçar uma chave e neste momento o jogo oferece um breve tutorial da função de mapa que é exibido na tela inferior do DS.
Mas as diferenças vão mais longe. O game ganhou algumas fases pequenas e inéditas, 30 estrelas novas e algumas mudanças em sua estrutura. Cada um dos personagens conta com poderes diferentes, exigindo o uso dos quatro para conseguir todas as estrelas. Mesmo quem conhecia o original de cabeça vai ter alguns momentos com surpresas.
[editar] Uma questão de tato
Mas muitos devem estar se perguntando como é possível controlar o game sem um direcional analógico. A resposta não é apenas uma. "Super Mario 64 DS" oferece três opções diferentes de controle, mas elas compartilham muito em comum. Primeiro, a função de correr foi mapeada para um dos botões, imitando um controle mais tradicional dos jogos 2D de "Mario". Usar o direcional para esquerda e direita faz o personagem andar para o lado, mas com uma rotação mais pronunciada, misturando um pouco com o sistema d a série "Resident Evil". Finalmente, a tela sensível ao toque do aparelho pode ser usada como um direcional analógico virtual, que é melhor aproveitada usando o "thumb wrist" (aquele luvinha de dedo) que acompanha o portátil.
A mistura dessas mudanças acaba atrapalhando os jogadores no começo, mas com um pouco de treino acaba recuperando quase toda a jogabilidade do original. O segredo é experimentar de cara todas essas novas maneiras de controle. A solução não é das mais elegantes, mas não decepciona os jogadores mais dedicados.
Visualmente, o game traz gráficos melhores do que os do original, apesar de ser difícil perceber isso sem uma comparação direta. Ajuda, é claro, o fato da tela do Nintendo DS ser bem menor do que a de uma TV convencional. Apesar de não se equiparar aos visuais dos jogos 3D atuais para consoles, "Mario 64 DS" tem uma estética sólida e funcional.
[editar] Influências de Wario
Não citar os passatempos seria um enorme erro. Escondidos pelo castelo estão diversos coelhos que guardam chaves para um gaveteiro de mini-games. Cada um desses muitos passatempos usa a tela sensível do DS de uma maneira diferente, e todos são bastante divertidos. Além disso, "Super Mario 64 DS" oferece uma modalidade multiplayer para quatro pessoas, colocando jogadores à caça de estrelas. A opção só exige um cartão do game e é vagamente divertida, mas um dos aspectos mais fáceis de ignorar do pacote.
"Super Mario 64 DS" é mais do que um remake, mas provavelmente menos do que os fãs poderiam desejar de um novo jogo do herói bigodudo. Quem nunca jogou o original e não tem medo de aprender esse novo método de controle não deve deixar esse clássico passar em branco. Mas apesar das dificuldades, ele é um dos jogos obrigatórios para quem quer uma introdução e apresentação ao DS.