Toyotomi Hideyoshi
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Hideyoshi era filho de um camponês de Owari que serviu Oda Nobunaga e ganhou precocemente prestígio de estrategista. Na altura da sua morte, Nobunaga controlava mais de um terço do reino, incluindo as cidades de Kyoto, Osaka e Sakai. Hideyoshi orientou as suas conquistas para o oeste e em 1587 já controlava Kyushu. Em 1587, Hideyoshi enviou os seus exércitos para o oriente para submeter os Hojo de Odawara. No mesmo ano, anunciou o seu desejo de invadir a Coréia e de estabelecer a sua supremacia sobre a China. Por volta de 1590, dominou o leste do Japão e levou Tokugawa Ieyasu, o seu aliado e grande rival, de Mikawa para o castelo de Edo.
Em 1591, Hideyoshi anunciou os seus plano para atacar as posições Ming na Coréia. No ano seguinte, recrutou mais de 150.000 soldados e iniciou a invasão. No entanto, as forças coreanas contra-atacaram, juntamente com a China Ming e a população coreana conduziu operações de guerrilha contra os exércitos invasores japoneses. Gradualmente foram se tornando claros os sinais da derrota. Hideyoshi foi forçado a assinar a paz e em 1588, à beira da morte, ordenou a retirada total das tropas da Coréia.
Hideyoshi tomou duas medidas importantes para resolver outras contradições domésticas: a da separação dos samurais dos camponeses e a de fazer cumprir a nova distribuição de terras e impostos. Os samurais e os camponeses encontravam-se muito ligados entre si dentro da comunidade rural. Na confusão própria da época das guerras, alguns samurais rurais poderosos, eliminavam os daimyos e proclamavam-se a si próprios daimyos. Este processo é conhecido como gekokujo ("o mais baixo derruba o mais alto"). De certa forma, Hideyoshi tornou-se um tenkajin ao seguir o exemplo de gekokujo. A fim de tentar estabilizar a sociedade, decidiu retirar os samurais das aldeias, forçando-os a viverem em cidades fortificadas sob o controle direto dos daimyos após preito de vassalagem. A requisição de armas, a tão chamada "caça à espada", foi feita por todo o país. Contudo, nem todas as armas foram apreendidas e a sua entrega não constituiu o único aspecto desta política. Ela foi acompanhada de leis designadas sobujirei e por tenka teishirei, reforçando a paz local através da punição de querelas privadas e do recurso às armas. O objetivo de Hideyoshi era proibir as lutas isoladas e mostrar que só o governo do unificador do reino tinha o poder de as desencadear.
Um novo sistema de exploração e de impostos surgiu do controle exercido por Hideyoshi sobre as terras. Os registros das terras foram feitos contendo as seguintes informações: área e localização dos campos; capacidade anual de produção estimada em quantidade de arroz - kokudaka (mesmo que os campos não produzissem arroz, ele obrigava os aldeãos a fazer os cálculos em termos de arroz), e o nome do agricultor. Deste modo, todos, desde os daimyos até os bushi das classes mais baixas, eram englobados no mesmo processo, isto é, saberem a que quantidade de koku de arroz tinham direito. Baseado nestes princípios, o unificador sabia a capacidade de produção e o poder militar que podia mobilizar e qual a força laboral que podia pagar impostos. O sistema de produção baseado no arroz durou trezentos anos, até 1872 e, pode dizer-se que estabeleceu as bases do sistema agrário do Japão pré-moderno.
A frase que sintetiza o estilo de Toyotomi Hideyoshi é a seguinte: "Se o passáro não canta, eu o faço cantar." Fonte: Grandes Impérios e Civilizações - Japão - O Império do Sol Nascente, volume 2